07 agosto 2023

Ubatuba

 

 

Ubatuba 

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. 

Estância Balneária de Ubatuba 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Do topo para baixo e da esquerda para direita: entardecer na Praia do Lázaro; Sobradão do Porto; vista da Praia Grande; vista da Praia Vermelha do Sul; Praia da Sununga; Ilha Anchieta; entardecer em Itamambuca; canoas na Vila de Picinguaba; Museu Washington de Oliveira (Cadeia Velha); Ruínas da Lagoinha; Igreja Matriz - Paróquia Exaltação à Santa Cruz; panorama da Praia da Enseada 

Símbolos 

Unitatem Servavit Patriae Et Fidei 
"Conservou a Unidade da Pátria e da Fé" 

ubatubense 

Localização 

 

Localização da Estância Balneária de Ubatuba em São PauloLocalização da Estância Balneária de Ubatuba em São Paulo 

Estância Balneária de Ubatuba está localizado em: Brasil 
 

 

Estância Balneária de Ubatuba 

Localização da Estância Balneária de Ubatuba no Brasil 

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Mapa da Estância Balneária de Ubatuba 

Coordenadas 

País 

Municípios limítrofes 

Cunha, a norte; Paraty a nordeste; Caraguatatuba a sudoeste; Natividade da Serra e São Luiz do Paraitinga a noroeste. 

Distância até a capital 

223 km 

História 

Fundação 

28 de outubro de 1637 (385 anos) 

Administração 

Márcio Maciel (PSB, 2023  ) 

Características geográficas 

708,105 km² 

População total (estimativa IBGE/2021) 

92 819 hab. 

131,1 hab./km² 

Clima 

3 m 

Hora de Brasília (UTC−3) 

Indicadores 

IDH (PNUD/2013) 

0,751  alto 

PIB (IBGE/2008) 

R$ 723 522,919 mil 

PIB per capita (IBGE/2009) 

R$ 10 404,04 

Ubatuba é um município brasileiro localizado no litoral norte do estado de São Paulo. O território municipal ocupa 708,105 km², 83 por cento dos quais localizados no Parque Estadual da Serra do Mar, enquanto a sua população, conforme estimativa do IBGE para 1.º de julho de 2021, era de 92 819 habitantes, resultando em uma densidade populacional de 131,1 hab/km². O município é formado pela sede e pelo distrito de Picinguaba. 

Ubatuba é um dos quinze municípios paulistas considerados estâncias balneárias pelo estado de São Paulo, por cumprirem determinados requisitos definidos por lei estadual. Tal status garante a esses municípios uma verba maior por parte do estado para a promoção do turismo regional. Também, o município adquire o direito de agregar junto a seu nome o título de estância balneária, termo pelo qual passa a ser designado tanto pelo expediente municipal oficial quanto pelas referências estaduais. 

Toponímia 

Seu nome tem origem tupi e há pelo menos duas interpretações para o nome. Em tupi, ubá significa canoa, enquanto u'ubá significa cana-do-rio, que é uma gramínea que era utilizada na confecção de flechas pelos indígenas. Como tyba indica "ajuntamento", o nome da cidade pode significar tanto "ajuntamento de canas-do-rio" quanto "ajuntamento de canoas". 

História 

Ocupação indígena 

No século XVI, Ubatuba fazia parte de uma região litorânea maior ocupada pelos indígenas tupinambás. A primeira possível referência ao local aparece na obra de Hans Staden, que permaneceu cativo numa aldeia chamada Uwatibi, em Angra dos Reis, a qual tinha o mesmo nome do local da atual cidade de Ubatuba, sítio em que os índios tupinambás se reuniam com muitas canoas para expedições de guerra contra os tupiniquins e os portugueses em Burikioca (Bertioga) e Upau-Nema (São Vicente). 

Tanto Hans Staden quanto outros autores europeus da época mencionam que o chefe supremo dos tupinambás era Cunhambebe e que seu território se estendia desde o Rio Juqueriquerê, em Caraguatatuba, até o Cabo de São Tomé, no leste do estado do Rio de Janeiro, abrangendo também todo o território ao longo do Rio Paraíba do Sul. Apenas décadas mais tarde, nos relatos de José de Anchieta, é que encontramos menção à aldeia de Iperoig, que pode significar "rio do tubarão" ou "rio das perobas". 

Iperoig e a luta contra os franceses 

Os índios tupinambás estiveram entre os primeiros índios brasileiros a sofrer o impacto dos portugueses, uma vez que foram escravizados para os engenhos de cana-de-açúcar em São Vicente. Isso motivou uma firme aliança dos tupinambás com os franceses da França Antártica, que ocuparam a região da baía de Guanabara. Essa aliança, liderada por Cunhambebe, ficou conhecida como Confederação dos Tamoios. 

Em 1563, José de Anchieta partiu com Manuel da Nóbrega de São Vicente para a aldeia de Iperoig, com o objetivo de pacificar os tupinambás. Anchieta permaneceu refém durante vários meses em Iperoig, enquanto Manuel da Nóbrega voltou a São Vicente acompanhado de Cunhambebe para acertar o tratado de paz conhecido como Paz de Iperoig. 

Com a paz estabelecida com os índios tupinambás fronteiriços a São Vicente, os portugueses destruíram boa parte da nação tupinambá em conflitos na baía de Guanabara (em Uruçumirim - atual aterro do Flamengo) e em Cabo Frio, expulsando os franceses da região. 

Criação da vila 

Enquanto os remanescentes tupinambás da Guanabara e de Cabo Frio se embrenharam mata adentro, abrindo espaço para a fundação do Rio de Janeiro, a população da região de Iperoig, em sua maioria, permaneceu em seus locais. Com o objetivo de assegurar a posse portuguesa da colônia, o então governador-geral empreendeu um esforço para colonizar a área. Assim, em 28 de outubro de 1637, a Aldeia de Iperoig foi elevada a vila, com o nome de Vila Nova da Exaltação à Santa Cruz do Salvador de Ubatuba, subordinada à sessão norte da Capitania de Itanhaém. 

Ao longo do século XVIII, a produção agrícola cresceu e a Baía de Ubatuba se transformou no mais movimentado porto da Capitania de São Vicente. Em 1789, entretanto, o governo de Lorena determinou que toda exportação só poderia ser feita pelo Porto de Santos, o que levou à primeira decadência econômica de Ubatuba. O governador seguinte, Melo de Castro e Mendonça, concedeu novamente o direito ao livre comércio da vila. 

Ascensão e decadência econômica 

Ao longo do século XIX, Ubatuba foi uma cidade rica, graças à atividade portuária. Em 1855, a cidade passou de vila a comarca. Alguns exportadores cogitaram a construção de uma ferrovia, para rivalizar com os portos de Santos e do Rio de Janeiro. Essa ferrovia foi impedida pelo governo brasileiro, através de moratória. Com a gradual perda de importância para suas concorrentes mais bem abastecidas, no final do século Ubatuba mergulhava em isolamento e decadência econômica. 

Recuperação turística 

Em 21 de abril de 1933, o engenheiro Mariano Montesanti inaugurou sua rodovia descendo para Ubatuba a partir de Taubaté, fazendo a primeira ligação por estrada com o planalto e o vale do Paraíba. Essa estrada deu grande impulso ao turismo no litoral recortado do município, principalmente da população de Taubaté. As casas de veraneio passaram a abundar na cidade. Em 1948, Ubatuba conquistou a categoria de estância balneária. 

Em 1977 foi criado o Parque Estadual da Ilha Anchieta na ilha homônima, localizada a menos de um quilômetro do litoral de Ubatuba, que passou a ser área de proteção ambiental. Entre 1908 e 1955 a ilha Anchieta abrigou um presídio federal, desativado três anos depois de uma das piores rebeliões da história do sistema prisional brasileiro, protagonizada em 20 de junho de 1952. 

A especulação imobiliária e turística, entretanto, contribuiu para a rápida destruição do patrimônio histórico de Ubatuba. Hoje, sobram poucas mostras da ocupação antiga: o exemplo mais destacado talvez seja o Sobradão do Porto. Hoje, Ubatuba resgata seu passado na cultura caiçara, nas ruas, nas festas de origem portuguesa, na tradição quilombola e indígena, e nos edifícios históricos restantes, revelando seu potencial como estância balneária para o turismo. 

Geografia 

Praia do Flamengo (esquerda) e Praia da Ribeira (direita) vistas do Mirante do Saco da Ribeira. 

A cidade de Ubatuba está localizada no litoral norte do Estado de São Paulo, distante 250 quilômetros da capital estadual. Limita-se ao norte com Paraty (Rio de Janeiro), ao sul com Caraguatatuba, a oeste com Cunha, São Luiz do Paraitinga e Natividade da Serra e a leste com o Oceano Atlântico, achando-se na latitude 23°26'21,45". A cidade é cortada pelo Trópico de Capricórnio, passando em frente à pista do aeroporto local. 

Ubatuba é cercada pela Serra do Mar e sua exuberante Mata Atlântica. Quase oitenta por cento do território da cidade de Ubatuba consiste em áreas de preservação. O Parque Estadual da Serra do Mar, criado para proteger e preservar a mata atlântica, tem três núcleos dentro de Ubatuba: Cunha-Indaiá, Santa Virgínia e Picinguaba. Além disso, a cidade possui uma sede do Projeto TAMAR, destinada à conservação das espécies de tartarugas-marinhas do litoral brasileiro. 

Hidrografia 

Os rios e córregos que cortam Ubatuba são: Rio da Prata, Rio Maranduba, Rio Escuro, Rio Grande de Ubatuba, Rio Indaiá, Rio Itamambuca, Rio Puruba, Rio Iriri, Rio Fazenda, Rio das Bicas, córrego Duas Irmãs, Córrego Lagoinha, Rio Acaraú, Rio Promirim, Rio Quiririm e Rio Ubatumirim. 

Clima 

Maiores acumulados de precipitação em 24 horas 
registrados em Ubatuba por meses (INMET)[19] 

Mês 

Acumulado 

Data 

Mês 

Acumulado 

Data 

Janeiro 

344,1 mm 

22/01/1976 

Julho 

114,7 mm 

07/07/1986 

Fevereiro 

246,3 mm 

13/02/1996 

Agosto 

59,2 mm 

17/08/1983 

Março 

201,8 mm 

12/03/1998 

Setembro 

139,4 mm 

28/09/1976 

Abril 

276 mm 

05/04/2005 

Outubro 

149,1 mm 

09/10/1992 

Maio 

194 mm 

03/05/1992 

Novembro 

168,8 mm 

27/11/1992 

Junho 

135,2 mm 

12/06/1989 

Dezembro 

197,3 mm 

19/12/1986 

Período dos dados: 01/01/1961-31/08/1967, 01/07/1971-06/03/2009 

O clima de Ubatuba é o tropical litorâneo úmido ou tropical atlântico, com chuvas abundantes ao longo do ano, mais frequentes no verão, sem estação seca, e com mês mais frio possuindo temperatura média igual ou acima de 18 °C. Com quase 1 700 horas de sol por ano, a umidade do ar é relativamente elevada e o índice pluviométrico é de 2 520 milímetros/ano, o que é refletido pelo apelido Ubachuva que a cidade recebe, devido ao seu clima chuvoso. 

Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), referentes ao período de 1961 a 1967 e 1971 a 2009, a temperatura mínima absoluta registrada em Ubatuba foi de 3,7 °C em 1° de junho de 1979, e a maior atingiu 40,8 °C em 9 de setembro de 1997. O maior acumulado de precipitação em 24 horas atingiu 344,1 mm em 22 de janeiro de 1976. Outros grandes acumulados superiores a 200 mm foram 276 mm em 5 de abril de 2005, 262,8 mm em 5 de janeiro de 1992, 259,4 mm em 1° de abril de 1985, 246,3 mm em 13 de fevereiro de 1996, 230,3 mm em 19 de abril de 1990, 210,8 mm em 11 de janeiro de 1978 e 201,8 mm em 12 de março de 1998. O menor índice de umidade relativa do ar foi de 21% em 1997, nos dias 8 de junho e 9 de setembro daquele ano. 

[Esconder]Dados climatológicos para Ubatuba 

Mês 

Jan 

Fev 

Mar 

Abr 

Mai 

Jun 

Jul 

Ago 

Set 

Out 

Nov 

Dez 

Ano 

Temperatura máxima recorde (°C) 

38,8 

38,8 

38,2 

36,6 

36 

34,9 

35,2 

38,9 

40,8 

38 

39,4 

37,8 

40,8 

Temperatura máxima média (°C) 

30,3 

31 

29,9 

28,4 

26,1 

25,3 

24,4 

24,9 

24,5 

25,9 

27,5 

29 

27,3 

Temperatura média compensada (°C) 

25,3 

25,6 

24,7 

23,1 

20,4 

18,8 

18 

18,9 

19,8 

21,5 

22,9 

24,3 

21,9 

Temperatura mínima média (°C) 

21,5 

21,5 

20,9 

19,2 

16,3 

14,5 

13,6 

14,3 

16 

18 

19,2 

20,4 

18 

Temperatura mínima recorde (°C) 

12,7 

14,8 

13,1 

10,2 

6,4 

3,7 

5,3 

5,6 

6,9 

10,2 

11,1 

12,9 

3,7 

312,9 

290,5 

311,1 

232,5 

122,9 

94,2 

92,6 

74,4 

196,9 

245,5 

263,6 

280,4 

2 517,5 

Dias com precipitação (≥ 1 mm) 

17 

15 

16 

13 

9 

7 

8 

8 

13 

15 

16 

17 

154 

Umidade relativa compensada (%) 

82,4 

82,7 

84,6 

84,8 

84,7 

84,4 

84,3 

83,3 

85,3 

84,5 

82,7 

82,2 

83,8 

Horas de sol 

143,6 

157,5 

152 

151,9 

150,8 

154,5 

154 

155,1 

105,2 

110,9 

121 

131,5 

1 688 

Fonte: Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) (normal climatológica de 1981-2010; recordes de temperatura: 01/01/1961-31/08/1967, 01/07/1971-06/03/2009) 

Litoral 

Praia VermelhaPraia GrandePraia das ToninhasPraia do Perequê-AçuPraia do TenórioPraia do CedroPraia do UbatumirimPraia do Bonete 

Ver também a categoria: Praias de Ubatuba 

Ubatuba possui mais de 100 praias distribuídas pelo seu litoral. Dentre ela, as mais conhecidas são: Maranduba, Itamambuca, Vermelha do Norte, Grande, Enseada, Lázaro, Santa Rita, Félix, Toninhas, Perequê e Saco da Ribeira. 

Além disso, a cidade possui algumas ilhas, como a Ilha das Couves, Ilha da Almada e a Ilha Anchieta. Esta última possui presídio desativado, que, no passado, foi utilizado para também manter presos políticos; ela pode ser acessada a partir do Saco da Ribeira, é possível visitar as suas ruínas e conhecer a praia do Presídio. 

Praias 

Praias no continente 

  • Camburi 

  • Prainha do Camburi 

  • Brava do Camburi ou Couves 

  • Praiado 

  • Picinguaba 

  • Bicas 

  • Fazenda 

  • Taquara 

  • Brava da Almada 

  • Laço da Cavala 

  • Engenho 

  • Almada 

  • Estaleiro do Padre 

  • Ubatumirim 

  • Justa 

  • Surutuba 

  • Puruba 

  • Meio 

  • Prainha 

  • Léo 

  • Canto Itaipu 

  • Prumirim 

  • Conchas ou Lúcio 

  • Félix 

  • Prainha do Félix ou do Português 

  • Brava de Itamambuca 

  • Itamambuca 

  • Alto 

  • Vermelha do Norte 

  • Saco da Mãe Maria 

  • Barra Seca 

  • Perequê-Açu 

  • Matarazzo ou do Padre 

  • Iperoig ou Cruzeiro 

  • Itaguá 

  • Prainha do Cais 

  • Cedro ou Cedrinho 

  • Vermelha do Centro 

  • Tenório 

  • Grande 

  • Toninhas 

  • Godoi 

  • Itapecerica 

  • Xandra ou Prainha do Fora 

  • Fora 

  • Prainha da Enseada ou Portinho 

  • Enseada 

  • Gerônimo ou Boa Vista 

  • Santa Rita 

  • Perequê-Mirim 

  • Brava do Perequê-Mirim 

  • Lamberto 

  • Codó 

  • Saco da Ribeira 

  • Ribeira 

  • Dionisia 

  • Flamengo 

  • Flamenguinho 

  • Sete Fontes 

  • Sununga 

  • Lázaro 

  • Domingas Dias 

  • Palmira 

  • Barra 

  • Dura 

  • Prainha 

  • Brava do Sul 

  • Vermelha do Sul 

  • Prainha da Vermelha 

  • Costa 

  • Brava da Fortaleza 

  • Fortaleza 

  • Cedro do Sul 

  • Prainha do Deserto 

  • Deserto 

  • Bonete Grande 

  • Bonete 

  • Peres 

  • Oeste 

  • Lagoinha 

  • Sapê 

  • Maranduba 

  • Pulso 

  • Caçandoca 

  • Caçandoquinha 

  • Raposa 

  • Saco das Bananas 

  • Brava do Frade ou Simão 

  • Lagoa 

  • Mansa 

  • Ponta Aguda 

  • Figueira 

  • Galhetas 

Política 

Os atuais líderes políticos de Ubatuba são: 

Estrutura urbana 

Educação 

A cidade de Ubatuba abriga um campus da Universidade de Taubaté (UNITAU), que oferece diversos cursos de graduação em nível superior na modalidade educação a distância (EAD). 

Transportes 

As principais vias de acesso à cidade são as duas rodovias estaduais que a cruzam: a Rodovia Rio-Santos (SP-55), ligando Ubatuba a outras cidades do litoral norte paulista, bem como à costa verde do Rio de Janeiro; e a Rodovia Oswaldo Cruz (SP-125), ligando Ubatuba a Taubaté, no Vale do Paraíba. 

Além disso, há também o Aeroporto de Ubatuba. 

Comunicações 

Na telefonia fixa, a cidade era atendida pela Companhia de Telecomunicações do Estado de São Paulo (COTESP), que construiu em 1971 a centrais telefônicas no centro da cidade e na Praia do Lázaro, utilizadas até os dias atuais. Em 1975 passou a ser atendida pela Telecomunicações de São Paulo (TELESP), que construiu as outras centrais telefônicas da cidade até que em 1998 esta empresa foi privatizada e vendida para a Telefônica. Em 2012 a empresa adotou a marca Vivo. 

Arquitetura Histórica 

Ubatuba é uma das mais antigas cidades e povoamentos do Litoral Norte de São Paulo. Mesmo assim, pouco de suas características arquitetônicas originais encontram-se preservadas. Boa parte dos antigos casarões da cidade foram demolidos com o passar dos anos devido ao aumento da especulação imobiliária além do desinteresse e desinformação sobre tais casas.  

Restando poucos exemplares dessa história, encontra-se na região central da cidade, a Igreja Matriz, construída em 1866, com características barrocas; próximo à ela existe o Casarão/Sobradão do Porto, erguido em 1846 pelo armador português Manoel Baltazar da Cunha Fortes. Há também o Ateneu Ubatubense, construção do séc. XIX, e antiga residência do Professor Thomaz Galhardo, autor da primeira cartilha de alfabetização do Brasil. O prédio já serviu como casa, Câmara Municipal e atualmente funciona como Secretaria de Municipal de Turismo.  

A antiga Cadeia Municipal (Cadeia Velha), é um prédio atualmente na região comercial de Ubatuba; construído no século XX e projetado por Euclides da Cunha, atualmente funciona nela o Museu Histórico de Ubatuba. 

Mais afastado do centro da cidade, no bairro da Lagoinha, existem as Ruínas da Lagoinha, conjunto arquitetônico composto pelo que restou do antigo engenho da Fazenda do Bom Retiro, e dos pilares de uma suposta fábrica de vidros (tida como a primeira do Brasil). 

Destaca-se também as Ruínas da Ilha Anchieta, local onde funcionava a Colônia Correcional da Ilha dos Porcos; inicialmente um presídio para presos comuns e menores infratores; o local recebeu também presos políticos durante a primeira metade do século XX. Em 1952, ocorre uma sangrenta rebelião e fuga de prisioneiros (neste período, novamente presos comuns), considerada uma das piores rebeliões do sistema carcerário brasileiro. O presídio foi desativado em 1955 e a ilha tornou-se Parque Estadual, tombado em 1985. 

Cultura 

Festas Religiosas e Culturais 

Festa do Divino Espírito Santo 

Uma das mais antigas manifestações religiosas do Brasil, trazida pela rainha Isabel de Portugal, a novena é rezada há mais de dois séculos, segundo antigos caiçaras. A festa é comemorada há mais de 150 anos, de Norte à Sul da cidade. 

Embora liturgicamente o Divino Espírito Santo seja comemorado no dia de Pentecostes, na cidade a festa ocorre tradicionalmente no mês de Julho, coincidindo com a época de migração das Tainhas, que eram pescadas e assadas na brasa, tornando esta a principal iguaria culinária da festa.  

A festividade ocorre anualmente e conta com programação litúrgica e religiosa (como novena, missas e procissões), gastronômica (com as barracas de comidas típicas) e cultural (com shows, apresentações de danças típicas da cidade, além da coroação do Imperador e Imperatriz).  

Festa de São Pedro Pescador 

Festa da cidade com quase 100 anos de tradição. A comemoração é feita em honra do padroeiro de Ubatuba, São Pedro. Ocorre no mês de junho, período da festa litúrgica de São Pedro e que também coincide com a época de migração das Tainhas (portanto, um período de maior abastança para as comunidades de pescadores tradicionais). 

Desde 1954 é realizado junto da festa, a procissão marítima, com barcos e canoas que saem do Rio Grande de Ubatuba em direção ao mar e realizam uma oração para a cidade além da Benção dos Anzóis, pedindo uma pesca abundante durante todo o ano. Alguns anos depois foi criado o Concurso Rainha dos Pescadores, que escolhe entre as jovens da cidade uma Miss.  

Com o passar dos anos, a festa foi crescendo e impactando cada vez mais no turismo da cidade, tendo uma programação cultural (com shows, barracas de comidas típicas, danças, leilão de remos e apresentações da cidade, além de shows com bandas e músicos), além de uma programação religiosa (que culmina com a Missa Campal, no dia 29 de Junho, dia de São Pedro e feriado municipal).  

Peregrinações e Romarias 

A cidade tem tradição com peregrinações a pé e romarias, em direção a Aparecida. Houve práticas de antigos caiçaras de realizar esse trajeto como forma de agradecer ou pedir graças à Nossa Senhora Aparecida. Na região do centro, a mais antiga e tradicional romaria ocorre há mais de 20 anos, saindo todos os anos entre os meses de novembro e dezembro da Paróquia Exaltação à Santa Cruz, tendo duração aproximada de cinco dias. Esta romaria é geralmente a mais numerosa da cidade (contando também com a participação de romeiros de cidades próximas que vão a Ubatuba para realizar o trajeto) e impacta na vida cultural, religiosa e econômica de Ubatuba, e também nos locais de passagem, como Catuçaba e Lagoinha. 

Esportes 

Ubatuba é muito frequentada por esportistas náuticos: 

  • Surfe: Ubatuba possui praias com ondas para campeonatos internacionais como a Itamambuca, e algumas com ondas excelentes como a praia Vermelha do Norte, Sapê, Toninhas e Praia Grande, entre muitas outras. Todos os anos é realizada uma competição internacional de surfe na praia de Itamambuca. 

  • Vela: Na praia do Saco da Ribeira pratica-se vela e a região de Ubatuba é rica em ilhas, mares, ventos, águas abrigadas e rápido acesso ao alto mar. 

  • Skate: Ubatuba possui uma pista ótima para os iniciantes e profissionais do skate, ela contém halfs, quarters, escadarias, entre outros obstáculos. Esta pista está situada na Avenida Iperoig, no Centro, em frente ao aeroporto. E também há vários outros mini-ramps espalhados pela cidade, como as do bairro do Ranário, Itamambuca e Jardim Carolina. 

  

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