Argentina
República Argentina |
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Gentílico: Argentino
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Localização da Argentina em verde escuro; Ilhas Malvinas, Ilhas Geórgia do Sul e Sandwich do Sul (administradas pelo Reino Unido) e a área reivindicada pelo país na Antártida em verde claro. |
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Buenos Aires
34°36'S 58°22'O |
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Cidade mais populosa
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Buenos Aires
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Ricardo Lorenzetti[2]
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da Espanha
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- Luta
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25 de maio de 1810
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- Proclamada
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9 de julho de 1816
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- Reconhecida
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- Total
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- Água (%)
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1,1
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- Estimativa de 2012
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- Censo 2010
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40 117 096 hab.
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14 hab./km² (175.º)
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Estimativa de 2014
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- Total
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PIB
(nominal)
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Estimativa de 2014
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- Total
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US$ 12 777 (62.º)
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IDH
(2013)
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0,808 (49.º) – muito elevado
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Gini
(2009)
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45,8[7]
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(UTC-3)
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- Verão (DST)
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(UTC-2)
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ARG
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Argentina, oficialmente República Argentina (pronunciado em espanhol: [repuβlika arxentyna]), é o segundo maior país da América do Sul em território e o terceiro em população,
constituída como uma federação de 23 províncias e uma cidade autônoma, Buenos Aires. É o oitavo maior país do mundo em área
territorial e o maior entre as nações de língua espanhola, embora México, Colômbia e Espanha, que possuem menor território, sejam mais populosos.
A área continental da Argentina está entre a cordilheira dos Andes a
oeste e o oceano Atlântico, a leste.
Faz fronteira com Paraguai e Bolívia ao norte, Brasil e Uruguai a nordeste e com o Chile
a oeste e sul. A Argentina reivindica uma parte da Antártida,
sobrepondo as reivindicações do Chile e do Reino Unido no continente antártico, mesmo após todas as reivindicações terem
sido suspensas pelo Tratado da Antártida de
1961. O país reivindica ainda as Ilhas Malvinas (em espanhol: Islas Malvinas) e Geórgia do Sul e
Sandwich do Sul, que são administradas pelo Reino Unido como territórios
britânicos ultramarinos.
O mais antigo registro de presença humana na área atualmente conhecida como Argentina é datado do
período paleolítico. A colonização espanhola
iniciou-se em 1512. A Argentina emergiu como o Estado sucessor do Vice-Reino do Rio da Prata,
uma colônia espanhola fundada
em 1776. A declaração e a luta pela
independência (1810–1818) foi seguida por uma longa guerra civil, que durou até 1861 e terminou com a
reorganização do país como uma federação de províncias, com a cidade
de Buenos Aires como capital. Durante a segunda metade do século XX, a Argentina enfrentou
vários golpes militares e
períodos de instabilidade política, juntamente com crises econômicas periódicas
que contiveram seu pleno desenvolvimento econômico e social.
Uma potência média
reconhecida, a Argentina é uma das maiores economias da
América do Sul, com uma
classificação alta no Índice de Desenvolvimento
Humano. Na América Latina, a Argentina possui o quinto maior PIB
per capita (nominal)
e o maior PIB per capita
em paridade do poder de compra.
Analistas argumentam que o país tem uma base "para o crescimento futuro,
devido ao tamanho do seu mercado, níveis de investimento direto estrangeiro e o
percentual de exportações de alta tecnologia como parte do total bens
manufaturados" e é classificado pelos investidores como uma economia emergente. A
Argentina é um membro fundador da Organização das Nações Unidas,
do Mercosul, da União de Nações Sul-Americanas
e da Organização Mundial do Comércio
e continua sendo um dos G20.
O primeiro gentílico aplicado pelos europeus ao povo habitante da atual
Argentina foi o termo castelhano
"rioplatense". O nome foi dado por um equívoco feito por Sebastião Caboto em 1526,
quando passou pelo estuário do Rio Uruguai e o chamou de Rio de La Plata ("Rio da Prata"), enganado pelo metal precioso que
encontrou nas mãos de alguns indígenas, sem saber que eles o haviam tomado dos
marinheiros da expedição portuguesa dirigida por Aleixo Garcia. Embora o equívoco tenha se esclarecido pouco depois,
o nome manteve-se e logo o gentílico "rioplatense" aplicou-se em
espanhol para designar os habitantes de ambas as margens do Rio da Prata, o
qual os índios chamavam de Paraná-Guazú
(termo que, traduzido da língua guarani, significa "mar gigante").
A prata, em latim, recebe o nome de argentum,
nome substantivo ao qual corresponde o adjetivo argentinus. O nome "Argentina" foi usado pela primeira
vez pelo poeta Miguel Del Barco Centenera (1535-1605) em seu poema histórico Argentina y la Conquista del Río de la Plata
("Argentina e a Conquista do Rio da Prata"), publicado em 1602, 66
anos depois da fundação do Puerto de
Nuestra Señora Santa Maria del Buen Aire ("Porto de Nossa Senhora
Santa Maria do Bom Ar"), a atual cidade de Buenos Aires. O substantivo "Argentina" foi
utilizado amplamente a partir do século XVIII para designar toda a região do
Rio da Prata, abarcando os atuais territórios do Uruguai, Paraguai e parte do estado brasileiro do Rio Grande do Sul.
Cueva de las Manos, uma das mais antigas expressões humanas da América do Sul.
A área conhecida atualmente como a Argentina era relativamente pouco
povoada até o período da colonização europeia.
Os primeiros vestígios de vida humana são datados do período Paleolítico e há indícios adicionais dos períodos Mesolítico e Neolítico. No entanto, grandes áreas do interior eram
aparentemente despovoadas durante um extenso período de secas entre 4000 e 2000
a.C.
O arqueólogo uruguaio Raúl Campa Soler dividiu os povos indígenas na
Argentina em três grupos principais: caçadores-coletores de
alimentos básicos, sem desenvolvimento da cerâmica, caçadores-coletores de
alimentos avançadas e os agricultores com cerâmica.
Os povos primitivos argentinos se dividiram em dois grandes grupos: os
caçadores e coletores, que habitavam a Patagônia, o Pampa
e o Chaco; e os agricultores, instalados a noroeste, regiões
próximas à Cordilheira dos Andes, as
serras de Córdoba e, mais
tarde, a Mesopotâmia argentina. Os
estudos antropológicos dos grupos caçadores e coletores, tradicionalmente
considerados mais simples que os povos agricultores, puseram de manifesto a
complexidade que alcançaram culturas de um alto grau de simbolismo, como os sélknam, aush, yaganes e kawésqar, da Terra do Fogo. O noroeste atual argentino fazia parte do Império Inca, o maior império pré-colombiano da América do Sul.
Ruínas da
missão jesuítica de San Ignacio Miní,
considerada um Patrimônio Mundial pela UNESCO.
Buenos Aires e o Rio da Prata em 1790, durante o período colonial.
Os primeiros europeus chegaram à região com a expedição de Américo Vespúcio, que
contornou a entrada do Rio da Prata em 1502.
Posteriormente, o navegador espanhol Juan Díaz de Solís, em
busca de uma passagem para o Oceano Pacífico, descobriu
o Rio da Prata em 1516, e ao desembarcar no atual território do Uruguai foi atacado e morto pelos charruas. Os sobreviventes embarcaram novamente até a Espanha, mas muitos destes naufragaram e se refugiaram na Ilha
de Santa Catarina, atual Florianópolis.
Em 1534 a parte norte da atual Argentina foi entregue a Pedro de Mendoza; a região que vai do Estreito de Magalhães até
o Pólo Sul passava a ser outorgada a Pedro Sarmiento de Gamboa.
Mendoza chegou ao Rio da Prata em 1536 e fundou o Porto de Santa María del Buen
Ayre, em honra à virgem de Bonaria, da cidade de Cagliari, patrona dos
navegantes.
Em 1609 foi fundada a primeira das missões jesuítas guaranis. As trinta missões chegaram a ser, no século XVIII,
um verdadeiro empório comercial, um "estado dentro do Estado", como
denominavam seus detratores, que se estabeleceu como um sistema de organização
econômica e social distinto ao das colônias que as rodeavam. Visto o respeito
com que os jesuítas tiveram pela organização social comunitária dos guaranis,
conseguiu-se que as missões tivessem a base do seu crescimento. Em 1767 a
Espanha expulsa a Companhia de Jesus de suas possessões, com o qual os povos
índios passaram a depender dos governadores civis espanhóis, que os exploraram
à revelia, até ao ponto em que no princípio do século XIX quase todas as
missões estavam despovoadas e em ruínas.
A sociedade colonial apresentou aspectos dissonantes de acordo com a
região. No interior, determinou-se uma sociedade de castas fortemente
diferenciadas: os fazendeiros brancos eram o topo social e centralizados do
poder nas cidades; eram educados e refinados, enquanto os campesinos mestiços
estavam em condições quase servis. A população negra era muito escassa,
reduzida quase em sua totalidade ao serviço doméstico, salvo em cidades mais
mercantis como Córdoba.
A repressão dos indígenas nos vales Calchaquies, a entrega em mita
de muitos deles para trabalhar nas minas de Potosí, o processo de mestiçagem e a grande aculturação fizeram
que as encomiendas dessem lugar
a um campesinato relativamente livre. Na segunda metade do século XVI, tanto o
Alto Peru e Tucumán como o Paraguai exigiam a criação de um porto no Atlântico Sul
para poder estabelecer laços de comércio mais próximos com a Espanha e diminuir
seu isolamento. É por estes motivos — e pela ameaça de incursões estrangeiras
no Rio da Prata — que a Coroa Espanhola autoriza a segunda fundação de Buenos Aires. Desde então a cidade se converteu na saída
natural dos produtos altoperuanos (entre eles a prata) e do Paraguai. Estabeleceu-se então, na década de 1580, um lucrativo comércio entre Tucumán e o Brasil através da cidade.
A Revolução de Maio forçou a
renúncia do vice-rei e substituiu seu governo pela Primera Junta, o primeiro governo argentino independente.
As notícias da Independência dos Estados
Unidos e da Revolução Francesa, ambas
baseadas nas ideias iluministas, introduziram ideias liberais
na América Latina. A
Argentina começou seu processo de independência da Espanha em 25 de maio de 1810, em um episódio
denominado Revolução de Maio,
empenhando-se em guerras contra os espanhóis e seus partidários (realistas); a
revolução não teve uma calorosa acolhida em todo o vice-reino: outras regiões
do Rio da Prata estavam tão interessadas em se tornarem
independente de Buenos Aires como da Espanha. Em 1811 o Paraguai produziu sua própria declaração de Independência.
Tumba de José de San Martín,
libertador de Argentina, Chile e Peru,
na Catedral de Buenos Aires.
Em 1820, José de San Martín
preparava um exército destinado a libertar o Chile
e o Peru declarando sua independência. Em 26 de junho de 1822 celebrou-se a histórica
reunião com Simón Bolívar. Os ventos (e os líderes) da
Independência da Argentina sopraram para as demais colônias espanholas na América do Sul. Os argentinos consideram San Martín — que
realizou a campanha de independência da Argentina, Chile e Peru — como herói de
sua emancipação e "Pai da Pátria".
Após a derrota dos espanhóis, as disputas internas se deram entre os unitários e os federais. Iniciou-se um longo
conflito para determinar o futuro da Nação. Em 1820, com a Batalha de
Cepeda, iniciou-se um período de autonomias provinciais e guerras
civis sendo que a união entre as províncias só se manteve graças aos chamados
tratados interprovinciais. Na prática as províncias eram autônomas por cerca de
40 anos. Os caudilhos provinciais dominaram o mapa político e manejavam
seus redutos com exércitos próprios.
Em 1826 o Congresso nomeou o primeiro presidente constitucional, Bernardino Rivadavia.
Rivadavia era um Centralista que já mostrara anteriormente seu modo de governar
quando exerceu o cargo de ministro de governo da província de Buenos Aires em
1821. Neste período o governo provincial focou, principalmente, nos
melhoramentos da cidade de Buenos Aires, frequentemente repartindo o
seu custo com todo o país, para torná-la uma cidade com ares mais europeus.
Rivadavia construiu largas avenidas, escolas, calçamento de ruas e iluminação pública
e fundou a Universidade de Buenos Aires,
assim como dos cursos de teatro, geologia e medicina.
A Argentina, tal como a Austrália, o Canadá, os Estados Unidos e o Brasil, recebeu nesse tempo uma onda de imigrantes, cuja
sociedade foi sido influída em boa medida por um fenômeno imigratório maciço,
que começou a partir dos meados do século XIX. A onda de imigração foi tão
grande que, segundo a estimativa feita por Zulma Recchini de Lattes, a população argentina seria apenas 8
milhões de habitantes.
Juan Perón e sua influente mulher, Eva (ou Evita).
Eles fundaram o movimento político conhecido como Peronismo.
Nas eleições de 1946 o general Juan Domingo Perón foi o
candidato do Partido Laborista (Trabalhista), tendo como vice um radical da
dissidente Junta Renovadora. A aliança que Perón aglutinou era heterogênea.
Estavam juntos: Os sindicalistas da CGT,
Os Yrigoyenistas do FORJA e os conservadores das
províncias do interior. Perón foi eleito com 56% dos votos.
O governo peronista foi particularmente duro com a oposição política e
sindical: muitos dos seus dirigentes foram presos. Nas universidades do país
removeram-se professores dissidentes e impulsionou-se a CGU — Central Geral
Universitária — como representante dos estudantes em oposição à majoritária
Federação Universitária Argentina (FUA). Com um critério similar, criou-se a
UES (União de Estudantes Secundários). A partir de 1950, a situação econômica
começa a piorar. Ainda assim, Perón volta a se eleger em 1951.
A chegada do peronismo ao poder pela democracia
produziu-se em pleno período pós-guerra, o qual significava a debilidade
econômica da Europa em ruínas e a forte liderança dos Estados Unidos no hemisfério ocidental.
Neste cenário, a Argentina se encontrava pela primeira vez em sua história na
posição de credor dos países centrais, graças a suas exportações de carne e
grãos às potências beligerantes. O principal devedor era o Reino Unido, que diante da emergência declarou sua iliquidez, bloqueando a livre
disponibilidade de seus montantes. Mas o peronismo não sustentou a Argentina
por muito tempo, o governo começa a ter dificuldades políticas; um golpe
militar (a Revolução Libertadora),
liderado por Eduardo Lonardi, ocorre em
1955.
Assim, Perón teve que se exilar, fixando-se por fim na Espanha — e mesmo no exílio continuou sendo popular para os
argentinos.
Regime militar
Jorge Videla, ditador da Argentina entre 1976 e 1981
O governo de Arturo Frondizi foi
derrubado em 1962 por um golpe militar, depois da vitória do peronismo em
várias eleições provinciais. Aproveitando a confusão, a Corte Suprema designou José María Guido, que era
presidente provisório do Senado, como novo presidente do país, em seguida
substituído por uma Junta de Comandantes.
Em 1982, durante a presidência de Leopoldo Galtieri, iniciou-se a Guerra das Malvinas contra
o Reino Unido, disputando-se a soberania das ilhas. O absoluto
fracasso das tropas argentinas e a morte de aproximadamente 600 jovens soldados
propulsionou o golpe definitivo ao regime militar. Com a volta da democracia em
10 de dezembro de 1983, estimou-se que o número de vítimas do
governo era de cerca de 10 mil pessoas. A marca mais profunda das ditaduras foi
a repressão sobre setores específicos da sociedade, especialmente os elementos
politicamente mais ativos, como jornalistas e sindicalistas.
O país se encontrou num caos político posteriormente à morte de Perón.
Grupos extremistas realizavam sequestros e assassinatos, levando a sociedade a
um terror poucas vezes visto no país. Nesta situação surge o autodenominado Processo de Reorganização
Nacional, presidido originalmente por Jorge Rafael Videla, que
se caracterizou por acentuada repressão, levando a cabo constantes
perseguições, torturas e execuções de presos políticos. Assim como os outros
países do Cone Sul, o governo argentino integrou a Operação Condor.
A administração de Videla foi marcada por violações sistemáticas aos direitos humanos, principalmente nos meios estudantis, além de
questões de limites de fronteira com o Chile, que estiveram próximas de um
conflito armado — matéria diplomaticamente mediada por João Paulo II. Houve também desmantelamento dos sindicatos e
polarização na divisão de classes sociais. A economia do país, porém, cresceu, tornando-se mais competitiva e moderna, adaptando-se às correntes mundiais. Houve também um
grande incremento nas obras públicas.
Período contemporâneo
A derrota na Guerra das Malvinas
obrigou o regime militar a convocar eleições democráticas. Contudo, as
violações maciças aos direitos humanos
realizadas entre 1976 e 1983, assim como uma ampla tradição em golpes
militares, farão complexo o processo de transição à democracia, com reiteradas
insurreições militares. Em 1989, pela primeira vez na história, um presidente
de um partido entregou o poder a um presidente de outro partido. A situação
voltou a se repetir em 1999, mostrando uma notável consolidação da democracia na Argentina.
Intervenção
policial nas ruas de Buenos Aires durante a crise de 2001.
O presidente Fernando de la Rúa herdou
uma competitividade diminuída das exportações, bem como déficits fiscais crônicos. A coalizão governista desenvolveu
fendas, e o retorno de Domingo Cavallo ao
Ministério da Economia foi interpretado como um movimento de crise dos
especuladores. A decisão de Cavallo falhou e acabou por ser forçado a tomar
medidas para pôr fim a uma onda de fuga de capitais e para conter a crise da
dívida iminente (que culminou com o congelamento de contas bancárias). Um clima
de descontentamento popular se seguiu, e em 20 de dezembro de 2001 a Argentina
mergulhou em sua pior crise institucional e
econômica desde 1890. Houve violentos protestos de rua, que entraram
em confronto com policiais e resultaram em várias mortes. O clima cada vez mais
caótico, em meio a tumultos acompanhados por gritos de que "todos devem ir", finalmente
resultou na renúncia do presidente de la Rúa.[23]
Três presidentes seguiram em rápida sucessão, durante duas semanas, que
culminou na nomeação do presidente interino Eduardo Duhalde pela Assembleia Legislativa em 2 de janeiro de
2002. A Argentina fez uma moratória de sua dívida internacional, e a ligação do peso argentino com o dólar foi rescindida, causando uma maior depreciação do peso e um aumento da inflação. Duhalde, um peronista com uma posição de centro-esquerda econômica, teve que lidar com uma crise
financeira e sócioeconômica, com uma taxa de desemprego de 25% no fim de 2002 e com o menor salário real em
sessenta anos. A crise acentuou a desconfiança do povo nos políticos e nas
instituições. Depois de um ano abalado por protestos, a economia começou a se
estabilizar no final de 2002, e as restrições sobre as retiradas bancárias
foram suspensas em dezembro.[24]
Néstor Kirchner e a sua
esposa e sucessora política, Cristina Kirchner
Beneficiando-se de uma taxa de câmbio desvalorizada o governo implementou novas
políticas com base em re-industrialização e substituição de importações,
e as exportações aumentaram e começaram a ter consistentes superávits comerciais e fiscais. O governador Néstor Kirchner, um
peronista social democrata, foi
eleito em Maio de 2003. Durante a presidência de Kirchner a Argentina reestruturou
sua dívida em falta com um grande desconto (66%) na maioria dos títulos, pagou
as dívidas com o Fundo Monetário Internacional,
renegociou contratos com concessionárias e nacionalizou algumas empresas
anteriormente privatizadas. Kirchner e seus economistas, nomeadamente Roberto Lavagna, também prosseguiram com uma política de
rendimentos e vigoroso investimento em obras públicas.[25]
Argentina desde então tem se aproveitado de um crescimento econômico, mas
com inflação alta. Néstor Kirchner executou a campanha de 2007 em
favor de sua esposa, a senadora Cristina Fernández de Kirchner.
Ela se tornou a primeira mulher eleita presidente da Argentina e em um
resultado polêmico, Fabiana Ríos, uma candidata de centro-esquerda na Província de Tierra del Fuego
se tornou a primeira mulher na história argentina a ser eleita governadora.
A presidente Cristina Kirchner, apesar de ter grande maioria no
Congresso, viu um controverso plano para o aumento dos impostos às exportações agrícolas derrotado pelo surpreendente
voto do vice-presidente Julio Cobos, após grandes protestos e
bloqueios agrários de março a julho. A crise financeira global,
desde então, fez com que Cristina Kirchner intensificasse a política de seu
marido de intervenção do Estado em setores conturbados da economia.[26] A pausa no crescimento econômico e erros políticos
ajudaram a levar kirchnerismo e seus aliados a perderem a maioria
absoluta no Congresso, após as eleições de 2009.
Cristina Kirchner foi
reeleita em 2011. Conquistou mais de 53% dos votos, o melhor desempenho de um
candidato desde a redemocratização argentina. Kirchner é a primeira mulher
reeleita presidente na América Latina.[27]
Geografia
Monte Aconcágua, na Patagônia, a maior montanha da Argentina e de todo o continente americano, com
quase sete mil metros de altura.
Quebrada das Conchas, no
Vale Calchaquíes, província de Salta, norte do país.
A Argentina está situada no sul da América do Sul, com a Cordilheira dos Andes à
oeste e o Oceano Atlântico ao sul e
a leste. O país tem uma área total (excluindo a alegação da Antártida e de
áreas controladas pelo Reino Unido) de 2.780.400 km², sendo
que 43.710 km², ou 1,57%, é composto por água. O território argentino é dividido em seis principais
regiões. Os Pampas são as planícies férteis localizadas no centro e no
leste. A Mesopotâmia é uma planície
delimitada pelos rios Paraná e Uruguai, e o Gran Chaco localiza-se entre a Mesopotâmia
e os Andes. O Cuyo está no lado leste dos Andes, e o noroeste argentino fica no
norte. A Patagônia é um grande planalto localizado
ao sul do país.
O ponto mais alto acima do nível do mar é o Monte Aconcágua, na
província de Mendoza, com 6.959 metros
de altura, sendo considerado também o ponto mais alto do hemisfério sul e do mundo ocidental. O ponto mais baixo é a Laguna del Carbón, na
província de Santa Cruz, com -105 m
abaixo do nível do mar. Este é também o ponto mais
baixo da América do Sul. O ponto continental mais oriental fica a nordeste de Bernardo de Irigoyen, em
Misiones, e o mais ocidental é o Parque Nacional Perito Moreno,
província de Santa Cruz. O ponto mais setentrional está na confluência dos rios
San Juan e Mojinete na província de Jujuy, e o mais ao sul é o
Cabo San Pío, Terra do Fogo.
Os principais rios são Paraná (o maior), Pilcomayo, Paraguai, Bermejo, Colorado, Negro, Salado e Uruguai. O Paraná e o Uruguai se juntam
para formar o Estuário do Rio da Prata,
antes de chegar ao Atlântico. Os rios regionalmente importantes são o Atuel e
Mendoza, na província de mesmo nome, o Chubut, na Patagônia, Rio Grand, em Jujuy e San Francisco, em
Salta.
Os 4 725 quilômetros de comprimento de sua costa atlântica[18] varia entre áreas de dunas
e falésias. A plataforma continental argentina (Plataforma
Patagônica), é excepcionalmente ampla e é conhecida como Mar Argentino. As duas correntes oceânicas principais que
afetam a costa são a quente Corrente do Brasil e a
fria Corrente das Malvinas. Por
causa da irregularidade da massa de terra costeira, as duas correntes alternam a sua
influência sobre o clima e não permitem que as temperaturas caiam uniformemente
com a maior latitude. O litoral sul de Terra do Fogo forma a margem norte do Canal de Beagle.
Clima
Imagem de satélite do Cone Sul mês a mês.
O clima temperado,
geralmente varia de subtropical no norte, até subpolar no extremo sul. O
norte, é caracterizado por verões quentes e úmidos, com invernos secos leves, e
está sujeito a secas periódicas. O centro da Argentina tem verões quentes com
trovoadas (oeste da Argentina produz alguns dos maiores granizos do mundo) e invernos frios. Nas regiões do sul, os verões
são mornos e invernos frios com fortes nevoadas, especialmente nas zonas
montanhosas. As altitudes mais elevadas em todas as latitudes tornam as
condições climáticas mais frias.
Entre as principais correntes de vento incluem o frio vento pampero, que sopra sobre as planícies da Patagônia e dos Pampas, seguindo a frente fria, sopra
correntes quentes do norte no inverno médio e tardio, criando condições
brandas. O Zonda, um vento quente e seco, afeta o centro-oeste da Argentina.
Espremido de umidade durante os 6.000 m de descida dos Andes,
o vento Zonda pode soprar por horas, com rajadas até 120 km/h, alimentando
incêndios, causando danos, quando sopra o Zonda (junho-novembro), tempestades
de neve e nevascas (viento blanco).
As condições geralmente afetam altitudes mais elevadas.
O Sudestada
poderia ser considerado semelhante ao Nor'easter, apesar de a queda de neve ser rara, mas não
sem precedentes. Ambos estão associados a um profundo sistema de baixa pressão
baixa no inverno. O sudestada
geralmente tem moderadas temperaturas baixas, mas traz chuvas muito fortes, mar
agitado e inundações costeiras. É mais comum no final do outono e inverno ao
longo da costa central e no estuário do Río de la Plata.
Biodiversidade e meio
ambiente
Plantas subtropicais dominam o Gran Chaco, no norte, com o gênero de árvores Dalbergia; também é predominantes árvores algarrobo (prosopis
alba e prosopis nigra).
Áreas de savana existem nas regiões mais secas próximas aos Andes.
No centro do país, pampas úmidos são um verdadeiro ecossistema de pradarias de grama alta. O área original
dos pampas praticamente não tinha árvores, sendo que a única planta de grande
porte nativa da região é o Ombu. O pampa é uma das regiões mais produtivas
e férteis para a agricultura na Terra,
no entanto, este fator também é responsável por dizimar grande parte do
ecossistema original, para abrir caminho para a agricultura comercial. Os
pampas ocidentais receber menos chuvas, o que forma uma planície de gramíneas curtas ou de estepes. O governo nacional mantém quatro monumentos naturais
e 33 parques nacionais.
Geleira Perito Moreno, no Parque Nacional Los Glaciares,
Santa Cruz.
Declarado Patrimônio da Humanidade
pela UNESCO em 1981.
Demografia
Mapa das
províncias argentinas por população (2001).
No censo de 2001 realizado pelo Instituto Nacional de Estatística e Censos da Argentina
(INDEC), o país tinha uma população de 36.260.130 de habitantes naquele ano e
os resultados preliminares do censo de 2010 indicam uma população total de
40.091.359 pessoas. A Argentina é o terceiro país mais populoso da América do
Sul e 33º do mundo.
A densidade populacional é
de 15 pessoas por quilômetro quadrado de área de terra, bem abaixo da média mundial
de 50 pessoas. A taxa de crescimento da população em 2010 foi estimada em 1,03%
ao ano, com uma taxa de natalidade de 17,7
nascimentos por 1.000 habitantes e uma taxa de mortalidade de 7,4
mortes por mil habitantes. O saldo migratório argentino
variou de zero a quatro imigrantes por mil habitantes.[44]
A proporção de pessoas com menos de 15 anos é de 25,6% da população, um
pouco abaixo da média mundial de 28%, e a proporção de pessoas com 65 anos ou
mais é relativamente alta, em 10,8%. Na América Latina, esta taxa só é menor que a do Uruguai e está
bem acima da média mundial, que atualmente é de 7%. O país tem uma das taxas
mais baixas de crescimento populacional da América Latina, cerca de 1% ao ano,
bem como uma taxa de mortalidade infantil
relativamente baixa. Sua taxa de natalidade de 2,3 filhos por mulher ainda é
quase duas vezes maior do que a da Espanha ou Itália, países comparáveis por
suas semelhantes práticas religiosas e proporções populacionais. A idade média
dos argentinos é de aproximadamente 30 anos e a expectativa de vida ao
nascer é 77,14 anos.
A Argentina é um país altamente urbanizado. As dez maiores áreas metropolitanas
abrigam metade da população e menos de uma em cada dez pessoas vivem em áreas
rurais. Cerca de 3 milhões de pessoas vivem na cidade de Buenos Aires e a área metropolitana da Grande Buenos Aires
compreende uma população de 13 milhões de habitantes, o que a torna uma das maiores áreas urbanas do mundo. As áreas metropolitanas de Córdoba e Rosário têm cerca de 1,3 milhões de habitantes cada, enquanto Mendoza, Tucumán, La Plata, Mar del Plata, Salta e Santa Fé têm pelo menos
meio milhão de pessoas cada uma.
Cidades mais populosas da Argentina
Estatísticas do Instituto Nacional de Estatística e Censos da Argentina (INDEC) (2007) |
|||||||||||
Posição
|
Pop.
|
Posição
|
Localidade
|
Província
|
Pop.
|
||||||
1
|
2 891 082
|
11
|
377,000
|
||||||||
2
|
1 372 000
|
12
|
357,000
|
||||||||
3
|
1 242 000
|
13
|
345,000
|
||||||||
4
|
885,434
|
14
|
304,000
|
||||||||
5
|
789,000
|
15
|
298,000
|
||||||||
6
|
732,503
|
16
|
287,000
|
||||||||
7
|
604,563
|
17
|
268,000
|
||||||||
8
|
516,000
|
18
|
255,000
|
||||||||
9
|
493,000
|
19
|
244,168
|
||||||||
10
|
453,229
|
20
|
230,810
|
Religião
Catedral
de La Plata.
A Constituição garante a liberdade de religião, mas
também exige que o governo apoie o catolicismo romano,
fazendo da Argentina um estado não-laico. Até 1994, o presidente deveria ser católico romano, embora não houvesse
restrições em relação a outros funcionários do governo. Na verdade, desde 1945,
inúmeros judeus ocuparam cargos de destaque. A política católica, no
entanto, continua influente no governo e ainda ajuda a moldar uma variedade de
legislação. Em um estudo de avaliação dos níveis das nações de regulação e
perseguição religiosa com pontuação de 0-10, onde 0 representava os baixos
níveis de regulação ou perseguição, a Argentina recebeu uma pontuação de 1,4 no
Regulamento do Governo da Religião, 6,0 em Regulação Social da Religião, e 6,9
em Governo Favoritismo de Religião e 6 de perseguição religiosa.
Na Argentina, há uma ampla liberdade religiosa,
garantida pelo 14º artigo da Constituição, embora o estado reconheça o caráter proeminente da Igreja Católica, que tem
um estatuto jurídico diferente em relação ao resto das igrejas e denominações:
nos termos do segundo artigo da constituição, o governo nacional deve
sustentá-la e, segundo o Código Civil, é juridicamente equivalente a uma entidade de
direito público e não estatal. Trata-se de um sistema diferenciado que não
realiza o seu estatuto de oficialidade como a religião da república. O Vaticano e a Argentina assinaram um acordo
que rege as relações entre o estado e a Igreja Católica.
Sinagoga sefardita em Barracas, Buenos Aires.
Segundo o World Christian
Database, os argentinos são 92,1% cristãos (onde destes quase 75% são católicos, embora esse
percentual venha caindo nos últimos anos ), 3,1% agnósticos, 1,9% muçulmanos, 1,3% judeus e ateus
e budistas representam 0,9% cada segmento .
Cristãos argentinos são em sua maioria, católicos. As estimativas para o
número que professam essa fé variam de 70% da população, para 90%.
Igrejas evangélicas têm vindo a conquistar uma posição de destaque desde
a década de 1980 e contam de aproximadamente 9% da população total entre seus
seguidores. Igrejas pentecostais e tradicionais estão presentes na maioria das
comunidades. Os membros de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias possuem mais
de 373.000 seguidores no país, sendo a sétima maior congregação cristã no país.
Há também crenças religiosas populares que são difundidas, como o culto
à Defunta Correa, à Madre Maria, para Pancho Sierra, a Gauchito Gil, ou a Zeferino Namuncurá. O
último foi beatificado pela Igreja Católica em 2007.
Idiomas
A língua oficial e de facto da Argentina é o espanhol, normalmente
chamado castelhano pelos argentinos. O país é a maior sociedade de língua espanhola que
emprega universalmente o voseo
(o uso do pronome vos em
vez de tú (você), o que também
ocasiona o uso de formas verbais alternativas). O dialeto mais prevalente é o rioplatense, cujos
falantes estão localizados principalmente na bacia do Rio da Prata. Italianos e outros
imigrantes europeus influenciaram o lunfardo, uma gíria falada na região, permeando o
vocabulário vernáculo de outras regiões também. Um estudo fonético realizado pelo Laboratório de Investigações
sensoriais do CONICET e pela Universidade de Toronto
mostrou que o sotaque dos habitantes de Buenos Aires (conhecidos como porteños) estão mais próximos da língua napolitana, falada
no sul da Itália, do que de qualquer outra
língua falada.
De acordo com o Ethnologue existem cerca de 1,5 milhões de
falantes de italiano (tornando-se a
segunda língua mais falada no país) e 1 milhão de falantes de árabe levantino
(falado na Síria, Líbano e Chipre) no país. O alemão padrão é falado por 400.000 a 500.000 argentinos de
ascendência alemã, o que a torna a quarta língua mais falada.
Algumas comunidades indígenas
mantiveram as suas línguas originais. O guarani é falado por alguns no nordeste, especialmente em Corrientes (onde possui
estatuto oficial) e Misiones. O quíchua é falado por alguns no noroeste e tem uma variante
local em Santiago del Estero. O aymara é falado por membros da comunidade de imigrantes bolivianos. Na Patagônia há comunidades de língua galesa, sendo que cerca de 25.000 habitantes a usam
como segunda língua. Imigrantes
recentes trouxeram idiomas como o chinês e o coreano (principalmente a Buenos Aires). O inglês, o português brasileiro e o francês também são idiomas
com alguma influência no país.[57]
Composição étnica
Tal como acontece com outras áreas de novos assentamentos, como o Canadá, Austrália, Brasil e Estados Unidos, a
Argentina é considerada um país de imigrantes. A maioria dos argentinos são descendentes de
colonos da era colonial e de imigrantes europeus do século XIX e XX. A Argentina perdia apenas para os Estados Unidos em número
de imigrantes europeus recebidos e, nessa época, sua população dobrava a cada
duas décadas. A maioria destes imigrantes europeus vieram da Itália e Espanha. 86,4% da população da Argentina
se autoidentifica como sendo de ascendência europeia. Estima-se que 8% da
população é mestiça e 4% são de ascendência árabe ou asiática. No último censo nacional,
600.000 argentinos (1,6%) autoidentificaram como indígenas.
Um grupo
de argentinos descendentes de alemães na cidade de Crespo, província de Entre Ríos.
O recente fluxo de imigração ilegal tem sido
proveniente de países como Bolívia e Paraguai, com números menores do Peru,
Equador e Romênia. O governo argentino estima que
750 000 habitantes não têm documentos oficiais e lançou um programa chamado
"Patria Grande" para incentivar imigrantes ilegais a declarar seu
estatuto, em troca de vistos de residência de dois anos - até agora mais de 670
mil pedidos foram processados no âmbito do programa.
Na Argentina, a herança europeia é a predominante, mas com significativa
herança indígena, e presença de contribuição africana também. Um estudo
genético realizado em 2009, revelou que a composição da Argentina é 78,50%
europeia, 17,30% indígena e 4,20% africana. De acordo com um estudo genético
autossômico de 2012 a composição da Argentina é a seguinte: 65% europeia, 31%
indígena e 4% africana. O estudo em questão observou variações regionais, com
algumas partes sendo mais indígenas e outras europeias, não obstante elas todas
sejam mescladas, variando apenas o grau de mistura.
Em Buenos Aires, um estudo genético encontrou
contribuição indígena de 15,80% e africana de 4,30%. Na região de La Plata, as contribuições europeia, indígena e africana
foram, respectivamente, 67.55% (+/-2.7), 25.9% (+/-4.3), e 6.5% (+/-6.4).
Quanto à população de Mendoza, um estudo genético encontrou a
seguinte composição autossômica (DNA herdado tanto por parte de mãe quanto por
parte de pai e que permite inferir toda a ancestralidade de um indivíduo):
46,80% de ancestralidade europeia, 31,60% indígena e 21,50% africana.
Na linhagem materna (DNA mitocondrial), de acordo com um estudo genético
de 2004, 56% da população da Argentina possui DNA mitocondrial ameríndio.
Governo e política
Casa Rosada em Buenos Aires, sede do governo argentino.
A Argentina é uma república constitucional e
uma democracia representativa.
O governo é regulado por um sistema de três poderes
independentes definido pela Constituição da Argentina,
que serve como a legislação máxima do país. A sede do governo é a cidade de Buenos Aires. O sufrágio é universal, igualitário, secreto e obrigatório.
O governo nacional é composto por três ramos:
·
O poder executivo reside no
presidente e no Conselho de Ministros. O presidente e o
vice-presidente são eleitos diretamente para mandatos de quatro anos e são
limitados a dois mandatos seguidos. Ministros são nomeados pelo presidente e
não estão sujeitos a ratificação legislativa. A atual presidente do país é Cristina Fernández de Kirchner,
com Amado Boudou como vice-presidente.
·
O poder judiciário é
independente dos poderes executivo e legislativo. A Suprema Corte tem sete membros nomeados pelo presidente, em
consulta com o Senado. Os juízes de todos os outros tribunais são nomeados pelo
Conselho da Magistratura da Nação Argentina, um secretariado composto por
representantes dos juízes, advogados, o Congresso e o executivo.
·
O poder legislativo é
exercido pelo Congresso Nacional bicameral, composto por um Senado com 72 membros e
uma Câmara de
Deputados com 257 membros. Os senadores têm mandato de seis anos,
com um terço tendo direito à reeleição a cada dois anos. Os membros da Câmara
dos Deputados são eleitos para mandatos de quatro anos por um sistema de representação proporcional,
com metade dos membros permanentes para reeleição a cada dois anos. Um terço
dos candidatos apresentados pelos partidos devem ser mulheres.
Apesar de declarada como capital em 1853, Buenos Aires não se tornou a capital oficial até 1880. Houve
movimentos para mudar o centro administrativo para outro lugar. Durante a
presidência de Raúl Alfonsín, foi aprovada uma lei para
transferir a capital federal para Viedma, Río Negro. Os estudos
estavam em curso quando problemas econômicos suspenderam o projeto em 1989.
Embora a lei nunca tenha sido formalmente revogada, é agora tratada como uma
relíquia.
A Argentina é dividido em 23 províncias e uma Cidade Autônoma. A província de Buenos Aires
é dividida em 134 partidos,
enquanto as restantes províncias estão divididas em 376 departamentos.
Departamentos e Partidos estão
subdivididos em municípios ou distritos. Com exceção da província de Buenos Aires, as
províncias do país optaram nos últimos anos a entrar em acordos com outras
províncias, formando quatro regiões federadas destinadas a promover a
integração econômica e desenvolvimento: Região Central, Região Patagônica,
Região do Novo Cuyo e a Região do Grande Norte Argentino.
Relações exteriores
Líderes
da União de Nações Sul-Americanas
(UNASUL) reunidos com o BRICS durante a 6ª reunião de cúpula do
grupo em Fortaleza, Brasil.
A Argentina, junto a Brasil, Paraguai e Uruguai, forma parte do Mercado Comum do Sul
(Mercosul) e da União de Nações Sul-Americanas.[73] O país participou em cada fase da operação do Haiti
e também tem contribuido em operações pacíficas em diversas zonas do mundo. Em
reconhecimiento a suas contribuições à seguridade internacional e à
pacificação, o ex-presidente
estadunidense Bill Clinton designou a Argentina como um principal aliado extra-OTAN
em janeiro de 1998.
A Argentina mantém uma disputa de soberania sobre as Ilhas Malvinas, Sandwich do Sul, Aurora e Geórgia do Sul, administradas pelo Reino Unido, junto com seus espaços marítimos circundantes.
Reivindica quase 1 milhão de quilômetros quadrados na Antártida, no que constitui a Antártida Argentina
(embora todas as reivindicações continentais sobre a Antártida estejam
suspensas em virtude do Tratado Antártico).
Em 2007, durante o governo Kirchner, Argentina assinou 294 acordos
bilaterais, incluindo 39 com a Venezuela, 37 com o Chile,
30 com a Bolivia, 21 com o Brasil, 12 com a República Popular da China,
10 com a Alemanha, 9 com os Estados Unidos e Itália, e 7 como Cuba, Paraguai, Espanha e Rússia.
Forças armadas
Edifício
Libertador, sede do Ministério da Defesa e do Exército argentino.
As forças armadas da Argentina
compreendem o exército, marinha e força aérea. O presidente
é o comandante-em-chefe das
forças armadas, com o Ministério da Defesa exercendo o controle do dia-a-dia.
Há também duas outras forças, a Prefeitura Naval
(que patrulha as águas territoriais
argentinas) e a Guarda Nacional (que patrulha as regiões fronteiriças); ambos
os braços são controlados pelo Ministério do Interior, mas mantêm o contato com
o Ministério da Defesa. A idade mínima para o alistamento nas forças armadas é
de 18 anos e não há serviço militar obrigatório.
Atualmente, cerca de 70.000 funcionários estão na ativa, um terço a menos do
que os níveis de antes do retorno à democracia, em 1983.
Historicamente, as forças armadas da Argentina têm sido uma das mais bem
equipadas da região (por exemplo, o desenvolvimento de seus próprios caças a
jato já em 1950), mas recentemente têm vindo a enfrentar cortes de despesas
mais nítidos que na maioria dos outros países latino-americanos às forças armadas. Despesas militares reais
diminuíram progressivamente depois de 1981 e, embora tenha havido recentes
aumentos, o orçamento de defesa está agora em torno US$ 3 bilhões. As forças
armadas do país estão participando em importantes operações de paz no Haiti e no Chipre.
Símbolos nacionais
A Argentina tem vários símbolos nacionais, alguns dos quais são
amplamente definidos por lei.
A Bandeira Nacional é
constituída por três listras horizontais de mesma largura, coloridas em azul,
branco e azul claro, com o Sol de Maio no centro da lista branca. A
bandeira foi desenhada por Manuel Belgrano em 1812 e foi adotada como símbolo nacional em
20 de julho de 1816. O brasão de armas da Argentina,
que representa a união das províncias, entrou em uso em 1813 como um selo para
documentos oficiais. O Hino Nacional Argentino,
adotado em 1813, foi escrito por Vicente López y Planes com
música de Blas Parera. Ele foi posteriormente
reduzido para apenas três pontos, após ataques omitindo as letras contra o
ex-metrópole Espanha.
Província
|
Capital
|
População
(est. 2008) |
Superfície
(em km²) |
PBG per capita
(U$S, 2008, est.) |
Mapa
|
|
3.042.581
|
203
|
23.309
|
||||
15.052.177
|
307.571
|
7.310
|
||||
388.416
|
102.602
|
6.009
|
||||
1.052.185
|
99.633
|
2.015
|
||||
460.684
|
224.686
|
15.422
|
||||
3.340.041
|
165.321
|
6.477
|
||||
1.013.443
|
88.199
|
4.001
|
||||
1.255.787
|
78.781
|
5.682
|
||||
539.883
|
72.066
|
2.879
|
||||
679.975
|
53.219
|
3.755
|
||||
333.550
|
143.440
|
5.987
|
||||
341.207
|
89.680
|
4.162
|
||||
1.729.660
|
148.827
|
9.079
|
||||
1.077.987
|
29.801
|
3.751
|
||||
547.742
|
94.078
|
26.273
|
||||
597.476
|
203.013
|
8.247
|
||||
1.224.022
|
155.488
|
4.220
|
||||
695.640
|
89.651
|
5.642
|
||||
437.544
|
76.748
|
5.580
|
||||
225.920
|
243.943
|
30.496
|
||||
3.242.551
|
133.007
|
8.423
|
||||
865.546
|
136.351
|
3.003
|
||||
126.212[87]
|
21.478
|
20.682
|
||||
1.475.384
|
22.524
|
3.937
|
||||
2.780.400
|
8.269
|
O Laço da Argentina foi
usado pela primeira vez durante a Revolução de Maio de 1810
e foi oficializado dois anos depois. O Hornero, habitante de praticamente todo o território
nacional, foi designado por unanimidade como o animal nacional do país em 1927.
O Ceibo é designado como a flor/árvore nacional do país,
enquanto o Pato, uma prática a
cavalo, é o esporte nacional. A Schinopsis balansae foi declarado "árvore de
floresta nacional" em 1956. A rodocrosita é a pedra nacional. Os pratos nacionais são o asado e locro,
e o vinho é a bebida nacional. A Virgem de Luján é a santa padroeira
do país.
Subdivisões
A Argentina é uma república representativa federal desde a Constituição argentina de 1853.
O país é subdividido em 23 províncias e um Distrito Federal onde se localiza a capital argentina, Buenos
Aires (oficialmente Ciudad Autónoma de
Buenos Aires).
Economia
Puente de la Mujer, na região de Puerto Madero, o principal centro financeiro do país.
Banco da Nação Argentina,
o maior do país.
Principais produtos de exportação da Argentina
A economia da Argentina é a
terceira maior da América Latina, com uma
alta qualidade de vida e um PIB per capita
elevado, além de ser considerada uma economia de renda média-alta.
O país possui ricos recursos naturais, uma população altamente alfabetizada, um
setor agrícola orientado para a exportação e uma base industrial diversificada. Historicamente,
no entanto, o desempenho econômico da Argentina tem sido muito desigual, onde o
crescimento econômico elevado alternou-se com períodos de graves recessões, especialmente
durante o final do século XX, além de problemas como uma má distribuição de renda e o
aumento da pobreza. No início do século XX, a Argentina era um dos países
mais ricos do mundo e um dos mais prósperos do hemisfério sul, embora atualmente seja uma nação de renda
média-alta.
A Argentina é considerada um mercado emergente pelo FTSE Global Equity Index e é uma das economias do G20.
No entanto, os altos índices de inflação tem sido uma fraqueza constante da economia do país
durante décadas. Oficialmente oscilando em torno de 9% desde 2006, a inflação
do país é estimada em mais de 30% por fontes independentes, o que gera críticas
de que o governo tem manipulado as estatísticas oficiais de inflação. A taxa de
pobreza urbana caiu abaixo dos índices da crise econômica de 2001.
A distribuição de renda
melhorou desde 2002, mas ainda é consideravelmente desigual. A Argentina
começou um período de austeridade fiscal em 2012, devido a um
processo de desaceleração econômica.
O país foi classificado na 102ª posição entre as 178 nações avaliadas no
Índice de Percepção de
Corrupção de 2012, realizado pela Transparência Internacional.
Entre os problemas apontados, estão a corrupção do governo, a falta de
independência judicial, impostos e tarifas enormes e interferência regulatória,
o que prejudica a eficiência e o aumento da produtividade do país. A
administração Kirchner respondeu à crise financeira global de 2008
com um grande programa de obras públicas, novos cortes de impostos e subsídios,
além da transferência de pensões privadas para o sistema de segurança social. Planos
de previdência privada, que exigiam subsídios crescentes para
serem cobertos, foram nacionalizados para financiar os altos gastos do governo
e as obrigações de dívida argentina.
A Argentina tem o segundo maior Índice de Desenvolvimento
Humano (IDH) e PIB per capita (em paridade do poder de compra
- PPC) da América Latina, atrás
somente do Chile. Além de ser uma das economias do G20, o país tem o 19º maior PIB do mundo em PPC.
Indústria
A indústria é o maior setor único na economia
do país (19% do PIB) e está bem integrado à agricultura argentina, sendo que
metade das exportações industriais do país são de natureza agrícola.[104] Tendo como base o processamento de alimentos e de
produtos têxteis durante o seu desenvolvimento inicial na primeira metade do
século XX, a produção industrial argentina tornou-se altamente diversificada.
Os principais setores em termos de valor de produção são: processamento de alimentos e bebidas, veículos automóveis e autopeças, produtos de refinaria, biodiesel, produtos químicos e
farmacêuticos, aço e alumínio, máquinas agrícolas e
industriais, e aparelhos eletrônicos. Estes últimos incluem mais de três
milhões de itens, bem como uma variedade de produtos eletrônicos,
eletrodomésticos e de telefones celulares, entre outros.
Perfuração
da Yacimientos Petrolíferos
Fiscales (YPF) em poço petrolífero em General Roca, Río Negro.
A indústria automotiva produziu 829.000 veículos em 2011 e exportou 507
mil (principalmente para o Brasil, que, por sua vez, exportou um número um
pouco maior para a Argentina).[107] As bebidas são outro setor importante e a
Argentina é atualmente um dos cinco maiores produtores de vinho
do mundo. A produção de cerveja ultrapassou a de vinho em 2000 e
hoje lidera com quase dois bilhões de de litros por ano.
Outros produtos industriais produzidos no país incluem: vidro
e cimento, plásticos e pneus,
produtos de madeira, têxteis, produtos de tabaco, suportes de gravação e impressão, móveis, vestuário e couro.
A maior produção está organizada em torno de 280 parques industriais, com
outros 190 programados para abrir durante o ano de 2012. Quase metade das
indústrias argentinas estão sediadas na área da Grande Buenos Aires,
apesar de cidades como Córdoba, Rosário e Ushuaia também serem importantes centros industriais, sendo
esta última o principal centro de produção de eletrônicos do país desde a
década de 1980. A produção de computadores, notebooks e servidores cresceu 160% em 2011, para
quase 3,4 milhões de unidades e cobriu dois terços da demanda local. Outro
importante setor historicamente dominado pelas importações - máquinas agrícolas
- também terá fabricação principalmente nacional até 2014.[111]
Licenças de construção cobriam quase 19 milhões de m² pelo país em 2008.
As contas do setor de construção civil respondem
por mais de 5% do PIB e dois terços do setor foi voltado para edifícios
residenciais.[104] O país tornou-se um centro de investimento para
empresas de alta tecnologia, tem um desenvolvimento significativo na indústria
eletrônica, eletromecânica e ótico, 70% das empresas do setor são exportadoras.
Em 2013 exportou US $ 700 milhões para mais de 60 países, incluindo a Alemanha,
Áustria, Estados Unidos, Índia, Itália e África do Sul, entre outros.[112]
Na última década, dobrou a participação da indústria no PIB, registrando
um aumento de 105%, com um forte aumento da produtividade do trabalho. Ele
também obteve um crescimento diversificado, especialmente em sectores de alto
valor acrescentado: o setor automotivo cresceu neste período, de 409%, os
minerais não-metálicos 177%, 175% metalúrgicas, têxteis, de 158%, ou de 102% de
borracha e plástico, 95 % substâncias e produtos químicos.
Turismo
A Argentina é o país mais visitado da América do Sul e o quarto mais visitada da América. Segundo dados oficiais da Organização Mundial de Turismo,
o país recebeu mais de 5,3 milhões de turistas estrangeiros em 2010, o que
representou cerca de 4.930 milhões de dólares de renda. Os turistas
estrangeiros vêm principalmente de Brasil, Chile, Peru,
Colômbia, México, Bolívia, Equador, Uruguai, Venezuela, Paraguai e de países europeus, como Espanha, Itália, França, Alemanha, Reino Unido e Suíça.
O vasto território da Argentina é dotado de grande interesse turístico.
A valorização da moeda local, após a desvalorização ocorrida em 2002, favoreceu
a chegada de um grande número de turistas estrangeiros, tornando o país mais
acessível comercialmente no início de 1990. Com o aumento dos custos para
viajar ao exterior, muitos argentinos também se voltaram para o turismo
interno.[115]
Em 2006, o setor respondeu por 7,41% do PIB do país, embora note-se que
a saída de residentes argentinos com fins turísticos supere as entradas e
equivalha a 12% do PIB. Os estrangeiros veem a Argentina como uma área sem
conflitos armados, terrorismo e crises sanitárias.
Buenos Aires destaca-se como o principal centro para os
turistas estrangeiros e domésticos (5,25 milhões em 2007). Eles são atraídos
por uma cidade populosa, cosmopolita e com ampla infraestrutura.
Entre outras características, o tango é uma das principais razões para a visita
à capital argentina.
Infraestrutura
Faculdade
de Medicina da Universidade de Buenos Aires.
Saúde na Argentina é provida através da combinação de planos
patrocinados por sindicatos de trabalhadores e empregados ("Obras Sociales"), planos
de seguro do governo, hospitais e clínicas públicas, e através de planos de
saúde privados. Esforços governamentais para melhorar a saúde pública na Argentina
podem ser traçados até o primeiro tribunal médico de 1780 do Vice-rei da
Espanha Juan José de Vértiz. Logo após a independência, o
estabelecimento da Escola de Medicina da Universidade de Buenos Aires
em 1822 foi complementada pela da Universidade Nacional de
Córdoba em 1877. O treinamento de médicos e enfermeiras nestas e
noutras escolas permitiu um rápido desenvolvimento das cooperativas de
tratamento de saúde, durante a Administração de Pres..
A disponibilidade de tratamento de saúde ajudou a reduzir a mortalidade
infantil na Argentina de 89 a cada 1000 nascimentos em 1948 para 12,9 em 2006 e
aumentou a expectativa de vida ao nascer de 60 anos para 76.
Transportes
Trecho Rosário-Córdoba da Autoestrada 9.
Trem de
passageiros próximo a Mar del Plata.
A infraestrutura de transportes da Argentina é relativamente avançada.
Existem mais de 230.000 km de estradas (não incluindo as estradas privadas rurais), dos
quais 72.000 km são pavimentados e 1.575 km são de rodovias expressas, muitas dos quais são privatizadas. Tendo
dobrado o comprimento nos últimos anos, as vias expressas agora ligam várias
cidades importantes, com mais rodovias em construção. Vias expressas são, no
entanto, atualmente insuficientes para lidar com o tráfego local, com 9,5
milhões de veículos a motor registados no território nacional em 2009
(240 para cada 1000 habitantes).
A rede ferroviária tem um comprimento total de 34.059 km. Depois de
décadas em declínio e manutenção inadequada, a maioria dos serviços de
passageiros interurbanos foram encerrados em 1992, quando a companhia
ferroviária foi privatizada e milhares de quilômetros de pista (excluindo o
total acima) entraram em desuso. Os serviços de transporte ferroviário
metropolitano em torno de Buenos Aires permaneceram com grande demanda, devido
em parte ao seu fácil acesso para o metrô de Buenos Aires. Os
serviços ferroviários interurbanos estão sendo reativados em várias linhas.
Inaugurado em 1913, o Metrô de Buenos Aires foi o primeiro sistema de
metrô construído na América Latina e no hemisfério sul. Já não é a mais extensa rede de metrô da América do Sul, mas, com 52,3 km, transporta cerca de um
milhão de passageiros por dia.
A Argentina tem cerca de 11.000 km de vias navegáveis e estas
transportam mais carga do que o sistema ferroviário do país. Isso inclui uma
extensa rede de canais, embora a Argentina tenha várias vias navegáveis
naturais, sendo as mais significativas os rios de la Plata, Paraná, Uruguai, Negro e Paraguai.
A Aerolineas Argentinas é a
principal companhia aérea do país,
fornecendo serviços nacionais e internacionais. A Austral Líneas Aéreas é
uma subsidiária da Aerolineas Argentinas, com um sistema de rotas que cobre
quase todo o país. A LADE é uma companhia aérea
de gerência militar que realiza voos domésticos.
Educação
Depois da independência, a Argentina construiu um sistema nacional de
educação pública se espelhando nas outras nações, colocando o país em uma boa
colocação no ranking global de alfabetização. Atualmente o país tem um
índice de alfabetização de 97% e três em cada oito adultos acima de 20 anos
completaram os estudos da escola secundária ou superior.
Colégio
Nacional Rafael Hernández, parte da Universidade Nacional de La
Plata.
A ida para a escola é obrigatória dos 5 aos 17 anos. O sistema escolar
da Argentina consiste em uma nível primário que dura de seis a sete anos, e um
secundário que dura de cinco a seis anos. Na década de 1990 o sistema foi
dividido em diferentes tipos de instituições de ensino secundário, chamadas "Educacion Secundaria" e a "Polimodal". Algumas
províncias adotaram o "Polimodal"
enquanto outras não. Um projeto no Executivo para acabar com essa medida e
retornar ao sistema mais tradicional de educação de nível secundário foi
aprovado em 2006. O ex-presidente Domingo Faustino Sarmiento
é creditado pela esmagadora maioria por ter implementado o moderno e gratuito
sistema educacional na Argentina. A reforma universitária em 1918 formou a
atual representação em tripartite
da maioria das universidades públicas.
A educação é mantida pelas taxas em todos os níveis de educação, exceto
a maioria dos estudos de graduação. Há várias instituições de ensino privado no
ensino primário, secundário e universitário. Em torno de 11,4 milhões de
pessoas estão recebendo educação formal de algum tipo em 2005 :
A educação pública na Argentina é gratuita do primário até a
universidade. Apesar da alfabetização ser quase universal no início de 1947,[104] a maioria dos jovens tinha pouco acesso a educação
depois dos sete anos obrigatórios durante a primeira metade do século XX; após
isso, quando o sistema de educação gratuita foi estendido para o secundário e a
universidade, a demanda por locais de ensino tem superado os planos feitos
(particularmente desde a década de 1970). Consequentemente, a educação pública
está largamente em falta e em declínio, e isso ajudou a educação privada a
crescer, apesar disso ter causado uma clara diferença entre aqueles que podem
pagar por ela (normalmente a classe média e alta) e o resto da sociedade, já
que as escolas privadas normalmente não tem sistemas de bolsa. Aproximadamente
um em cada quatro estudantes do primário e secundário, e um em cada seis
estudantes universitários vão para instituições privadas.
Ciência e tecnologia
Dr. Luis Federico Leloir, um
dos cinco argentinos vencedores do Prêmio Nobel.
A Argentina tem três ganhadores do Prêmio Nobel em ciências (e dois ganhadores do Nobel da Paz). A pesquisa realizada no país conduziu ao
tratamento de doenças cardíacas e várias
formas de câncer. Domingo Liotta projetou e desenvolveu o primeiro coração artificial
implantado com sucesso em um ser humano, em 1969. René Favaloro desenvolveu as técnicas e realizou a primeira
cirurgia de ponte de safena do mundo. Bernardo Houssay, o primeiro latino-americano premiado com um
Prêmio Nobel em Ciências, descobriu o papel dos hormônios da hipófise na regulação da glicose em animais; César Milstein fez uma extensa pesquisa sobre anticorpos; Luis Leloir descobriu como os organismos
armazenam energia convertendo glicose em glicogênio e em compostos que são fundamentais no metabolismo de carboidratos. Uma equipe liderada por Alberto Taquini e
Eduardo Braun-Menéndez descobriu a angiotensina em 1939 e foi o primeiro a descrever a natureza
enzimática do sistema renina-angiotensina
e seu papel na hipertensão. O Instituto Leloir de biotecnologia é um dos mais prestigiados em seu campo na
América Latina. Dr. Luis Agote criou o primeiro método seguro de transfusão de sangue,
Enrique Finochietto projetou ferramentas de mesa de operação, tais como as
tesouras cirúrgicas que levam seu nome ("tesoura Finochietto").
Lançamento
do satélite artificial
argentino SAC-D.
O programa nuclear argentino é altamente avançado, tendo resultado na
fabricação de um reator de pesquisas em 1957 e do primeiro reator comercial da
América Latina, em 1974. O país desenvolveu seu programa nuclear sem ser
excessivamente dependente de tecnologia estrangeira. Instalações nucleares com
tecnologia argentina foram construídas em países como Peru,
Argélia, Austrália e Egito.
Em 1983, o país admitiu ter a capacidade de produzir urânio com potência
bélica, um passo necessário para montar armas nucleares; desde então, no entanto, a Argentina se
comprometeu a usar a energia nuclear apenas
para fins pacíficos.[138] Como um membro do Conselho de Governadores da Agência
Internacional de Energia Atômica, o país tem sido uma voz forte em
apoio aos esforços de não-proliferação nuclear e é
altamente comprometido com a segurança nuclear global.
Outros projetos estão se concentrando em áreas como TI, nanotecnologia, biotecnologia, helicópteros, máquinas agrícolas e sistemas defensivos militares.
A pesquisa espacial também
se tornou cada vez mais ativa na Argentina. Fundada em 1991, a Comissão
Nacional de Atividades Espaciais (CONAE) lançou dois satélites com sucesso e,[141] em junho de 2009, garantiu um acordo com a Agência Espacial Europeia
(ESA) para a instalação de uma antena com 25 metros de diâmetro e de sua
estrutura de apoio na missão do Observatório Pierre Auger.
A instalação vai contribuir com várias sondas espaciais da ESA e da CONAE, além
de projetos de pesquisa nacionais. Escolhido entre vinte potenciais locais e um
dos três únicos com tais instalações da ESA em todo o mundo, a nova antena vai
criar uma triangulação que permitirá à ESA garantir a cobertura de missões em
tempo real.
Quatro em cada cinco adultos argentinos completaram o ensino fundamental, mais
de um terço ter concluíram o ensino médio e um em cada nove adultos do país têm diploma universitário. A Argentina também tem o maior índice
de estudantes universitários da América Latina e do hemisfério sul, com professores e instituições que receberam
prêmios de prestígio e bolsas de instituições filantrópicas como a John S.
Guggenheim Foundation e o Howard Hughes Medical Institute. Fontes oficiais
relataram cerca de 1.500.000 estudantes universitários no âmbito do Sistema
Universitário Argentino,[144] o que representa a maior taxa de estudantes
universitários em relação à sua população total da América Latina e maior que a de muitos países desenvolvidos.
Energia
A Central
Nuclear Atucha foi a primeira usina nuclear construída na América Latina.
A Argentina produz, de acordo com dados de 2005, cerca de cerca de
101.176 GWh de eletricidade. As principais fontes de energia utilizadas pelo
país para a geração de eletricidade são a hidrelétrica (34.041 GWh
por ano) e térmica (56.385 GWh por
ano), juntamente com a produção de energia nuclear (6.873 GWh por ano). A energia é distribuída
por dois sistemas principais: o Sistema Interconectado Nacional e o Sistema
Interconectado Patagônico, além de alguns pequenos sistemas isolados de ambos. O
setor de energia elétrica argentino é o terceiro maior mercado latino-americano
de energia. Depende principalmente na geração térmica (~ 57% da capacidade instalada)
e hidrelétrica (~ 39%). As novas tecnologias de energia renovável ainda
são muito pouco utilizadas. O país ainda tem um grande potencial hidrelétrico
inexplorado. No entanto, a geração térmica predominante por combustão de gás natural está em risco devido à incerteza sobre a oferta
futura desse recurso natural. A
produção de petróleo e de gás natural atingiu
38.323.000 metros cúbicos e 48.738.000 metros cúbicos anuais, respectivamente.
As reservas de petróleo são estimadas em 346.634.000 metros cúbicos, enquanto
as de gás natural totalizaram 455.625.000 metros cúbicos.
Cultura
A cultura argentina tem
importantes influências europeias. Buenos Aires, a seu capital cultural, é amplamente
caracterizada pela prevalência de pessoas de ascendência europeia e da imitação
consciente dos estilos europeus na arquitetura. Outra influência importante, os gaúchos e seu estilo de vida tradicional auto-suficiente.
Finalmente, tradições indígenas americanas (como infusões de erva-mate) foram absorvidas pelo ambiente cultural geral.
Literatura
Jorge Luis Borges e Ernesto Sabato, dois dos mais importantes escritores
argentinos, em 13 de fevereiro de 1975.
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Julio Cortázar, escritor
argentino conhecido por ser um dos fundadores do "Boom Latino-americano".
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A Argentina tem uma rica história literária, bem como uma das indústrias
de publicação mais ativas da região. Os escritores argentinos têm um lugar
proeminente na literatura latino-americana desde que se tornaram uma entidade totalmente
unida em 1850. A luta entre os Federalistas (que defendiam uma confederação de províncias com base no conservadorismo rural) e os Unitários (pró-liberalismo e defensores de um governo central forte, que
incentivaria a imigração europeia), deu o tom para a
literatura argentina da época.
O abismo ideológico entre o gaúcho épico Martín Fierro de José Hernández, e o
Facundo de Domingo Faustino Sarmiento,
é um grande exemplo. Hernández, um federalista, opunha-se às tendências
centralizadoras, modernização e europeização. Sarmiento escrevia em apoio à imigração como o único caminho para salvar a Argentina de
tornar-se sujeita à regra de um pequeno número de famílias de caudilhos ditatoriais, argumentando que esses imigrantes
fariam a Argentina mais moderna e aberta a influências europeias ocidentais e, portanto, uma sociedade mais próspera.[154]
A literatura argentina do
período foi ferozmente nacionalista. Foi seguido pelo movimento modernista, que surgiu na França no final do século XIX e, neste período, por sua vez
foi seguido pelo vanguardismo, com Ricardo
Güiraldes como uma importante referência. Jorge Luis Borges, o escritor mais aclamado, encontrou novas
maneiras de olhar o mundo moderno de forma metafórica e filosófica e sua
influência estendeu-se a escritores de todo o mundo. Borges é mais conhecido por
seus trabalhos em contos como Ficciones e El Aleph.
Outros escritores, poetas e intelectuais notáveis do país incluem: Juan Bautista Alberdi, Roberto Arlt, Enrique Banchs, Adolfo Bioy Casares, Silvina Bullrich, Eugenio
Cambaceres, Júlio Cortazar, Esteban Echeverría, Leopoldo Lugones, Eduardo Mallea, Ezequiel Martínez Estrada,
Tomás Eloy Martínez, Victoria Ocampo, Manuel Puig, Ernesto Sábato, Osvaldo Soriano,
Alfonsina Storni e María Elena Walsh.
Cinema e teatro
Teatro Colón, considerado uma das cinco melhores salas de
concerto do mundo.
A indústria cinematográfica argentina cria cerca de 80 filmes de longa-metragem anualmente. O número per capita de filmes é uma das maiores da América Latina. O primeiro longa de animação do mundo foi
feito e lançado na Argentina, pelo cartunista Quirino Cristiani, em 1917
e 1918. Desde 1980, o cinema argentino alcançou reconhecimento
mundial, como A História Oficial
(Oscar de melhor filme
estrangeiro em 1986), Hombre mirando
al sudeste, Un lugar en el
mundo, Nove Rainhas, El hijo de la
novia, Diários de Motocicleta,
Iluminados por
el fuego e O Segredo dos Seus Olhos,
que ganhou o Oscar de melhor filme estrangeiro em 2009.
Uma nova geração de diretores argentinos chamou a atenção dos críticos em todo
o mundo. Os compositores argentinos Luis Enrique
Bacalov e Gustavo Santaolalla foram
honrados com o Oscar de melhor trilha sonora.
Lalo Schifrin recebeu vários Grammys e é mais conhecido pelo tema da Mission:
Impossible.
Buenos Aires é uma das grandes capitais do teatro. O Teatro Colón é um marco nacional de espectáculos de ópera e clássicos; sua acústica é considerada a melhor do
mundo.[ Com a sua cena de teatro, de calibre nacional e
internacional, a Avenida Corrientes é um sinônimo de arte. A avenida é referida
como "a rua que nunca dorme" e por vezes considerada como a Broadway de Buenos Aires. O Teatro General San Martin é
um dos mais prestigiados da Av. Corrientes e o Teatro Nacional
Cervantes é um dos mais importantes da Argentina. Griselda Gambaro,
Copi,
Roberto Cossa, Marco Denevi, Carlos Gorostiza
e Alberto
Vaccarezza são alguns dos mais importantes dramaturgos da Argentina.
Julio Bocca, Jorge Donn, José Neglia e Norma Fontenla são
alguns dos grandes bailarinos da era moderna.
Música
Carlos Gardel, ator e cantor de tango
argentino.
O tango, a música e a letra (geralmente cantadas em uma forma de
gíria chamada "lunfardo"), é o símbolo musical da
Argentina. A idade de ouro do tango (1930 a meados dos anos 1950) inspirou-se no jazz e no swing nos Estados Unidos, com grandes grupos orquestrais também, como as
bandas de Osvaldo Pugliese, Aníbal Troilo, Francisco Canaro, Julio de Caro e Juan D'Arienzo. Incorporando a música acústica e depois
os sintetizadores no gênero em 1955,
o virtuoso bandoneón Astor Piazzolla popularizou o "novo tango" criando
uma tendência mais sutil e intelectual. Hoje, o tango goza de popularidade em
todo o mundo; em constante evolução, o neo-tango é um fenômeno global com
grupos de renome como Tanghetto, Bajofondo e Gotan Project.
O rock argentino desenvolveu
um estilo musical distinto em meados da década de 1960, quando Buenos Aires e Rosário tornaram-se berço
de grupos de garagem e vários músicos aspirantes. Hoje ele é considerado a
forma mais prolífica e bem sucedida do rock em espanhol.
Bandas como Soda Stereo, Sumo, Virus, Abuelos de la
nada, Enanitos verdes
, Patricio Rey y sus redonditos de ricota, GIT e
compositores como Charly García, Luis Alberto Spinetta, Andrés Calamaro e Fito Páez são referências da cultura nacional. A banda Serú Girán fez a entrada nos anos 1980, quando as bandas argentinas tornaram-se populares
em toda a América Latina e em outros
lugares. As atuais bandas populares são: Babasónicos, Rata Blanca, Horcas, Attaque 77, Bersuit Vergarabat,
Los Piojos, Intoxicados, Catupecu Machu, Carajo,Los Auténticos Decadentes,
Divididos, La renga, Las Pelotas, etc.
A música clássica europeia
está bem representada na Argentina. Buenos Aires é o lar do mundialmente famoso Teatro Colón. Músicos e intérpretes como Martha Argerich, Eduardo
Alonso-Crespo, Daniel Barenboim, Eduardo Delgado
e Alberto Lysy, e compositores clássicos, como Juan José Castro
e Alberto Ginastera, são
internacionalmente aclamados. Algumas cidades têm eventos anuais e importantes
festivais de música clássica, como a Semana
Musical Llao Llao, em San Carlos de Bariloche e
o Amadeus em Buenos Aires.
Além das dezenas de danças regionais, estilo folclórico nacional
argentino surgiu na década de 1930. A
Argentina de Perón daria origem a Nueva canción, como os artistas começaram a expressar
em sua música objeções a temas políticos. O estilo passou a influenciar a
totalidade da música latino-americana.[159] Hoje, Chango Spasiuk e Soledad Pastorutti
trouxeram a música folclórica de volta
para as gerações mais jovens. O folk-rock de León Gieco é uma ponte entre o folclore e o rock argentino.
Esportes
A Seleção Argentina de Futebol
durante a Copa do Mundo FIFA de 2010,
na África do Sul.
O esporte nacional oficial da Argentina é o pato, jogado a cavalo, mas o esporte mais popular é o futebol. A seleção nacional de futebol
ganhou 25 grandes títulos internacionais, incluindo duas Copas do Mundo da FIFA,
duas medalhas olímpicas de ouro e
catorze Copas América.[161] Mais de mil jogadores argentinos jogam no
exterior, a maioria deles em campeonatos do futebol europeu. Há 331.811
jogadores registrados, com um número crescente de meninas e mulheres, que organizaram
seus próprios campeonatos nacionais desde 1991 e foram campeãs sul-americanas
em 2006.
A Associação de Futebol Argentina
(AFA) foi formada em 1893 e é a oitava mais antiga associação de futebol
nacional do mundo. A AFA conta hoje 3.377 clubes de futebol, incluindo 20 na
primeira divisão. Desde que a AFA se tornou profissional em 1931, quinze
equipes conquistaram títulos do torneio nacional, incluindo o River Plate com 33 e o Boca Juniors com 24. Nos últimos 20 anos, o futsal e o futebol de praia estão cada vez mais populares. A seleção
argentina de futebol de praia foi uma das quatro concorrentes no primeiro
campeonato internacional para o esporte, em Miami,
em 1993.
O basquete é o segundo esporte mais popular, um grande número de
jogadores de basquetebol da National Basketball Association
(NBA), dos Estados Unidos, e as ligas
europeias, incluindo Emanuel Ginóbili, Andrés Nocioni, Carlos Delfino, Luis Scola e Fabricio Oberto. A seleção nacional
masculina de basquete ganhou o ouro olímpico nos Jogos Olímpicos de 2004 e
a medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de 2008,
foi campeão mundial em (1950) e vice campeão em (2002). A Argentina é
atualmente classificado em primeiro lugar pela Federação
Internacional de Basquetebol. A Argentina tem uma importante seleção
de rugby, conhecida como "Los Pumas",
com muitos dos seus jogadores jogando na Europa. O país bateu a nação anfitriã França duas vezes durante a Copa do Mundo de Rugby de 2007,
ficando em terceiro lugar na competição. Os Pumas estão atualmente em oitavo lugar no ranking mundial
oficial. Outros esportes populares incluem o hóquei em campo (especialmente entre as mulheres) (''Las leonas'') com
dois títulos mundiais (2002) e (2010), quatro medalhas olímpicas e seis Champions Trophy,
tênis, automobilismo, boxe,
vôlei, pólo (quatro títulos mundiais) e golfe.
O canto Vamos, vamos, Argentina
é uma marca de fãs argentinos durante eventos esportivos.
Gastronomia
Chouriço argentino.
Além de muitas das massas, salsichas e pratos de sobremesa comuns na Europa continental, os argentinos apreciam uma grande
variedade de criações de povos indígenas e crioulos, que incluem empanadas (uma massa recheada), locro
(uma mistura de milho, feijão, carne, bacon, cebola, e abóbora), humita e erva-mate, todos pratos originalmente indígenas, esta última
considerada a bebida nacional da Argentina. Outros itens populares incluem o chorizo (uma
salsicha picante), facturas (pastelaria em estilo vienense) e doce de leite, uma espécie de geleia doce de leite.
O churrasco argentino, assado, bem como uma parrillada, inclui
vários tipos de carnes, entre eles, chouriço, pão doce, tripas e morcilla
(chouriço). Sanduíches finos, sanduíches de miga, também são populares. Os
argentinos são os maiores consumidores de carne vermelha no mundo.
A indústria do vinho argentino,
uma das maiores fora da Europa, tem sido beneficiada por um
investimento crescente desde 1992; em 2007, 60% do investimento estrangeiro a
nível mundial em viticultura foi destinado para a
Argentina. O país é o quinto maior produtor de vinhos do mundo, com um dos mais
altos consumos anuais per capita
de vinho. A uva malbec, um variedade descartável na França (país de origem), foi encontrada na província de Mendoza, um ambiente ideal para desenvolver com sucesso e se
tornar a melhor malbec do mundo. Mendoza responde por 70% da produção vinícola
total do país. "O turismo do vinho" é importante, na província de Mendoza, com
a imponente paisagem da Cordilheira dos Andes e o
pico mais alto das Américas, o Aconcágua, 6.952 m de altura, proporcionando um destino
desejável para o turismo internacional.
Feriados oficiais
Feriados
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Data
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Nome em português
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Nome local
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Año Nuevo
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Dia de Reis ou Epifania
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Epifanía, Reyes Magos ou somente Reyes
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março ou abril
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Viernes Santo
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Dia Nacional da Memória pela Verdade e a Justiça
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Día Nacional de la Memoria por la Verdad y la
Justicia
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Dia do veterano de guerra e mortos em combate na Guerra das Malvinas
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Día del Veterano de Guerra y de los Caídos en la
Guerra de las Malvinas
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Dia Internacional do Trabalho
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Día Internacional del Trabajo
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Revolução de Maio
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Revolución de Mayo
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20 de junho **
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Dia da Bandeira Argentina
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Día de la Bandera
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Dia da Independência
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Día de la Independencia
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|
17 de agosto **
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Morte do general José de San Martín
|
Muerte del general José de San Martín
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Morte de Domingo Faustino Sarmiento
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Muerte de Domingo Faustino Sarmiento
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Dia da Raça
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Día de la Raza
|
|
Dia da Soberania
|
Día de la Soberanía
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Inmaculada Concepción de María
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Navidad
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* Se o dia é terça ou quarta-feira, o feriado
muda para a segunda-feira anterior. Se o dia é quinta ou sexta-feira, o
feriado muda para a segunda-feira seguinte.
** O feriado ocorre na terceira segunda-feira do mês. |
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