História da Irlanda
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O
primeiro assentamento conhecido na Irlanda surgiu por volta de 8000 a.C., quando os caçadores-coletores
chegaram da Europa continental, provavelmente através de uma ponte terrestre. Poucos vestígios arqueológicos deste grupo
permaneceram, mas os seus descendentes e chegadas posteriores do neolítico, principalmente da Península Ibérica, foram
responsáveis por grandes sítios neolíticos,
como Newgrange. Após a chegada de São Patrício e de outros missionários cristãos no início e meados do século V, o cristianismo começou a suprimir a religião indígena dos celtas,
num processo que foi completo em 600 anos.
Mapa da Irlanda por Václav Hollar (1607-1677).
Em torno de 800 d.C., mais de um século de invasões vikings
trouxeram o caos sobre à cultura monástica e às várias dinastias regionais da
ilha, no entanto ambas as instituições provaram-se fortes o suficiente para
sobreviver e assimilar os invasores. A vinda de mercenários cambro-normandos
sob o controle de Richard de Clare, apelidado de Strongbow, em 1169 marcou o
início de mais de 700 anos de domínio inglês, e, mais tarde, britânico da Irlanda. Em 1177, o príncipe João Sem Terra foi feito Senhorio da Irlanda por
seu pai Henrique II da Inglaterra,
no Conselho de Oxford. A Coroa não tentou afirmar o controle total da ilha até
o repúdio de Henrique VIII à
autoridade papal sobre Igreja da Inglaterra e a
subsequente Reforma Inglesa, que não
vingou na Irlanda. Dúvidas sobre a lealdade dos vassalos irlandeses deram o impulso inicial para uma série de
campanhas militares na Irlanda entre 1534 e 1691. Este período também foi
marcado por uma política de plantação da Coroa que levou à chegada de milhares
de colonos protestantes ingleses e escoceses e o consequente deslocamento do
plantio dos então proprietários católicos. Como a derrota militar e política da Irlanda
Gaélica tornou-se mais pronunciada no início do século XVII, o papel da
religião como um novo elemento de divisão na Irlanda tornou-se mais evidente. A
partir deste período, o conflito sectário se tornou um tema recorrente na história da Irlanda.
A derrubada, em 1613, da maioria católica no parlamento irlandês foi
realizada principalmente através da criação de inúmeros novos bairros, que
foram dominados pelos novos colonos. Até o final do século XVII, os católicos
romanos, que representavam cerca de 85% da população da Irlanda, foram banidos
do parlamento irlandês. O poder político repousava inteiramente nas mãos de uma
minoria anglicana, enquanto os
católicos e membros de denominações protestantes dissidentes sofreram graves
privações políticas e econômicas nas mãos das Leis Penais. O parlamento
irlandês foi dissolvido em 1801, na esteira da republicana Rebelião Irlandesa de 1798,
e a Irlanda tornou-se parte integrante do novo Reino Unido da
Grã-Bretanha e Irlanda através do Ato de União. Embora
prometida a revogação do Ato de Prova, aos católicos não foram
garantidos plenos direitos até a Emancipação Católica ser
atingida em todo o novo Reino Unido em 1829.
Independência e República
O Partido Parlamentar Irlandês se esforçou em 1880 para atingir
auto-governo do Home Rule através do movimento
parlamentar constitucional, eventualmente, ganhando o Home Rule Act of 1914,
apesar de ter sido suspenso no início da Primeira Guerra Mundial. A
Revolta da Páscoa
organizada por republicanos irlandeses dois anos depois trouxe o republicanismo
de volta à vanguarda da política irlandesa.
Em 1922, após a Guerra de Independência da
Irlanda e o Tratado Anglo-Irlandês, a
maior parte da Irlanda se separou do Reino Unido para se tornar o independente Estado Livre Irlandês e,
após a Constituição 1937, a República da Irlanda. Os
seis condados do nordeste, conhecidos como Irlanda do Norte, permaneceram como parte do Reino Unido. A Guerra Civil Irlandesa
seguiu-se logo após a Guerra da Independência. A história da Irlanda do Norte desde então tem sido dominado por
esporádicos conflitos sectários entre Nacionalistas
(principalmente católicos) e Unionistas (principalmente
protestantes). Esse conflito eclodiu Conflito na Irlanda do Norte
(conhecido em inglês como The
Troubles) no final dos anos 1960, até o Acordo de Belfast 30 anos mais tarde, que promoveu relativa
paz.
História da Irlanda (400-800)
A História da Irlanda de 400
a 800 d.C. abrange a gradual emergência a partir do período da sua proto-história (inscrições em
ogham na língua
paleoirlandesa, menções na etnografia
greco-romana) até ao começo da era Viking. O período incluí a chamada missão hiberno-escocesa da
Irlanda cistianizada para a Grã-Bretanha e Europa pagãs.
História cristã primitiva
A história irlandesa registada começa com a introdução do cristianismo e
da literacia em latim, com início no século V ou pouco tempo antes. Quando
comparada com as vizinhas sociedades insulares, a Irlanda
cristã primitiva está muito bem documentada, mas as fontes não são de fácil
interpretação. Muitas questões permanecem por responder e o estudo desta época
continua a produzir novas teorias e descobertas. Desde o final do século XIX,
quando estudiosos como Kuno Meyer e Whitley Stokes
aplicaram uma aproximação rigorosa ao estudo das fontes escritas, uma grande
quantidade de nova informação tem sido extraída desse material escrito. Novos
campos como a paleobotânica contribuíram para o debate,
enquanto o volume de evidência arqueológica aumentava.
História eclesiástica
O Oratório de
Gallarus, uma das primeiras igrejas construídas na Irlanda.
O primeiro evento histórico fiável na história irlandesa, registado na Crónica
de Próspero da Aquitânia, é a
ordenação de Palladius por parte do Papa Celestino I, como primeiro bispo dos cristãos da Irlanda,
em 431,
demonstrando que já nessa altura viviam cristãos na Irlanda. Próspero da
Aquitânia refere, na sua Contra Collatorem, que com este acto, o papa
"tornou cristã a ilha bárbara", apesar de a cristianização da ilha
ter sido claramente um processo mais longo e gradual.
A missão de São Patrício é tradicionalmente datada
desta altura - a data mais antiga para a sua chegada à Irlanda, derivada dos anais irlandeses, é 432, apesar de os escritos de São Patrício
não possuírem nada datável de forma segura.. É provável que as actividades de
Palladius tenham ocorrido no sul da Irlanda, associadas ao Castelo de Cashel, enquanto que as de São Patrício tenham
ocorrido no norte, associadas à localidade de Armagh.
No início do século VI, a Igreja tinha desenvolvido dioceses separadas, com
bispos como as figuras eclesiásticas mais proeminentes, mas o país era ainda
predominantemente pagão. O movimento monástico, liderado por abades,
teve lugar no meio do século VI, e por volta do ano 700, a Irlanda era um país
cristão, com a Igreja sendo parte importante da sociedade irlandesa. O estatuto
dos eclesiásticos era regulado pela lei secular, e muitos dos líderes
eclesiásticos vieram de famílias aristocráticas irlandesas. No século VIII,
ocorreram mesmo guerras entre os vários mosteiros.
Do século VII para a frente, clérigos irlandeses como São Columbano e São Columba eram activos na região da Gália e da Inglaterra
anglo-saxónica. A mistura dos estilos dos irlandeses, dos pictos
e dos anglo-saxões criaram o estilo de arte insular, representado
pelos Evangelhos de Lindisfarne
e pelo Livro de Kells. A
instituição educativa na Irlanda era tão reputada na altura que muitos
estudiosos viajavam da Grã-Bretanha e do Europa continental para estudar em
escolas irlandesas.
História política
Eoin MacNeill
identificou o "mais antigo facto certo da história política da
Irlanda" como sendo a existência, no fim do período pré-histórica, de uma
pentarquia que era provavelmente constituída pelos cóiceda ou
"fifths" de Ulaid (Ulster), Connachta
(Connacht), Laigin (Leinster),
Mumu (Munster) e Mide (Meath), apesar
de algumas variantes descontarem Mide e dividirem Mumu em dois
No entanto, na aurora da história, esta pentarquia já não existia. O
aparecimento de novas dinastias, nomeadamente Uí Néill no norte e centro, e Eóganachta no
sudoeste, mudaram a paisagem política. A dinastia Uí Néill, ou o seu grupo
ancestral, Connachta, reduziram Ulaid nos condados de Down e Antrim,
por volta dos séculos IV ou V, estabelecendo o reino tributário de Airgíalla no centro
e o reino Uí Néill de Ailech a oeste da
velha província. Os anais irlandeses também
mostram um estado bélico regular entre Uí Néill e Laigin no centro, com Uí
Néill conquistando território tão a sul como o fronteira entre os condados de Kildare e Offaly, reclamando também o reino de Hill of Tara, começando o ser conceptualizado como o Grande Reino da Irlanda.
Isto levou a uma nova divisão do condado em duas metades, Leth Cuinn,
nomeado em relação a Conn Cétchathach,
suposto antepassado dos Uí Néill e Connachta, no norte, e Leth Moga,
nomeado em relação a Mug Nuadat, suposto
antepassado dos Eoganachta, no sul. A propaganda dinástica afirmava ser esta
uma divisão tradicional datando do século II, mas provavelmente terá aparecido
no século VIII, sob o poder de Uí Néill.
Reino da Irlanda
Ríocht na
hÉireann
Reino da Irlanda |
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Reino
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Rei3
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• 1542-1547
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Henrique VIII (primeiro)
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• 1760-1801
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Jorge III (último)
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- Câmara Superior
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- Câmara Inferior
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História
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• 1541
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• 1 de janeiro de 1801
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1. A partir de 1642, sobreposição de controle com
a Irlanda Confederada. 2 Nenhuma bandeira oficial é conhecida durante a
existência do Reino da Irlanda. Numerosas bandeiras não oficiais foram
utilizadas em toda a sua história, incluindo: 1. Azul, uma harpa dourada, com cordas em prata, baseada no brasão
de armas adotado em 1541 e muito mais tarde se tornaria o símbolo presidencial;
2. Verde, uma harpa dourada, com cordas em prata, a bandeira de Leinster, utilizada a partir de meados do século XVII; 3. Argent um sautor gules, a Bandeira de São Patrício, a partir de 1783. A última foi integrada na bandeira do Reino Unido, a primeira bandeira usada para representar oficialmente a Irlanda. No entanto, a segunda parece ter sido a mais popular e seu uso como insígnia naval é discutido se tem status oficial ou não. Representado por um Lorde Tenente da Irlanda. |
O Reino da Irlanda (em irlandês: Ríocht na
hÉireann) foi o nome dado ao Estado irlandês a partir de 1541,
pelo Ato da Coroa da Irlanda de 1542
do Parlamento da Irlanda. O
novo monarca substituiu o Senhorio da Irlanda, que
havia sido criado em 1171. O rei Henrique VIII,
tornou-se assim, o primeiro Rei da Irlanda desde 1169. O Reino da Irlanda deixou de
existir quando a Irlanda uniu-se à Grã Bretanha para formar o Reino Unido, em 1801.
Motivo para a criação
O papa Adriano IV, um inglês, havia concedido à monarquia anglo-normanda a ilha da Irlanda como uma possessão feudal
em 1155, pela bula (Laudabiliter), que permitiu à monarquia inglesa atuar como
governante da Irlanda. Isto foi confirmado por seu sucessor, o Papa Alexandre III, em
1172, mas nominalmente a Irlanda permaneceu uma suserania papal.
Com a excomunhão pela Igreja do rei da Inglaterra, Henrique VIII, em 1533,
a posição constitucional do Estado inglês na Irlanda tornou-se incerta.
Henrique rompeu com a Santa Sé e tornou-se o chefe da recém criada Igreja Anglicana, a fim de obter uma anulação do casamento,
que o papa, Clemente VII, havia
recusado. Como conseqüência, Henrique não mais reconheceu a soberania da Igreja Católica Romana sobre a Irlanda. Como solução para este
problema, Henrique foi proclamado rei da Irlanda pelo Ato da Coroa da Irlanda de 1542
aprovado pelo Parlamento irlandês.
Contudo, o novo reino não foi reconhecido pelas monarquias católicas da Europa.
A bula pontifícia de 1555
nomeou Maria I como a Rainha da
Irlanda, reconhecendo assim a ligação pessoal com a Coroa da Inglaterra, no direito canônico.
Deste modo, o trono da Irlanda
foi ocupado pelo Rei da Inglaterra,
representando o recém criado Reino da Irlanda pela união pessoal com o Reino da Inglaterra. Em 1603,
o trono da Inglaterra foi ocupado pelo Rei da Escócia, que posteriormente levou à formação do Reino da Grã-Bretanha em 1707,
quando os parlamentos dos dois reinos fundiram-se em uma sessão na sede do parlamento
inglês em Westminster, Londres. Em 1801,
os parlamentos irlandês e britânico uniram-se da mesma maneira para formar o Reino Unido da
Grã-Bretanha e Irlanda.
Lord Deputy
O Reino da Irlanda era governado por um executivo sob o controle de um Lord
Deputy, que quando mantido por um nobre sênior, como Thomas Radcliffe
era promovido a Lord Lieutenant. Na ausência de um Lord Deputy,
os lordes conselheiros governavam a parte da Irlanda sob ocupação inglesa.
Embora alguns irlandeses ocupassem o cargo, todos os lord deputies desde
23 de julho de 1534, quando William
Skeffington tomou posse pela segunda vez, foram nobres ingleses.
Brasão de
Armas Real após o Ato de União de 1800.
O reino era legislado pelo bicameral Parlamento da Irlanda, composto
pela Câmara dos Lordes e pela Câmara dos Comuns, e que quase sempre reuniu-se em Dublin.
Os poderes do Parlamento irlandês estavam restritos a uma série de leis,
principalmente a Lei de Poyning de 1492.
Os católicos e mais tarde os presbiterianos foram durante grande parte de sua história
excluídos da composição do parlamento irlandês. O parlamento do século XVIII reuniu-se em um novo edifício, especialmente
construído para abrigá-lo (o primeiro edifício especialmente construído para um
parlamento bicameral em todo o mundo) em College Green no
centro de Dublin.
Parlamento de Grattan
Algumas restrições foram revogadas em 1782,
no que veio a ser conhecido como a Constituição de
1782. O Parlamento neste período era conhecido como Parlamento de Grattan,
em homenagem a um dos principais líderes da oposição política irlandesa no
período, Henry Grattan. Em
1788-89 foi provocada uma crise de regência, quando Jorge III ficou doente, e
Grattan quis nomear seu filho (mais tarde Jorge IV) como regente da
Irlanda; porém o rei recuperou-se antes que isto pudesse ser efetuado.
União dos reinos
Em decorrência do Ato de União do Parlamento
da Irlanda, o Reino da Irlanda fundiu-se, em 1801,
com o Reino da Grã-Bretanha para
formar o Reino Unido da
Grã-Bretanha e Irlanda. O Parlamento irlandês deixou de existir,
embora o executivo, presidido pelo Lord Lieutenant, permaneceu no local
até 1922. O Ato foi precedido pela fracassada rebelião e invasão francesa de 1798, e foi objeto de grande controvérsia,
envolvendo muito suborno dos parlamentares irlandeses para assegurar a sua
aprovação.
O Estado Livre Irlandês de 1922
Em 1922, 26 condados deixaram o Reino Unido, e formaram o Estado Livre Irlandês. Sob
a Constituição do Estado Livre Irlandês, o rei tornou-se Rei na
Irlanda. Isto foi alterado pelo Ato de Títulos Reais de 1927,
pelo qual o rei explicitamente torna-se rei de todos os seus domínios, por
direito próprio, tornando-se plenamente Rei da Irlanda. Apesar de Kevin O'Higgins,
vice-presidente do Conselho Executivo (isto é,
vice-primeiro-ministro), sugerir a ressurgimento do 'Reino da Irlanda' Como uma
dupla monarquia ao unir a Irlanda do Norte e o Estado Livre Irlandês, com
o Rei da Irlanda a ser coroado em uma cerimônia pública no Phoenix Park em Dublin, a ideia foi abandonada após o
assassinato de O'Higgins por um membro do IRA contrário ao acordo, em 1927.
Um Ato de 1542, que confirmava o reino de Henrique e sua ligação com a
Coroa inglesa, e que havia sido deixado por engano nos livros dos estatutos,
foi revogado na República da Irlanda, em
2007, como parte de uma revisão do direito histórico irlandês.
República da Irlanda
(1919-1922)
Poblacht na
hÉireann
(Saorstát Éireann) República Irlandesa |
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Território reivindicado pela República Irlandesa
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Presidente da
Dáil Éireann (de agosto de 1921)
Presidente da República (de agosto de 1921) |
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• 21 de janeiro de 1919 - 1 de abril de
1919
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Cathal Brughaa
como presidente da Dáil Éireann |
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• Abril de 1919 - Janeiro de 1922
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Éamon
de Valera
como Presidente da República |
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• Janeiro - Agosto de 1922
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Arthur Griffithb
como Presidente da Dáil Éireann |
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• Agosto - Dezembro de 1922
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W. T. Cosgravec
como Presidente da República |
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Período
histórico
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• 24 de abril de 1916
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• 21 de janeiro de 1919 de 1919
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• 6 de dezembro de 1921
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Assinatura do tratado
Anglo-Irlandês
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• 6 de dezembro de 1922 de 1922
|
Estabelecimento do Estado Livre Irlandês
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• 1921 est.
|
4 400 000
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a:
Cathal Brugha presidiu a abertura da Primeira Dáil, devido a ausência de
Éamon de Valera e Arthur Griffith.
b: Simultaneamente, Arthur Griffith se tornou o Presidente da República (um título que ele evitou em favor do título anterior de Presidente da Dáil Éireann) e Michael Collins se tornou Presidente do Governo Provisório da Irlanda do Sul, cargo criado em 1921 após o Tratado Anglo-Irlandês. c: W. T. Cosgrave se tornou simultaneamente o Presidente da República e Presidente do Governo Provisório; ele prosseguiu no cargo de Chefe de Governo da Irlanda independente como chefe Presidente do Conselho Executivo do Estado Livre Irlandês até 9 de março de 1932. |
A República Irlandesa (em irlandês: Poblacht na hÉireann ou Saorstát Éireann; ou em inglês: Irish Republic) foi um estado revolucionário
criado quando os republicanos da Irlanda proclamaram a independência do país da Grã-Bretanha
em janeiro de 1919.1 Ela foi estabelecida com uma legislatura (Dáil Éireann), o governo (Aireacht), uma corte e uma força policial.
Ao mesmo tempo, a milícia de Voluntários Irlandeses,
que passaram para o controle da Dáil, foi renomeada Exército Republicano Irlandês
(IRA), para lutar contra as forças armadas britânicas
durante a Guerra da Independência da
Irlanda.
A guerra de independência terminou com a assinatura do Tratado Anglo-Irlandês, em
6 de dezembro de 1921, que foi aprovado pela Dáil Éireann em 7 de janeiro de
1922. Um Governo Provisório foi então formado, sob a prerrogativa do tratado,
mas, nominalmente, a República Irlandesa perdurou até 6 de dezembro de 1922,
quando a Irlanda se tornou um novo Estado Domínio semi-independente
chamado Estado Livre Irlandês (Irish
Free State). Os seis condados do Norte exerceram seu direito, segundo os termos do tratado,
de ficar de fora do novo país e continuar como parte do Reino Unido,3 levando a partição do território.
Republicanismo irlandês
"O
nascimento da República", por Walter Paget.
O Republicanismo irlandês (em irlandês:
Poblachtánachas Éireannach) é uma ideologia baseada na
ideia de que toda a Irlanda
deveria se tornar uma república independente. O movimento tem ideais
democráticos e nacionalistas, e se fortaleceu nos séculos XVIII, XIX e chegou
ao seu auge no século XX. O foco da luta era encerrar o domínio britânico na Irlanda para que o país passasse
a ser uma República plena. O regime britânico durou perto de 700 anos, de fato,
e os irlandeses tentaram se libertar através de várias rebeliões.
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