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de uma série sobre
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História de Taiwan
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Cronologia
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A História
de Taiwan remonta a aproximadamente 5000 anos, mas pouco se sabe
sobre os seus habitantes originais.
História de Taiwan até 1949
A ilha de Taiwan foi descoberta pelos portugueses,
que a nomearam Formosa. Depois de passar para o domínio dos espanhóis e depois
dos holandeses, foi ocupada pelo Império Chinês (Dinastia Manchú) até 1895.
Após a derrota chinesa na guerra sino-japonesa, foi anexada pelo Japão, a
título de indenização, pelo Tratado de Tientsin (ou Tianjin), situação esta que
perdurou até o final da Segunda Guerra Mundial.
Com a rendição incondicional do Japão, em 15 de
agosto de 1945, a ilha de Taiwan retornou ao controle da República da China,
cuja formalização se deu mais tarde, pelo Tratado de Paz de São Francisco em
1951.
Em maio de 1950, após a derrota na guerra civil
(entre 1947 a 1949) das forças nacionalistas,lideradas pelo General Chiang
Kai-Shek, ante as forças comunistas, lideradas pelo Mao Tsé-Tung, os
nacionalistas refugiaram-se para a ilha de Taiwan, ali estabelecendo a sede
adminstrativa do governo da República da China. Embora os nacionalistas
(partido Kuomintang) tenham perdido o controle territorial da China continental
e, mais tarde, perdido a representação no assento no Conselho Permanente da ONU
em 1971, eles se consideram ainda, de direito, como legítimos representantes da
nação chinesa sob a bandeira da República da China.
História de Taiwan após 1945
Chiang
Kai-shek faleceu em 1975 e foi sucedido pelo filho, Chiang Ching-kuo,
que iniciou uma política de liberalização. Em 1977, foi abolida a lei marcial (em
vigor desde 1946) e autorizado o funcionamento de outros partidos. A morte de Chiang Ching-kuo, em 1988, acelerou a
abertura do regime, sob o comando de Lee Teng-hui. O Kuomintang venceu as eleições de
1992, as primeiras com a participação da oposição. A China sugeriu a unificação sob a
fórmula "um país, dois sistemas" (comunismo e capitalismo) - a mesma
adotada em Hong Kong - recusada pelo governo de Formosa.
Em março de 1996, às vésperas da inédita eleição
presidencial direta no país, a China realizou manobras militares no estreito de
Formosa. Os Estados Unidos deslocaram dois
porta-aviões à região para proteger o país. A coerção de Pequim não surtiu
efeito e Lee Teng-hui se
reelegeu. Em 1997, foi restabelecida a comunicação marítima com a China
continental, interrompida desde 1949.
A economia formosina cresceu quase seis por cento
em 1998 e superou os efeitos da crise financeira asiática (1997). A gestão
econômica do país durante as turbulências na região - com uma drástica redução
da taxa de juros - garantiu a vitória do Kuomintang nas eleições parlamentares de 1998.
Fatos Recente
Divergências no Kuomintang levaram
à expulsão de um de seus líderes mais populares, James Soong. O partido chegou
dividido e enfraquecido às eleições presidenciais de março de 2000, favorecendo a
vitória de Chen Shui-bian,
do Partido Democrático Progressista, com
39,3% dos votos. Pela primeira vez, Formosa teve um presidente que não
pertencia aoKuomintang.
Independência versus unificação
Chen Shui-bian adotou um discurso moderado em relação à China, embora seu partido tenha uma
posição tradicional em favor da emancipação. O novo presidente propôs o diálogo
em janeiro de 2000, mas Pequim exigiu como pré-condição um compromisso de
unificação para o futuro. Em maio, Chen descartou
a proclamação unilateral de independência, desde que a China não usasse a força
para obter a reunificação. As declarações foram bem recebidas e contribuíram
para um acordo, assinado em dezembro, que permitiu o intercâmbio comercial, o
envio de cartas e o transporte de passageiros entre a província continental de Fujian (Fuquiém)
e as ilhas formosinas de Quemoy e Matsu Tao.
Sem maioria parlamentar, o novo governo formosino
enfrentou dificuldades para aprovar seus projetos. Um impasse político irrompe
em outubro de 2000, quando Chen anuncia a suspensão da construção de uma quarta
usina nuclear no país. A oposição argumenta que a decisão contraria lei
previamente aprovada pelos parlamentares. O caso é enviado ao órgão supremo do
Judiciário. Em janeiro de 2001 é
decidida a retomada das obras.
Crescimento
As exportações de
Taiwan obtêm forte expansão em 2000, graças principalmente à desvalorização de
sua moeda. OProduto Interno Bruto (PIB) cresce a uma
taxa estimada em 6,3%, superando os 5,7% do ano anterior. Em 2001, no entanto,
Taiwan sofre os efeitos da desaceleração da economia estadunidense e da queda da
demanda internacional por produtos eletrônicos e de alta tecnologia -
o país produz metade das placas de circuitos de computadores pessoais existentes
em todo o mundo. Além disso, muitas de suas indústrias se transferiram para a
China continental.
No dia 1 de janeiro de 2001, três navios de
Taiwan atravessam, pela primeira vez desde 1949, o mar que separa o
arquipélago da China continental. Em maio, as tensões com a China se reacendem
com a venda de armas estadunidenses a Taiwan e a visita de Chen aos Estados
Unidos. Os dois fatos - que ocorrem numa fase de conflito diplomático entre a
China e os Estados Unidos por causa do pouso forçado de um avião de espionagem
norte-americano em solo chinês - provocam protestos do governo de Pequim.
Sob permanente ameaça chinesa, Taiwan é um dos
maiores compradores de armas do planeta. Em 1999, o país só perde para
a Arábia Saudita na importação de material
bélico, segundo dados do Military Balance.
No mesmo ano, o governo destina 15 bilhões de dólares para a Defesa, orçamento
inferior apenas ao de grandes potências e de países com dimensão continental.
Represálias
Essas transações, invariavelmente acompanhadas de
protestos do governo de Pequim, são um fator adicional de tensão entre a China,
de um lado, e do outro, Taiwan e seu principal aliado, os Estados Unidos (EUA).
Embora não reconheçam oficialmente o regime taiuanês, os EUA se comprometem a
garantir-lhe os meios para que possa se defender de uma eventual invasão. Em 1992, com base nessa
política, os Estados Unidos fornecem a Taiwan 150 caças F-16. No ano seguinte,
Taiwan compra da França 60 caças Mirage e seis fragatas. O assunto volta à
tona em agosto de 2001, quando Washington autoriza a venda a Taiwan de um
pacote de armamentos sofisticados que inclui quatro destróieres, aeronaves
Orion (para detecção de submarinos) e oito submarinos a diesel.
Cronologia da história
1544 - Navegadores portugueses passaram
Taiwan em 1544, e foi registado no livro de um navio o nome de "Ilha Formosa",
nome pelo qual foi designada em várias línguas, e ainda é utilizado em língua
portuguesa e espanhola. [1]
1582 - Os sobreviventes de um naufrágio Português
passaram dez semanas combatendo a malária e
os aborígenes, antes de regressar a Macau em uma balsa.
1600 - Os portugueses estabeleceram um entreposto comercial denominado
Formosa. .
1624 - A Companhia Holandesa das Índias Orientais
estabelece uma base no sudoeste de Taiwan e importa trabalhadores chineses para
trabalhar em suas plantações. Anteriormente, durante vários milênios, a ilha
era o lar de povos da Austronésia, com breves visitas, em séculos anteriores,
de pequenas quantidades de aventureiros, mercadores, pescadores e piratas
chineses, japoneses e portugueses.
1626 - Aventureiros espanhóis situados nas
Filipinas estabelecem bases no norte de Taiwan, mas são expulsos pelos
holandeses em 1642.
1662 - Procurando refúgio dos conquistadores
Manchu, da China, da dinastia Qing (1644–1912), um exército liderado por Cheng-gong
(Koshinga) expulsa os holandeses e estabelece um novo reino.
1683 - O Império Manchu – referido por alguns
historiadores como a China da dinastia Qing ou Império Chinês – invade as áreas
costeiras ocidental e oriental de Taiwan.
1885 - Taiwan é declarada província do Império
Manchu.
1895 - Após derrota em uma guerra com o Japão, o
governo Manchu (Qing) assina o Tratado de Shimonoseki que passa ao Japão a
soberania sobre Taiwan. O Japão governa a ilha nos próximos 50 anos, até o
final da 2ª Guerra Mundial.[2]
1911-1912 - Revolucionários chineses derrubam o
governo Manchu e estabelecem a República da China.
1915 - Incidente de "Ta-pa-ni". Rebelião
contra a ocupação japonesa resulta em massacre dos chineses taiwaneses.
1930 - Incidente "Wùshè" (em taiwanês ou
japonês: 霧社事件; Em Mandarim: Wùshè Shìjiàn). Foi a maior rebelião
contrária à ocupação japonesa, onde populações locais como os Atayal foram
massacrados pelas forças japonesas, que chegaram a usar armas químicas contra
os rebeldes.
1943 - Durante a 2ª Guerra Mundial, o líder da ROC,
o Generalíssimo Chiang Kai-shek se encontra com o Presidente dos Estados
Unidos, Franklin Roosevelt e com o Primeiro-Ministro britânico Winston
Churchill, no Cairo. Vários dias após a conferência, uma declaração conjunta
conhecida como “Declaração do Cairo” afirma que “… todos os territórios que o
Japão roubou dos chineses, Manchúria, Formosa e Pescadores, deverão ser
devolvidas à República da China”.
1945 - Depois da 2ª Guerra Mundial, os militares
japoneses se rendem às forças da ROC.
1947 - A Constituição da ROC é promulgada em
Nanjing, no continente, em 1º de janeiro e deverá entrar em vigência em 25 de
dezembro. Em março e nos meses subseqüentes, tropas da ROC enviadas do
continente impedem um grande levante de taiwaneses, ativado pelo Incidente de
28 de Fevereiro.
1948 - à medida que a China é assolada por uma
guerra civil entre o governo da ROC, liderado pelo Kuomintang (KMT) e o Partido
Comunista Chinês (CCP), as Medidas Temporárias Vigentes durante o Período da
Rebelião Comunista foram promulgadas, passando por cima da Constituição e
expandindo enormemente os poderes presidenciais.
1949 - O governo de Taiwan e mais de um milhão de
chineses voltam a Taiwan, enquanto o CCP funda a República Popular da China no
continente. A lei marcial é decretada e continua vigente até 1987. Após isso e
até hoje, a ROC em Taiwan e a PRC no continente são governadas por governos
diferentes.
1951 - O Tratado de Paz de San Francisco é
assinado, formalizando os termos da rendição do Japão. Por este tratado, o
Japão renuncia à soberania sobre Taiwan, mas o tratado não aborda o status
político de Taiwan do pós-guerra.
1971 - A Organização das Nações Unidas aprova a
Resolução 2758 reconhecendo os representantes do governo da PRC como “os únicos
representantes legítimos da China nas Nações Unidas” e expulsando “os
representantes de Chiang kai-shek do lugar que ocupam ilegalmente nas Nações
Unidas”. Ela nada diz sobre a representação do povo de Taiwan.
1979 - Ativistas da democracia, em protestos na
cidade de Kaohsiung são detidos pelo governo do KMT, condenados por incitação
por um tribunal militar e permanecem na prisão por vários anos. Alguns deles e
seus advogados de defesa mais tarde desempenham papéis importantes na formação
e desenvolvimento do atual partido da situação, o Partido Progressista
Democrático (DPP).
1987 - A lei marcial é levantada e a democratização
vai a pleno vapor. Em 1991 as Medidas Temporárias Vigentes durante o Período da
Rebelião Comunista são abolidas e, a partir daquele ano até 2005, a
Constituição da ROC passa por diversas rodadas de revisão para torná-la
relevante para a situação atual.
1996 - Taiwan realiza a sua primeira eleição
popular presidencial, com Lee Teng-hui conseguindo 54% dos votos.
2000 - Chen Shui-bian e lu Hsiu-lien do DPP são
eleitos presidente e vice-presidente, respectivamente, com 39% dos votos em uma
corrida com cinco candidatos, acabando com o domínio de 50 anos do KMT e
marcando uma transição pacífica de poder político.
2004 - Chen e Lu são re-eleitos com pouco mais de
50% dos votos em uma corrida de dois candidatos.
2006 - Pelo 14º ano seguido, a Comissão Geral da
Assembléia-Geral das Nações Unidas rejeita um pedido dos aliados diplomáticos
da ROC para incluir em sua agenda a discussão de uma minuta de resolução sobre
a representação de 23 milhões de pessoas de Taiwan.
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