Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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Coordenadas |
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País |
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Municípios
limítrofes |
Lavrinhas, Silveiras, Cachoeira Paulista, Piquete, Passa-Quatro, Delfim Moreira e Marmelópolis |
Distância
até a capital |
220 km |
História |
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Fundação |
2 de outubro de 1901 (120 anos) |
Administração |
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Thales Gabriel (PSD,
2021 – 2024) |
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Características geográficas |
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305,699 km² |
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População total (Estimativa IBGE/2019[2]) |
82 238
hab. |
269 hab./km² |
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Clima |
|
517 m |
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Hora de
Brasília (UTC−3) |
|
12700-000 |
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Indicadores |
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0,788 — alto |
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R$ 2,141,388,000
mil |
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PIB per capita (IBGE/2016[4]) |
R$ 26 519,06 |
Sítio |
cruzeiro.sp.gov.br (Prefeitura) |
Cruzeiro é
um município brasileiro do Estado de São Paulo e
sede da 4ª sub-região da Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte, no
cone leste paulista. Suas coordenadas geográficas são 22º34'38" sul e
44º57'30" oeste.
A
cidade possui uma área de 305,699 km² e a sua população em 2019 foi
estimada pelo IBGE em
82.238 habitantes, com uma densidade demográfica de 252,01 hab./km².
·
História
Precedentes
O
povoamento da localidade onde hoje é Cruzeiro tem origens datadas
do século XVIII, a partir de um povoado da localidade conhecida por Embaú, que se desenvolveu devido ao ouro de Minas Gerais, em
terras pertencentes ao município de Lorena, próximo ao atual
território de Cruzeiro. Esse povoado provavelmente foi consequência do fato de
que o território, onde hoje é o município de Cruzeiro, era trecho da Estrada Real, caminho entre Minas Gerais e Paraty em que passavam as expedições para a exploração do
ouro do então Brasil colônia.
Ao
longo dos anos, as rotas comercias estabelecidas pelos mineiros que demandavam
aos Portos de Parati e Mambucaba fizeram surgir na região, então conhecida
por Embaú, muitas roças dedicadas a fornecer produtos de
abastecimento aos tropeiros. Nessa área, o sargento-mor Antônio Lopes de Lavra
iniciou, em 1781, a construção da capela dedicada a Nossa Senhora da Conceição
do Embaú, concluída seis anos depois. Na povoação que ao lado da capela se
formou, os primeiros povoadores passaram a comercializar os produtos locais,
logo aumentando o núcleo urbano.
Por
esse trecho da Estrada Real, que passa
pela Garganta do Embaú, divisa
entre Cruzeiro e Passa Quatro, desde
o século XVI também passavam as expedições dos bandeirantes,
como Fernão Dias Pais Leme,
Antônio Delgado da Veiga e Miguel Garcia Velho. Mais
tarde, com o descobrimento do ouro no território de Minas Gerais, o caminho se
tornou a Estrada Real, que levava o ouro de Minas Gerais até o porto de Paraty.
Gentil Moura, em seu “Dicionário da Terra e da Gente de Minas”, afirma que:
“(...)pelo Embaú deve ter passado a expedição de Martim Afonso, em 1531, assim
como aquela que fez parte o inglês Anthony Knivet, em 1596.” João Camilo de
Oliveira Torres, em sua “História de Minas”, escreve que a garganta era
passagem obrigatória e afirma que o Conde de Assumar quando veio para Minas
como governador, em 1717, procurou fazer um levantamento dos caminhos
existentes, notando o “caminho velho” do Rio, o caminho de São Paulo, o
“caminho novo”, construído por Garcia Rodrigues Paes, filho de Fernão Dias.
Analisando-os, deu preferência ao de São Paulo, passando por Taubaté e pelo
Embaú.
Marcos
históricos do município
Pátio ferroviário e as primeiras construções da
então Vila Conceição do Cruzeiro no início dos anos 1880.
Estação de Cruzeiro na década de 1880.
Na frente cruzeirense do túnel, o Imperador Dom Pedro II e sua comitiva, durante as
obras do Túnel da Mantiqueira em 1882.
O
marco histórico do município de Cruzeiro, em seus moldes atuais, começa a
partir da década de 1840. O capitão Joaquim Ferreira da Silva era proprietário
da fazenda Boa Vista que contemplava o atual território do município. Porém,
ele foi assassinado em 1837, fato que fez a sua viúva, Fortunata Joaquina do
Nascimento, herdar a fazenda que até então totalizava cerca de 900 hectares.
Alguns anos depois, a viúva se casou com o capitão Antônio Dias Telles de
Castro, que também era um rico fazendeiro e assumiu os negócios da fazenda Boa
Vista. Nesse período, o casal construiu a nova sede da fazenda, cujo prédio é
hoje o museu Major Novaes, também
conhecido entre os populares por Casa da Dona Tita e administrado
pelo poder municipal. Também realizaram ampliações na fazenda e transferiram a
maior parte de suas atividades para onde é situado o atual núcleo urbano de
Cruzeiro. Em 1853, o capitão Antônio morreu por causas naturais e doze anos
depois, aos 65 anos de idade, Fortunata adquiriu o seu terceiro matrimônio,
dessa vez com o major Manoel de Freitas Novaes, 29 anos mais jovem, homem
politicamente influente e já grande proprietário de terras na região
imediatamente vizinha à fazenda Boa Vista. A partir de então, major Novaes
ampliou as atividades da fazenda e passou a assumir grande influência nas
transformações da localidade. A começar por reformar e ampliar a sede da
fazenda Boa Vista.[12][16][17][18]
O
major Manuel tinha grande influência política na província de São Paulo e
também possuía amizade com o imperador Dom Pedro II, de modo que teve grande papel na decisão em
fazer com que o trajeto da nascente rede ferroviária passasse pelas terras que
hoje compõe o território de Cruzeiro. A construção do Túnel da Mantiqueira,
trecho da linha férrea entre Minas Gerais e São Paulo, foi na época uma das
mais importantes obras do país, e mereceu atenção especial do Imperador, que
inspecionou o andamento das obras em mais de uma ocasião. A viagem inaugural do
trecho, ocorrida em 14 de junho de 1884, contou com a ilustre presença do
Imperador e da família real, além do próprio Major Novaes.
A
rota ferroviária que passava por Cruzeiro foi preponderante para o transporte
de café e mercadorias em geral ao longo da segunda metade do século
XIX e início do século XX, pois ligava os Estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. E a cidade
de Cruzeiro foi trecho obrigatório dessa rota e ponto de interligação entre os
três Estados. Logo, esses fatos foram decisivos para a consolidação do núcleo
urbano que culminou na formação do atual município, uma vez que a então
ferrovia, denominada Estrada de Ferro Central
do Brasil, teve grande importância para o escoamento da produção
de café e também para o fluxo de comércio em geral desses
Estados naquele período.
Major
Manuel de Freitas Novaes. O fundador de Cruzeiro.
Entre
os arquivos históricos de Cruzeiro, consta que o vilarejo em torno da Fazenda
Boa Vista evoluiu com o passar dos anos, tendo sido elevado em 1846 à categoria
de freguesia com o nome de Nossa Senhora da Conceição do Embaú, um povoado cuja formação
foi motivada pelo comércio vindo de Minas Gerais com destino ao litoral, em ligação com o
porto da cidade de Parati. Em 1871, foi então fundada a vila
cuja denominação era Conceição do Cruzeiro, devido a um marco divisório em
forma de cruz, construído entre Minas Gerais e São Paulo. Em 1891, foi
criado o novo distrito, denominado Estação de Cruzeiro, devido ao
desenvolvimento trazido pela Estrada de Ferro D. Pedro II, que potencializou
fluxo de comércio naquela localidade. O Distrito cresceu tanto que no mesmo ano
foi elevado a categoria de vila com o nome de Vila Novais. Em 1892, foi novamente
reconduzido a distrito, novamente chamado Estação do Cruzeiro, e incorporado ao
município de Conceição do Cruzeiro, atualmente extinto. A sede do município de
Conceição do Cruzeiro foi transferida para o Distrito de Estação do Cruzeiro,
em 1901, passando a ser município autônomo denominado por Cruzeiro.
A
partir de então, o município passou a se consolidar, desenvolvendo-se
paulatinamente decorrente do movimento da ferrovia na Estação de Cruzeiro,
atraindo imigrantes e pessoas de outras localidades do país ao povoado já
existente em forma de vila, interessados no crescimento econômico do município.
O interesse pela região também era devido a sua privilegiada localização
geográfica, que estava na metade do caminho entre São Paulo e Rio de Janeiro,
ponto estratégico de atividade comercial.
Cruzeiro na década de 1930.
Soldados paulistas em Cruzeiro em frente
ao Túnel da Mantiqueira.
Altar na Garganta do Embaú ao lado da SP-052.
Revolução
Constitucionalista de 1932
Em
Cruzeiro, ocorreu um importante fato da história do Brasil. Foi nessa cidade em
que ocorreu a assinatura da rendição militar do Exército Constitucionalista
perante o Exército Federal durante a Revolução
Constitucionalista de 1932. O termo do acordo foi assinado
precisamente na Escola Arnolfo Azevedo (localizado no centro da cidade) no dia
2 de outubro de 1932. Naquele conflito, esse prédio também serviu de
quartel-general do destacamento do coronel Antônio Paiva de Sampaio,
tropa paulista responsável pela resistência naquele município.[12][20]
O
município teve grande importância durante aquele evento militar, pois como
situa-se na divisa com os Estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro tornou-se
ponto estratégico na linha defensiva de trincheiras criada pelos paulistas na
defesa militar do Estado de São Paulo frente
a ofensiva das tropas federais comandadas por Getúlio Vargas. O Túnel da Mantiqueira e
a Garganta do Embaú,
situados na divisa entre Cruzeiro e a cidade de Passa Quatro, foram os locais onde ocorreram importantes
batalhas entre as tropas federais e as tropas constitucionalistas e também os
locais em que houve o maior número de mortos naquele conflito. Entre aqueles
que tombaram nos combates daquela região, está o capitão Manuel de Freitas Novaes
Neto, neto do fundador de Cruzeiro, Major Novaes.
Em
2008, a cidade de Cruzeiro recebeu através da lei estadual nº 13.203 o honroso
título honorífico de "Capital da Revolução Constitucionalista de
1932" em virtude desses marcantes episódios do conflito ocorridos no
município e também por ser local em que houve a assinatura do termo de cessação
daquele conflito militar.[23]
Da
indústria nascente à contemporaneidade
Em
1945, com a inauguração da sede da Fábrica Nacional de Vagões (FNV) em
Cruzeiro, no contexto da política industrial do governo de Getúlio Vargas, a economia do município passou a assumir
também vocação industrial, contribuindo em muito para seu crescimento e
desenvolvimento, de modo a atrair novos moradores em função da demanda pela mão
de obra industrial. A FNV de Cruzeiro foi pioneira na construção de vagões de
carga 100% nacionais para as ferrovias brasileiras. Porém, em 1990, com a
política de privatizações do governo federal, foi adquirida pela atual Amsted
Maxion, que ainda opera no município na produção de vagões de carga, rodas de
aço fundido, truques, entre outros produtos e serviços.
Geografia
Rodovia
SP-52, entre a saída 34 da Dutra e a zona urbana de Cruzeiro.
A
localização geográfica do município é privilegiada, dado que num raio de cerca
de 200 km localizam-se as duas maiores regiões metropolitanas do
país, São Paulo e Rio de Janeiro, as quais
concentram grande parte do PIB brasileiro. O município é atravessado pela Rodovia Dutra, sendo o
acesso 34 dessa rodovia utilizado para chegar a cidade através da SP-52 (cerca
de 8 km da distância). A SP-52, após passar por Cruzeiro, também permite o
acesso ao estado de Minas Gerais, após a subida da Serra da Mantiqueira.
Rio Paraíba do Sul na
altura do centro da cidade. Em segundo plano, a Serra da Mantiqueira.
Hidrografia
Sua
proximidade às montanhas o premiam com diversos mananciais. Cruzeiro está localizado
na bacia do Rio Paraíba do Sul, o município possui uma rica malha hidrográfica,
seus rios participam como afluentes diretos ou indiretos do Paraíba, muitos
desses rios nascem nos contrafortes da serra da Mantiqueira sendo importantes
mananciais para região. Entre os cursos d'água em destaque a margem direita do
rio Paraíba do sul, se encontram rio Brejetuba, ribeirão Dolores, córrego da
Barrinha, rio Embaú e rio Passa Vinte e na margem direita destaca-se o rio
Itagaçaba. Esses são os principais que formam a ramificação do Rio Paraíba do Sul, que
por ali mostram-se largos e volumosos. Completam a oferta aquífera outros
córregos diversos.
Topografia
Vista
da Rua Coronel José de Castro com a Serra da Mantiqueira ao
fundo.
O
município se situa na região do Médio Vale do Rio Paraíba do Sul,
próximo à Serra da Mantiqueira, sua
área urbana se encontra a aproximadamente 515 metros de altitude acima do nível
do mar. A serra da Mantiqueira, ao Norte do município, apresentam elevações com
aproximadamente 2.800m; ao Sul do território, região cortada pela Rodovia
Presidente Dutra, o relevo assume o aspecto de "Mar de Morros" em
formato de "meia laranja".[14]
O
centro antigo da cidade apresenta um projeto urbano em traçado ortogonal,
estruturado sobre uma planície sedimentar de altitude, sendo uma das primeiras
cidades planejadas do país, ainda que o processo tenha se limitado basicamente
ao traçado de suas ruas.
A
planície de altitude onde encontramos o município de Cruzeiro é resultante de
um primitivo lago, que se estendia por todo centro do município até o município
vizinho de Lavrinhas, onde, por milhares de anos, o rio Paraíba foi represado
por formações de rochas magmáticas, uma barreira natural, que a erosão venceu
com o passar das eras geológicas.
As
áreas de entorno da planície central apresentam relevo ondulado, onde as
altitudes se intensificam ao se afastar do centro, na área rural predominam a
paisagem com morros em formato de "meia laranja" que compõem a
paisagem de "Mar de Morros", que caracteriza a região.
Cruzeiro
possui picos de altitude média a elevada, todos localizados na Serra da
Mantiqueira, em áreas de divisa com municípios vizinhos paulistas e de Minas
Gerais. As elevadas altitudes de seus picos superam a marca de 2.000 metros, a
exemplo temos o Pico dos Marins, com 2.422
metros de altitude, na divisa com o município paulista de Piquete e por onde
encontramos acesso a área; o Pico do Itaguaré, com 2308
metros, na divisa com o município mineiro de Passa Quatro, esse com acesso por Cruzeiro e Passa Quatro, com
menor facilidade de acesso conta com o Pico da Gomeira com 2068 metros. O Pico do Itaguaré é
famoso na região por seu contorno a compor o nariz de um sugestivo corpo humano
deitado, a formação é conhecida como "O Gigante Adormecido" de
Cruzeiro. O município conta ainda com formações menores, mas pitorescas, como o
pico do Focinho do Cão, e Seio da Virgem.
Panorâmica do centro de
Cruzeiro a partir do bairro Itagaçaba
Vegetação
Por
do sol visto da Serra da Mantiqueira.
A
cidade, por ser localizada na Serra da Mantiqueira possuía,
originalmente, formações de Floresta Subtropical de Altitude e Floresta
Subtropical Mista de Araucária. Sua cobertura vegetal original foi praticamente
toda destruída e descaracterizada ao longo dos últimos três séculos em função
de atividades econômicas, restando poucas "Ilhas" nos contrafortes da
serra da Mantiqueira, sendo que boa parte das matas existentes são de origem secundária.
Clima
Cruzeiro
apresenta o clima subtropical quente, inverno seco com baixa pluviosidade. A
umidade relativa do ar (média anual) é 75,9% e a precipitação pluviométrica
anual é de 1.400 a 2.500 mm. O movimento dos ventos no município é
influenciado pela topografia da região. A circulação do vento de superfície se
processa predominantemente nas direções NE, SO e E, em qualquer época do ano,
isto é, o vento sopra no corredor formado pelas duas serras.
[Esconder]Dados climatológicos para Cruzeiro |
|||||||||||||
Mês |
Jan |
Fev |
Mar |
Abr |
Mai |
Jun |
Jul |
Ago |
Set |
Out |
Nov |
Dez |
Ano |
Temperatura
máxima média (°C) |
28,6 |
28,6 |
28 |
26,5 |
24,9 |
24,1 |
23,7 |
25,3 |
26,3 |
26,6 |
27,1 |
29,6 |
26,4 |
Temperatura
média (°C) |
23,1 |
23,2 |
22,4 |
20,7 |
18,4 |
17,1 |
16,5 |
18 |
19,9 |
20,9 |
21,6 |
22,3 |
20,3 |
Temperatura
mínima média (°C) |
17,7 |
17,8 |
16,9 |
15 |
12 |
10,2 |
9,4 |
10,8 |
13,5 |
15,3 |
16,2 |
17,1 |
14,3 |
251 |
224 |
194 |
78 |
45 |
28 |
22 |
34 |
52 |
129 |
162 |
216 |
1 435 |
|
Fonte:
Climate-Data.org[25] |
Demografia
Crescimento
populacional |
|||
Censo |
Pop. |
%± |
|
45,672 |
— |
||
57,993 |
27,0% |
||
68,643 |
18,4% |
||
73,492 |
7,1% |
||
77,039 |
4,8% |
||
Est. 2019 |
82,238 |
6,7% |
|
Fonte:[26] |
Dados
da estimativa - 2014
População total: 80.149
·
Urbana:77.130
·
Rural: 3.019
o
Homens:36.033
o
Mulheres: 39.459
Densidade demográfica (hab./km²):
241,27
Mortalidade infantil até
1 ano (por mil): 14,81
Expectativa de vida (anos):
71,79
Taxa de fecundidade (filhos
por mulher): 2,13
Taxa de alfabetização:
95,23%
Índice de Desenvolvimento
Humano (IDH-M): 0,809
·
IDH-M Renda (PIB): 0,733
·
IDH-M Longevidade: 0,780
·
IDH-M Educação: 0,914
·
Renda per Capta: R$ 314,28
Bairros
A
cidade de Cruzeiro tem se expandido ao longo das décadas, principalmente por
conta de novos moradores que migraram para o município atraídos pelo
crescimento da indústria e do comércio da cidade e, por consequência, dando
surgimento a novos bairros, somando-se aos já existentes. A cidade conta
atualmente com algumas dezenas de bairros ou distritos, que dão conta da
dimensão da sua ocupação territorial e a sua dispersão populacional,
considerando a sua densidade demográfica. Compõem a cidade os seguintes
bairros:
Vista da Serra da Mantiqueira a partir do
bairro Itagaçaba.
Belvedere Santo Cruzeiro da Praça João XXIII do
Bairro Jardim América.
Bosque Municipal localizado na Vila Paulo Romeu.
Zona norte de Cruzeiro. Ao fundo, o Pico da
Gomeira.
·
Itagaçaba
·
Jardim América
·
Regina Célia
·
Centro
·
Vila Ana Rosa
·
Vila Brasil
·
Vila Romana
·
Vila Romana II
·
Vila Batista Parte Alta
·
Vila Batista Parte Baixa
·
Nova Cruzeiro
·
Jardim Paraíso
·
Cecap Nova
·
Cecap Velha
·
Vila Maria
·
Vila Juvenal
·
I Retiro da Mantiqueira (ou
Vila Rica)
·
II Retiro da Mantiqueira
·
Vila Paulo Romeu
·
Pontilhão
·
Parque Primavera
·
Vila Paulista
·
Jardim Europa
·
Vila Canevari
·
Vila Suely
·
Vila Loyelo
·
Vila Crispim
·
Lagoa Dourada I
·
Lagoa Dourada II
·
Santa Luzia
·
Washington Beleza
·
São Judas Tadeu
·
Jardim São José
·
Bairro dos Policiais
·
Morros dos Engenheiros
·
Morro dos Ingleses
·
Jardim Primavera
·
Vila Operária
·
Expedicionários
·
Vila Biondi
·
Vila Novaes
·
Batedor
·
Várzea Alegre
·
Brejetuba
·
Passa Vinte
·
Embau Mirim
·
Barra do Embau
·
Comerciários
·
Metalúrgico
·
Santa Cecília
·
Vista Alegre
·
Eco Vale
·
Entre Rios
Economia
Hoje,
o município tem o seu foco econômico voltado para a área do comércio (possui importantes empresas como Casas Bahia, Pernambucanas, O Lojão Magazine, Lojas Cem, Magazine Luiza, Lojas Americanas), e da indústria metalúrgica. A antiga FNV (Fábrica Nacional de Vagões) atualmente
tem o seu parque industrial dividido por duas empresas do grupo Iochpe-Maxion sendo elas: Amsted-Maxion Fundição e
Equipamentos Ferroviários, que foi a fusão do grupo Iochpe-Maxion com a Norte Americana Amsted Industries e a
Maxion Sistemas Automotivos-Divisão de Rodas e Chassis. A Amsted-Maxion é
referência em fundição, possuindo unidade nos Estados Unidos e Hortolândia. Já a Maxion Sistemas Automotivos possui filiais
em Curitiba e Região
Metropolitana de Belo Horizonte, além de uma filial na China,
sendo uma indústria multinacional de componentes ferroviários e produção de
rodas e chassis, contando com mais de 6 mil funcionários. A companhia tem seus
produtos vendidos para mais de 40 países em cinco continentes diferentes, tendo
os Estados Unidos, Itália, Argentina, Canadá e a Venezuela como os maiores importadores. Além disso, hoje
a empresa produz chassis de camionetas, caminhões, e carros para grandes
montadoras nacionais como Fiat, Volkswagen, Nissan,Scania, entre outras. As duas empresas juntas movimentam mais
da metade da economia do município.
No
ano de 2008 a Maxam, empresa espanhola dedicada a serviços para mineração
(explosivos e medições em pedreiras e minas) comprou a antiga Nitrovale
(anteriormente chamada Nitrobrasil), e começou a produção de explosivos e
sistemas de iniciação na zona rural da cidade para as principais mineradoras do
país, além de começar a exportar explosivos de uso civis para países do cone
sul.
Além
delas, a cidade conta outras empresas de pequeno e grande porte e várias
empresas de transporte rodoviário. Entre essas empresas, estão a MSD (Merck Sharp & Dohme),
CPI Papéis Industriais, Metalúrgica Carron, Einsemann, Finquímica, Tractor
Terra, Batatas Inaí e Massas Cunha. No ramo do transporte, estão instaladas na
cidade empresas como GR Transporte de Produtos Químicos, Transportadora Sayder,
Transportadora Sulista, Transpanda, Transporte Marcos, Transbiondi e
Transportadora Soberana (adquirida em 2017 pela Transbiondi).
Infraestrutura
Educação
Ensino
Básico
O
município conta com diversas instituições públicas municipais e estaduais, além
das escolas privadas de ensino, desde a pré-escola, passando pelo ensino
fundamental e no médio, até o ensino superior. A cidade possui a ETEC Professor
José Sant'Ana de Castro, que oferece Ensino Médio (manhã) e diversos cursos
distribuídos entre tarde e noite. Existem algumas escolas bastante clássicas no
município, como é o caso da escola Arnolfo Azevedo, que fica no centro do
município, onde ainda é possível visualizar na parede a divisão entre meninos e
meninas. A escola Oswaldo Cruz (estadual) é a maior e mais tradicional de
Cruzeiro, contando com mais de 1400 alunos e 163 docentes. Há também uma
unidade do SESI em Cruzeiro. Outras instituições integram o quadro da cidade,
como o INSA-Oratório (Salesianos), o COC Dinâmico, o Colégio Orbe (Etapa), o
Colégio Adventista, o Colégio Objetivo, Anglo Jean Piaget, Educarte (Poliedro),
entre outros.
Ensino
Superior
Cruzeiro
conta com 3 instituições de ensino superior:
FATEC
de Cruzeiro
·
ESC-ESEFIC:
Escola Superior de Cruzeiro e Escola de Educação Física de Cruzeiro 'Prefeito
Hamilton Vieira Mendes', foi criada em 1969 e oferece cursos de fisioterapia,
pedagogia, educação física (licenciatura e bacharelado) e enfermagem (com
autorização prévia para o Curso de Ciências Biológicas);
·
FACIC: A Faculdade de Ciências
Humanas de Cruzeiro oferece cursos de administração, ciências contábeis,
direito, engenharia de produção e pedagogia;
·
FATEC Cruzeiro: A Faculdade de Tecnologia de Cruzeiro foi criada em 2006 e
oferece os seguintes cursos: Análise e Desenvolvimento de Sistemas, Eventos,
Gestão Empresarial e Gestão da Produção Industrial.
A
cidade ainda conta com vários polos de Ensino Superior á distância: UNINTER,
FATEC Internacional, ULBRA e Faculdade Braz Cubas.
Saneamento
Água
O
sistema de saneamento e esgoto da cidade é administrado pela empresa pública
municipal Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) de Cruzeiro. Ela
dispõe de três estações de tratamento de água (ETA’s) em operação. A empresa
também possui quatro reservatórios de água em operação, os quais totalizam
juntos quase 7.000m³ de água armazenada. O sistema produtor de Cruzeiro
contempla a exploração de mananciais superficiais os quais são: Rio Batedor,
Rio Água Limpa, Rio do Braço, Rio do Lopes, Rio Passa Vinte e Rio Monteiro. O
sistema de distribuição atinge quase a totalidade da população.
Esgoto
O
SAAE Cruzeiro não possui Estação de Tratamento de Efluentes em operação(ETE),
porém está em processo de implantação a primeira unidade para atender o
município. Atualmente todos os esgotos coletados são lançados diretamente em
corpos receptores, mesmo com rede coletora, pois não há ETE. Trinta por cento
do total coletado são lançados no Córrego da Barrinha, 15% do coletado do
Bairro Itagaçaba são lançados direto no Rio Paraíba e o restante é dissipado no
Rio do Lopes.
O
projeto de implantação da primeira ETE do município contempla um sistema de
tratamento com fases anaeróbia e aeróbia, com desinfecção dos esgotos tratados.
O SAAE Cruzeiro, com base em informações referentes a 2009, afirma que o
sistema coletor possui cerca de 285,5 km de rede, contemplando o
atendimento de 71.382 habitantes o que representa quase a totalidade da
população, totalizando 23.189 ligações, sendo 21.906 ativas, o que corresponde
a 22.527 economias ativas, das quais 20.884 são residenciais. O volume coletado
de esgoto pelo SAAE corresponde a 4.033.000 m³/ano do qual são faturados
4.179.000 m³/ano. Com relação a cobrança dos serviços de coleta de esgotos, o
SAAE adota como referência 50% do valor da tarifa de água do município.[27]
Rede
de drenagem pluvial
O
sistema de drenagem pluvial do perímetro urbano, embora existente, é limitado e
não cobre todo o perímetro urbano. São recorrentes os alagamentos na cidade em
períodos de chuva intensa, principalmente na região central da cidade, nos
arredores do Rio Paraíba do Sul e do riacho que atravessa a cidade. Isso ocorre
porque a capacidade do sistema de drenagem pluvial do município não acompanhou
o crescimento da cidade. Portanto, são necessários investimentos futuros na
ampliação da capacidade da rede de drenagem pluvial de Cruzeiro, pois esta
poderá desempenhar papel fundamental para a qualidade do saneamento e da
drenagem de águas do município, principalmente em períodos com grandes
quantidades de chuvas, de modo a minimizar os problemas decorrentes, como
enchentes e deslizamentos de encostas causados pelo excesso no nível de
circulação da água.[28][29][30][31]
Transporte
No
segmento de transportes de passageiros atendem a cidade empresas como Pássaro Marron, que disponibiliza linhas para cidades do Vale do Paraíba e São Paulo (São José dos Campos, Aeroporto
Internacional de Guarulhos, Taubaté, Pindamonhangaba, Aparecida, Guaratinguetá, Lorena, Cachoeira Paulista, Canas, Piquete, Lavrinhas, Queluz e Areias; Viação Cidade do
Aço, que disponibiliza linhas para o Sul de Minas, Sul Fluminense e Rio de Janeiro (Barra Mansa, Volta Redonda, Resende, Itatiaia, Engenheiro Passos, Itamonte, Itanhandu, Passa Quatro, São Lourenço, Pouso Alto), Rodoviário e Turismo São José, que atende as
linhas urbanas da cidade, União Transporte Interestadual de Luxo S/A, mais
conhecida por ÚTIL e Viação Cometa S.A que
disponibilizam linhas para o Sul de Minas (Monte Sião, Varginha, Pouso Alegre, Cruzília, Andrelândia, Conceição do Rio Verde, Lambari, Caxambu) e Cia. Atual de Transportes que
disponibiliza uma linha diária para Belo Horizonte.
Ainda
três empresas no setor de fretamento e turismo estão instaladas na cidade,
Translourdes, que realiza fretamentos para o INPE,
FURNAS e fretamentos eventuais, a Lobo Turismo, que realiza viagens turísticas
e fretamento para a Rua 25 de Março e Brás em São Paulo. E a Bethânia
Turismo , que realiza locação de vans e ônibus para viagens e transportes para
universidades da região.
Rodovias
·
SP-52
·
SP-58
·
BR-116
Ferrovias
Ferrovia
da MRS Logística que
tangencia o Rio Paraíba do Sul e
o centro de Cruzeiro. Em segundo plano, a antiga Estação de Cruzeiro.
A
cidade é cortada pela MRS Logística, por onde
passa o Ramal de São Paulo,
conectando Cruzeiro por ferrovia a São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte.
Esse trecho ferroviário compunha a antiga Estrada de Ferro Central
do Brasil, que foi preponderante para o escoamento da produção do
café e mercadorias em geral ao longo da segunda metade do século
XIX e durante o século XX.[16]
O
município foi ponto inicial da EFMR (Estrada de Ferro Minas e
Rio), que mais tarde foi incorporada a RFFSA e fechada em 1991,
sendo totalmente abandonada.[32] Dos remanescentes da EFMR em Cruzeiro, apenas
o pátio ferroviário ainda se encontra em operação pela ABPF - Regional Sul de
Minas.[33]
Em
Cruzeiro também opera a principal oficina de manutenção de locomotivas da Associação Brasileira de Preservação Ferroviária (ABPF) –
Regional Sul de Minas, cujo trabalho envolve a reparação pesada de
locomotivas a vapor e a diesel. São exemplos de locomotivas restauradas
o Trem da Serra da Mantiqueira, em Passa Quatro; e o Trem das Águas, em São Lourenço. A
oficina também ajuda outras regionais da ABPF na manutenção de seus trens, fornecendo peças,
fabricando componentes, entre outros serviços. Além das locomotivas, a oficina
cuida da manutenção de veículos de linha, como autos de linha, vagonetes, entre
outros. São também feitos e recuperados componentes da parte motora dos carros
de passageiros. Por fim, outro grande trabalho realizado na oficina, a
re-bitolagem de dormentes de concreto, para aplicação nas linhas do Sul de
Minas mantidas pela regional.
No
momento, está sendo trabalhada a reativação pela ABPF do trecho ferroviário
entre Cruzeiro e Passa Quatro, da antiga Estrada de Ferro Minas e
Rio, como uma expansão do trajeto atual do turístico Trem da Serra da
Mantiqueira.
Aeroviário
A
cidade possui um aeródromo de terra batida para pequenas aeronaves, atrás do
recinto de exposições, na Vila Juvenal, com planos de ser construído um
aeroporto.
Comunicações
A
cidade era atendida pela Companhia Telefônica
Brasileira (CTB), que construiu em 1970 a central telefônica
utilizada até os dias atuais. Em 1973[35] passou a ser atendida pela Telecomunicações de São
Paulo (TELESP), que em 1998 foi privatizada e vendida para a
Telefônica, sendo que em 2012 a empresa adotou a marca Vivo para suas
operações de telefonia fixa.
Cultura
O
município possui uma agenda cultural ativa, com diversas atividades culturais
ao longo do ano que contemplam apresentações, eventos, entre outras atividades,
a exemplo das atividades realizadas no Teatro municipal Capitólio e no Museu
municipal Major Novaes.[38]
Anualmente
na cidade é realizada a ExpoAgro Cruzeiro que conta com shows dos mais diversos
artistas do Brasil e é considerado uma das maiores exposições agrícolas da
região do Vale do Paraíba, sendo que
a cidade também conta com regulares feiras de temática agrícola ao longo do
ano.
No
Museu Major Novaes, regularmente são realizadas diversas exposições com
amostras de registros históricos do município e exposições de temáticas
sociais, além da exposição realizada anualmente na semana em memória a Revolução
Constitucionalista de 1932.[40] No Teatro municipal também são regulares as
apresentações, porém, a reforma e restauração do prédio datado da década de
1930 deixou as apresentações suspensas recentemente.[41]
A
cidade também costuma sediar encontros de temática automotiva, balonismo, trekking ou montanhismo, entre diversas outras atividades.
Pontos
turísticos
Museu Major Novaes
Igreja Imaculada Conceição.
Centro Cultural Rotunda.
Túnel da Mantiqueira construído pela
antiga The Minas and Rio Railway.
Picos da Serra da Mantiqueira.
Topo da Pedra da Mina.
Nascer do sol a partir da Pedra da Mina.
Ao fundo, o Pico das Agulhas Negras.
·
Museu Major Novaes: O
imóvel também conhecido como "Solar dos Novaes" e "Casa da Dona
Tita", era sede da Fazenda Boa Vista e é datado de 1815. É considerado o
núcleo inicial do município, vinculado a história da cidade e da região. O
acervo do museu conta com móveis coloniais, cristaleiras procedentes da Itália
e documentos históricos, como cartas trocadas com a Família Imperial. Além
disso, promove regularmente diversas exposições e atividades culturais. Sua
majestade D. Pedro II tinha um grande prestígio ao seu compadre, o Major
Novaes, tendo o próprio imperador e outros membros da família real se hospedado
no casarão quando em passagem pela cidade. O museu foi tombado como patrimônio
histórico pelo Governo Estadual por meio do decreto nº 13.227 de 24 de setembro
de 1969.
·
Igreja Matriz da Imaculada
Conceição: Um dos principais cartões-postais de Cruzeiro, localizada na área
central da cidade, a igreja projetada com arquitetura de estilo eclético,
possui elementos do barroco e do neoclássico, teve suas obras iniciadas em
1830. o edifício passou por diversas reformas ao longo de sua história, mas que
não chegaram a alterar suas características originais, sendo a maioria
internamente. Sua fachada foi originalmente concebida sem pintura, com
acabamento em pó de pedra, no século passado, ao final da década de 60 e início
da de 70, foi pintada em amarelo claro e escuro; na década de 90, em azul
escuro/branco; no início do atual século, em azul claro/branco e recentemente
passou por uma reforma e a pintura azul/branco da igreja foi substituída por
bege/areia. A matriz de Imaculada é o segundo maior templo católico do Vale do
Paraíba com capacidade para 3000 fiéis. É um raro exemplo de igreja de seu
período, onde, mesmo tendo apenas um orago (santo devocional) possui duas
torres.
· Centro Cultural Rotunda: Importante edifício ferroviário, que compunha o conjunto de prédios das "Oficinas Modelo da Rede Sul Mineira". Esse conjunto de prédios construídos na década de trinta, do século vinte, foram os mais bem planejados e construídos, para os fins a que se destinavam na América Latina, só existindo similares nos EUA e Canadá(O conjunto de oficinas da antiga Rede Sul Mineira encontra-se hoje em completo abandono), . Originalmente o prédio da rotunda se destinava a posicionar locomotivas, carros de passageiros e vagões nos trilhos da ferrovia através de um Girador, o espaço oferecia serviços de manutenção mecânica, pintura e jateamento. Dada a sua função básica seu projeto levou a ter a forma de semicircunferência, sendo a única meia rotunda brasileira. Das vinte quatro rotundas erguidas no Brasil quatorze foram demolidas e somente duas restauradas, a de São João de Rei e a de Cruzeiro. O prédio da Rotunda de Cruzeiro
foi restaurado pela iniciativa privada (Fundação Iochpe) sob orientação de voluntários da ONG "Grupo Preservacionista Casa do Engenho", com o objetivo de criar um espaço cultural onde estariam representadas as cidades do Vale Histórico, posicionando Cruzeiro como um portal de entrada para região. Atualmente o prédio encontra-se novamente em relativo estado de abandono, desviado de suas funções e destinado a abrigar eventos secundários, não recebendo nenhuma manutenção, o que tem comprometido sua estrutura.
·
Igreja Santa Cecília: Primeira
Matriz da cidade, teve a construção concluída em dezembro de 1896.
·
Capitólio Teatro Municipal:
Construído em 1929, possui espaço para exposições e uma excelente acústica. Já
foi palco de shows de artistas nacionais importantes.
·
Bosque Municipal: Parque
municipal com 28.869 m², possui uma vista, pista de bicicross, parque infantil,
pista de cooper e um lago.
·
Escola Arnolfo Azevedo: Escola
tradicional do município localizada numa praça no Centro da cidade. Ainda é
possível ver as inscrições na fachada indicando a divisão de meninos e meninas
na escola.[47]
·
Belvedere Santo Cruzeiro:
Praça onde é possível ter uma vista geral da cidade, emoldurada pela Serra da Mantiqueira.
Localizada no perímetro urbano no bairro do Jardim América mas precisamente na
praça João XXIII. O monumento homenageia as santas missões realizadas na
cidade.
·
Belvedere "A Santa":
Ao lado da SP-52, precisamente na Garganta do Embaú, divisa
entre Cruzeiro e Passa Quatro. É um local
de vista exuberante e própria para descanso, com comércio de lanches em geral e
acesso a água em fonte natural. A vista desse ponto é aproximadamente de 1.800
metros de altitude. No local há um altar com a imagem de Nossa Senhora
Aparecida, denominada "A Santa" devido à imagem de Nossa Senhora
Aparecida, instalada sobre um altar. Localiza-se na Serra da Mantiqueira, e assim
denominada APA; distante de 21 km do centro de Cruzeiro.
·
Túnel da Mantiqueira:Construído
pela Minas and Rio Railway, localiza-se a aproximadamente a duzentos metros do
belvedere da Serra da Mantiqueira, onde
se encontra "A Santa". Esse famoso túnel ferroviário, foi palco de
eventos marcantes para a história. Por exemplo, por ocasião de sua construção,
feita pelos ingleses da Cia "Minas and Rio Railway", recebeu o
imperador D. Pedro II e sua comitiva, era o orgulho ferroviário do império,
tendo sido o maior túnel ferroviário construído até então na América Latina.
Dado o posicionamento estratégico do túnel, durante a Revolução
Constitucionalista de 1932, o local teve uma guarnição instalada
pela frente de defesa dos revolucionários paulistas, nesta ocasião teve os
trilhos removidos de seu interior, que foi preenchido com uma barricada,
objetivando impedir a passagem das tropas federais de Getúlio Vargas. O túnel tem aproximadamente 1 km, com
suas extremidades entre São Paulo e Minas Gerais.
·
Pico da Gomeira: Um pico da Serra da Mantiqueira com 2068
metros de altitude, cujo cume está precisamente na fronteira entre os Estados
de Minas Gerais e São Paulo, sendo possível avistá-lo a partir do centro de
Cruzeiro. O lugar é um atrativo para os praticantes de trekking ou montanhismo. Seu cume está a aproximadamente 7 km do
acesso pela SP 052, a partir da Garganta do Embaú.
·
Pico do Itaguaré: Outro
importante cume da Serra da Mantiqueira, na próximo da divisa entre os Estados
de Minas Gerais e São Paulo, com acesso pela SP 52. Possui 2.308 metros de
altitude e do seu topo é possível avistar todo o Vale do Paraíba. Não é
explorado turisticamente, sendo utilizado somente por aqueles que praticam
montanhismo.
·
Pico dos Marins: Possui 2.422 metros de altitude, de onde é
possível visualizar parte do Sul de Minas e do Vale do Paraíba. Local excelente
para prática de montanhismo, com via de acesso por Piquete.
·
Pedra da Mina: Seu cume fica na divisa entre Cruzeiro e Passa
Quatro e é o ponto culminante da Serra da Mantiqueira, com 2.798 metros. Esse é
outro lugar que tem sido destino predileto dos praticantes de trekking e montanhismo.
·
Garganta do Embaú: O ponto
de transposição mais baixa da Serra da Mantiqueira e está a aproximadamente
20 km do centro da cidade, o local é trecho demarcado da Estrada Real e por onde também passaram os bandeirantes
durante suas incursões ao interior de Minas Gerais.
·
Pico do Focinho do Cão: Local
de beleza natural, que corre sobre rochas, possuindo uma caverna perfurada pelo
próprio riacho que segue por baixo de um morro a cerca de 500 metros, voltando
a ser remanso novamente. É utilizado turisticamente pelos cruzeirenses. Existe
na Área, local para camping rústico, piquenique e estacionamento.
·
Cachoeira do Cantagalo: Trecho
do rio Brejetuba tem uma nascente com piscinas naturais, Área para camping,
campo de futebol, restaurante e estacionamento. Localiza-se próximo ao Bairro
do Brejetuba, com bar, restaurante, campo de futebol, várias fazendas
agropecuárias e casas de campo. Chega-se ao local pela entrada de acesso para
Passa Quatro, retornando por Passa Vinte a esquerda, utilizando Vicinal.[47]
·
Reino Encantado: Localiza-se
na Serra da Mantiqueira, na Estranha Cruzeiro/Pinheiros, encontrando o local de
beleza natural, com um pequeno regato que corre por sobre rochas cristalinas,
onde surge um pequeno canyon, cortado nas rochas pela ação erosiva das águas, o
canyon estende-se por aproximadamente 500 metros, onde o riacho volta a correr
em terrenos abertos. Mesmo sendo uma área pitoresca, seu relativo abandono
pelas autoridades levou a uma continua degradação de sua cobertura vegetal
original, os campos, que hoje envolvem os terrenos ao redor desse sítio, são o
resultado da destruição sistêmica da rica cobertura original composta por uma
floresta de mata Atlântica. Possui uma Área para camping rústico,
pic-nic e estacionamento.
·
Estação Ferroviária de Cruzeiro:
Antiga estação ferroviária, construída em 1884, antes mesmo da fundação da
cidade. Hoje o prédio principal não é mais usado, mas o pátio de manobras ainda
é de usado pela MRS Logística. O prédio
principal é de responsabilidade da prefeitura municipal. Mas, com os anos,
edificação foi sendo deteriorada e atualmente encontra-se em péssimo estado de
conservação. Porém, em 2017 a Prefeitura Municipal recuperou um convênio com o
Ministério do Turismo do governo federal para restauração do prédio histórico.
·
Mundo Novo - Cachoeira do
Curiaco: Localizado próximo na divisa com a cidade de Piqueti, ao lado da
rodovia de ligação entre os dois municípios. Possui vista para o Pico dos Marins e o Pico do Itaguaré.
·
Toca das Andorinhas: Local
para o ecoturismo localizado na Serra da Mantiqueira, entre os Picos do
Itaguaré e dos Marins, na divisa dos municípios de Cruzeiro e Piquete. A área
onde se localiza a cachoeira é de propriedade particular. O acesso ao atrativo
é feito, partindo da região central do município, pela rodovia SP-52, até o km
6, de onde se segue por estrada municipal, por mais 10 km, até o bairro Rio
Monteiro e , a partir daí, por trilha de aproximadamente 4 km até o atrativo. O
trajeto, até a o bairro Rio Monteiro, é feito por via pavimentada e sinalizada.
O atrativo está localizado a uma altitude de 1.700 metros. É uma cachoeira de
rara beleza e tem seu nome diretamente ligado às aves que habitam a região. No
bairro Rio Monteiro, próximo ao atrativo, há pousadas e restaurantes.
·
Trilha da Revolução:
Exploração dos locais históricos em que atuaram as tropas, incluindo aqueles em
que ocorreram os combates entre as tropas paulistas e as tropas federais
durante a Revolução
Constitucionalista de 1932.
Administração
municipal
·
Prefeito: Thales Gabriel (SD) (2017/2024)
·
Presidente da câmara:
Charles Eduardo Fernandes (PDT) (2017/2018)
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