História da Síria
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Este artigo detalha a história da Síria.
A República Árabe Síria é um país da ásia ocidental, fazendo fronteira com o
Líbano, com o mar mediterraneo no oeste, a Turquia no Norte, o Iraque no leste,
a Jordânia
no sul e Israel no sudoeste.
Antiguidade
Com uma história documentada por achados arqueológicos
de mais de 50 séculos,
a Síria,
que na Antiguidade
incluía também a Mesopotâmia (actual Iraque)
e o Líbano,
foi sucessivamente ocupada por canaanitas,
fenícios,
arameus,
hebreus,
egípcios,
sumérios,
assírios,
babilónios,
hititas,
persas,
gregos
e bizantinos.
Desde a Antiguidade, a região
compreendida entre a Península da Anatólia, a Turquia
e a Península do Sinai já era denominada como Síria
, o domínio deste território foi um objetivo constante das antigas civilizações
egípcias,
que consideravam aquela região como a porta de entrada de seu país, e para persas, que o viam aquela região como uma ponte
para a a ampliação de seu império.
Entre os séculos XII e
VII a.C., desenvolveu-se, na parte central de seu litoral, a Civilização
Cananéia, conhecida pelos gregos
como Civilização
Fenícia, naquela sociedade destacavam-se marinheiros e comerciantes
que, sem se interessar por qualquer expansão territorial ou mesmo por sua
unificação política (as cidades fenícias sempre foram independentes, ainda que,
por certos períodos, uma ou outra exercesse hegemonia sobre as demais) criaram
a primeira civilização mercantil do planeta .
Dentre as realizações dos
fenícios se destaca a invenção do alfabeto, a construção de barcos adequados para
a navegação em mar aberto, a confecção de cerâmicas e de tecidos, a
sistematização dos conhecimentos geográficos e a primeira circunavegação da África.
A difusão desses elementos em toda a região do Mar Mediterrâneo está na origem daquilo que
viria a ser chamado de Civilização Ocidental, cujos principais
expoentes foram os gregos .
Por volta de 1000 a.C. era
dividida em vários Estados: Gesur, Zobá, Arã, Damasco. Mas quando o rei de Zobá
perdeu uma batalha em 990 a.C. para Davi, os sírios uniram-se sob a liderança
de Damasco para formarem uma grande nação. De fato, os sírios invadiram Israel
várias vezes, sob a liderança dos reis: Ben-Hadade I, Ben-Hadade II, Hazael,
Ben-Hadade III e Rezim (PHRB-88)
Após a morte de Alexandre, o Grande, em 323 a.C., o vasto
Império formado por aquele conquistador foi
dividido e Síria se tornou o centro do Império Selêucida, assim denominado por ser
inicialmente chefiado por Seleuco,
que fora um general de Alexandre), que se estendia até o oeste da Índia.
Posteriormente, a região
passou a ser uma província do Império
Romano, que já não incluía a parte oriental do antigo Império
Selêucida, então dominada pelos partos (persas), nesse período aquela região
foi constantemente agitada por guerras .
Omíadas
Em 636 d.C., o domínio da
região passou do Império Bizantino para os árabes,
liderados pelo califa Omar.
Damasco
passou a ser a capital do mais poderoso império da época, o Califado Omíada. A
Igreja de São João Batista virou a Mesquita Omíada de Damasco.
Em 711, durante o califado de Al-Walid I
as tropas berberes
sob comando de Tárique entram no Império
Visigótico, e com o apoio dos herdeiros legítimos do trono de Toledo,
matam o imperador Rodrigo na Batalha de Guadalete. Rodrigo era tido
como um tirano e o califado contava com o apoio do Bispo Opas de Híspalis,
do Conde Juliano
de Transfetana e até com um apoio secreto dos herdeiros do trono,
impedidos por Rodrigo,
Sisebuto
e Ebas. Além de anexar a Ibéria,
Al Walid anexou todos os territórios desde o Rio Eufrates
até o atual Paquistão.
Em 732, o califa de Damasco, Hisham ibn Abd al-Malik envia um
gigantesco exército para garantir a expansão do califado pela Europa. Foram
atacados pelo exército franco de Carlos Martel
não muito longe de Paris
(Batalha de Tours), sendo derrotados.
Cruzadas
A Síria é significativa na história do cristianismo, o apóstolo
Paulo foi convertido na estrada de Damasco, e surgiu como uma figura
importante na Igreja de Cristo em Antioquia,
de onde partiu em muitas de suas viagens missionárias.Acts 26:14
Em 750, o último califa
Omíada, Marwan II
é assassinado, e os Abássidas assumem o poder do Califado e transferem sua capital
para Bagdá,
enquanto os Omíadas fogem para Córdova, na península Ibérica. Os Omíadas só lograram
restabelecer um califado ibérico em 950, com Abd Al
Rahman III. Mas, a esta altura, Damasco
já tinha perdido sua importância política, sendo agora um centro regional.
Essa perda do poder político
de Damasco foi considerável, e resultou no século XI na quase indiferença com
que os califas de Bagdá enfrentaram a invasão dos cruzados
naquela região. Aqueles califas pouco ajudaram os emires locais na defesa da
região, além disso, a capacidade de defesa também estava prejudicada por
rivalidades internas, o que explica a tomada de parte daquela região por uma
pequena força cristã, longe de suas bases de apoio, que durou quase 200 anos.
Em 1175, Salah Al Din
(Saladino) unifica o Egito,
Síria
e Iraque,
e estabelece capital novamente em Damasco, o que possibilita o início do
processo de expulsão dos cruzados. A região também enfrentou tentativas de
invasões mongóis invasores e tártaras
.
Como resultado da constante
categuização desde o tempo do apóstolo Paulo e posteriormente das cruzadas
pode-se destacar que até a atualidade existem significativas comunidades
cristãs na região, especialmente os maronitas
.
Domínio
otomano
No século XVI, a região passou
a ser uma província do Império Otomano.
Em 1831, o quediva
do Egito, Mehemet Ali, conquistou a região e passou a
cobrar pesados impostos e a exigir serviço militar obrigatório, o que
provocou uma revolta popular que uniu com cristãos e muçulmanos. O fato de
comunidades cristãs que participaram dessa revolta estarem sob ameaça de severa
repressão, serviu como um pretexto para a interferência militar europeia, num
processo que levou à instalação de tropas francesas na região, visando a
proteção dos cristãos sírios.
Em 1840, a região voltou ao
controle do Império Otomano, que permitiu a instalação de
missões e escolas cristãs subsidiados pelos europeus.
Em 1858, os maronitas,
organizados em comunidades situadas na região montanhosa entre Damasco e Jerusalém,
romperam com a classe dominante cristã e aboliram o sistema
feudal da posse da terra. Seus vizinhos muçulmanos,
principalmente os drusos,
decidiram reprimir o movimento antes que se alastrasse por toda a região. O
conflito culminou com os chamados massacres de junho de 1860.
Um mês depois, tropas francesas desembarcaram em Beirute
para proteger os cristãos. Essa intervenção forçou o Império
Otomano a criar uma província separada, o "Pequeno Líbano",
que deveria ser governado por um cristão nomeado pelo sultão
e aprovado pelas potências europeias. Além disso, a província teria sua própria
força policial. A medida também previa a extinção dos privilégios feudais.
Trata-se de um caso sui generis de conflito social que se
transformou em confronto entre grupos confessionais, resultando afinal na
criação do Pequeno Líbano, onde os cristãos exerceriam a hegemonia
política sobre a população muçulmana local.
Domínio
francês
Depois da queda do Império Otomano durante a primeira guerra mundial, a Síria foi
administrada pela França até a independência
em 1946.
Com a eclosão da Primeira Guerra Mundial, o Emir Faiçal foi proclamado rei da Grande Síria,
como um desdobramento da Revolta Árabe,
na época, as intenções da França e do Império Britânico eram desconhecidas, mas, por
meio do Acordo Sykes-Picot, Paris e Londres
haviam divido o crescente fértil deixando a Síria e o Líbano sob
controle/influência francesa, enquanto que o Império Britânico exerceria
controle/influência sobre a Palestina, a Jordânia
e o Iraque.
Em 1920, a França ocupou
militarmente o país, forçando a retirada de Faiçal. Dois meses depois, a Síria
foi dividida em cinco Estados coloniais: Grande Líbano (que agregava outras
regiões ao território do Pequeno Líbano), Damasco, Alepo, Djabal Druza e Alawis (Lataquia);
sendo que os quatro últimos foram reunificados em 1924. Entre 1925 e 1927, os
sírios se levantaram em revolta contra o domínio
francês. A rebelião, contudo, acabou sendo esmagada.
Até 1932, o país viveu em
relativa tranquilidade, naquele ano foram eleitos o presidente e o parlamento,
mas a França deixou clara sua intenção de não permitir uma grande autonomia
interna. A negativa francesa engendrou a agitação e conflitos, que cessaram em
1936 com um acordo onde os franceses reconheceram a justiça das reivindicações
dos sírios, sendo que a principal delas era a reunificação com o Líbano,
entretanto, esse acordo nunca foi ratificado, o que causou mais agitação que
culminou em 1939 com a renúncia do presidente sírio e a suspensão da
Constituição de 1930.
Em 1941, forças da França Livre
em operação conjunta com o Império Britânico ocuparam a região destituindo do
poder os colaboracionistas.
Em 1943 foram eleitos Chikri Al-Quwatti como
presidente na Síria, e Bechara Al-Kuri como
presidente do Líbano. Entretanto, quando Bechara defendeu a supressão de
cláusulas da Constituição relativas ao domínio francês, tal atitude, levou
tropas francesas a prendê-lo, junto com todo o seu gabinete, o que deu início a
novos conflitos na Síria e no Líbano, que terminaram em março de 1946, quando a
ONU ordenou a retirada das forças
europeias e determinou o fim do domínio francês na região.
Independência
A retirada das tropas
francesas somente foi concluída em 1947 .
Em 1948, as forças sírias
lutaram contra a divisão da Palestina e, em 1957, durante a
Guerra do
Suez, foram aliadas do Egito, atacado por Israel,
França
e Inglaterra.
Em 1958, a Síria e o Egito iniciaram uma
experiência de unificação política por meio da República Árabe Unida, que foi um
ambicioso projeto impulsionado por Gamal Abdel Nasser, que teve curta duração, e,
portanto, em 1961, os dois países voltaram a ser estados distintos. Dez anos
depois foi feita outra tentativa de unificação
política dos países árabes, por meio da Federação das Repúblicas Árabes,
que foi uma tentativa de unificação política que concedia uma maior autonomia
aos países membros e que, além do Egito, incluia também a Líbia.
Partido
Baath no poder
Em 1963, ocorre uma revolução
popular que levou ao poder o Partido Baath
Árabe Socialista, que fora fundado em 1947 por Michel Aflaq,
um militante nacionalista de origem cristã.
Em novembro de 1970, o general
Hafez
al-Assad assumiu o poder e introduziu reformas nas estruturas
econômicas e sociais. Durante o V Congresso do Partido Baath, prevaleceu a tese
de que os estados árabes eram divisões regionais de uma grande Nação Árabe,
Assad foi nomeado secretário-geral e propôs: "acelerar os passos para a transformação
socialista nos diferentes campos", esse modo de pensar foi
institucionalizado sob a nova Constituição, aprovada em 1973.
O país teve participação
fundamental nas guerras árabe-israelenses travadas em 1967
(Guerra dos Seis Dias) e em 1973 (Guerra do Yom Kipur), durante as quais as forças
israelenses ocuparam as Colinas de Golã. Posteriormente, se opôs à
política dos EUA na região e aos acordos de Camp David, formando a Frente de Firmeza, em
conjunto com a Argélia, o Iêmen e a OLP.
Em 1976, tropas sírias
formavam a maioria da Força Árabe de Dissuasão,
que interveio para evitar que a partição do Líbano,
durante a Guerra Civil Libanesa.
Em 1978, as facções síria e
iraquiana do Partido Baath mantiveram conversações para a unificação entres a Síria
e o Iraque,
mas o projeto fracassou.
Em 1980, se observava uma
tensão entre a Síria de um lado, e a Arábia
Saudita, o Iraque e a Jordânia
do outro. Essa situação se agravou com o início da Guerra Irã-Iraque, pois o governo sírio culpou
o Iraque pelo início do conflito, que trazia prejuízos para que se buscasse uma
solução para a questão palestina, que seria o problema
central da região. Naquele mesmo ano, a Síria acusou a Jordânia de apoiar a Irmandade Muçulmana, situação que colocou os
dois países na iminência de um conflito bélico, evitado por meio da mediação do
príncipe saudita Abdalla Ibn Abdul-Aziz.
Desde o final de 1979 o
Partido Baath acusava a Irmandade Muçulmana na Síria de "agir em favor
do sionismo".
Em 1982, após uma série de
atos de sabotagem e atentados, atribuídos à Irmandade Muçulmana, as forças armadas sírias
lançaram uma ofensiva contra as bases de apoio daquele movimento que resultou
em milhares de mortes, na época o governo sírio acusou o Iraque
de armar os rebeldes, o que motivou o fechamento da fronteira entre os dois
países em abril daquele ano, em represália o Iraque
fechou o oleoduto entre Kirkuk e o porto sírio de Banias
.
Em abril de 1981, durante a Guerra Civil Libanesa eclodiu a "crise dos mísseis", que teve início
quando a Falange Cristã (milícia maronita
liderada por Bachir Gemayel) tentou controlar a cidade
libanesa de Zahlé,
localizada no centro do Líbano, tal ação tinha objetivo frustrar os planos sírios de
remover Gemayel e empossar Suleiman
Frangieh como presidente, e, portanto, sofreu oposição da Força Árabe de Dissuasão,
liderada pela Síria.
Durante os combates, Gemayel apelou à assistência israelense, o premiê
israelita Menachem Begin respondeu em socorro ao líder
maronita enviando caças que abateram dois helicópteros
sírios. Isto levou à decisão do presidente sírio Assad
de colocar mísseis terra-ar SAM-6 de fabricação soviética no contorno montanhososo de Zahle. Em
1982, Israel invadiu o Líbano e destruiu aquelas
instalações anti-aéreas.
Como resposta à invasão
israelense, a Síria manteve cerca de 30.000 soldados no Líbano, e condicionou a
sua retirada à prévia retirada de todos os soldados israelenses do Líbano.
Em meados de 1983, houve uma
séria crise entre as autoridades sírias e a direção da OLP, o que levou a Síria a
apoiar abertamente líderes palestinos que se oponham a Yasser Arafat.
Em 1984, o governo sírio
adotou uma férrea política de austeridade econômica e de combate ao contrabando,
em decorrência da queda dos preços do petróleo.
Em 1985, al-Assad conseguiu
mais sete anos de mandato em votação na qual obteve 99,8% dos votos (percentual
semelhante aos antes obtidos em 1971 e em 1978).
Em 1987, houve uma grave crise
política que resultou na renúncia do primeiro-ministro Abdul Raouf al-Kassem,
acusado de corrupção, que foi substituído por Mahmoud Az-Zoubi, que era
o presidente do parlamento na época.
Período
posterior à Guerra Fria
Em maio de 1990, a Síria
restaurou as relações diplomáticas com o Egito. Alguns observadores
atribuíram esta reaproximação à redução do apoio militar da União Soviética para o regime sírio.
Em 1990, durante o conflito
iniciado pela invasão do Kuwait pelo Iraque, a Síria rapidamente se
alinhou com a aliança anti-Iraque e
enviou tropas para a Arábia Saudita. As relações diplomáticas com os
Estados
Unidos melhoraram significativamente. No contexto da crise, a Síria
aumentou a sua influência no Líbano e foi capaz de fortalecer um governo aliado e desarmar
a maioria das milícias autônomas que atuavam naquele país.
Em maio de 1991, a Síria e o
Líbano assinaram um acordo de cooperação no qual a Síria reconheceu a
independência do Líbano.
Em 1992 4 mil judeus foram autorizados a
emigrar.
Em 2 de dezembro de 1991,
Hafez al-Assad foi reeleito pela quarta vez, com 99,98% dos votos, em um
referendo, quinze dias depois o governo sírio libertou 2,8 mil membros da Irmandade Muçulmana que se encontravam presos
por motivos políticos.
A Síria não participou dos Acordos de
Oslo que permitiram o estabelecimento de uma Autoridade Palestina e a assinatura de
acordos de Paz entre Israel e a Jordânia
em julho de 1994, pois defendia uma solução global para o conflito árabe-israelense e exigia a
retirada completa de Israel dos Territórios Ocupados desde
a Guerra dos Seis Dias em 1967.
Em junho de 1995, tiveram
início negociações formais para a devolução das Colinas de Golã à Síria que não tiveram êxito,
pois Israel não abriu mão de manter indefinidamente uma presença militar
limitada na região. Em outubro, um confronto entre o Hezbollah
e tropas israelenses no sul do Líbano complicou a retomada das negociações.
Em novembro de 1997, em um
contexto no qual aumentavam as possibilidades de uma nova intervenção militar
norte-americana contra Iraque, ocorreu uma reaproximação com o Iraque,
tal reaproximação fazia parte de uma estratégia contra a aliança
turco-israelense, que, na época, estava em rápida consolidação. Em abril de
1998, o Irã
juntou-se às negociações sírio-iraquiana sobre questões de segurança.
Em 1999, Hafez al-Assad foi,
mais uma vez, reeleito.
Em Março de 2000, todos os 37
membros do gabinete liderado por Mahmoud el-Zouebi
apresentaram sua renuncia e Mohammed Mustafa Miro, um
líder veterano do Partido Baath, que era o governador da Província de Aleppo foi
nomeado como o novo primeiro-ministro .
Sob a
Presidência de Bashar al-Assad
Em 10 de junho de 2000,
ocorreu a morte de Hafez al-Assad, que foi sucedido por seu filho, Bashar
al-Assad, que assumiu o cargo em julho.
Em junho de 2001, a Síria
completou a retirada de suas tropas de Beirute,
um ano após a retirada das tropas israelenses do sul do Líbano,
tal retirada era objeto de uma campanha do patriarca cristão maronita
Nasrallah Sfeir.
Em outubro de 2001, a Síria
conseguiu um assento no Conselho de Segurança das Nações
Unidas, com forte apoio dos países da Ásia
e da África,
derrotando a oposição por parte dos Estados
Unidos e de Israel.
Em abril de 2002 foi permitido
o estabelecimento de bancos privados e, pouco depois, foi autorizado o
funcionamento de uma estação de rádio privada, sendo sua programação restrita à
difusão musical.
Em maio de 2002, o Papa João Paulo II
visitou a Síria e Bashar al-Assad aproveitou a cerimônia de boas vindas para
fazer um forte ataque contra Israel, comparando o sofrimento dos árabes ao suportado por Jesus Cristo.
Em resposta, João Paulo II apelou em favor de uma nova atitude de compreensão e
respeito entre cristãos, muçulmanos
e judeus.
Em agosto de 2001, o
primeiro-ministro Mohammed Mustafa Miro
visitou o Iraque,
na primeira viagem de um dirigente sírio de altíssimo nível àquele país desde o
apoio Síria ao Irã
durante a Guerra Irã-Iraque.
Em novembro de 2001, foram
libertados dezenas de prisioneiros políticos pertencentes à Irmandade Muçulmana, fato que foi elogiado pela
Anistia Internacional.
Em abril de 2002, uma estação
de radar síria no Líbano foi atacada por aviões israelenses,
como represália a um ataque de guerrilheiros do Hezbollah.
Em maio de 2002, John Bolton,
um graduado oficial dos Estados Unidos, incluiu a Síria no chamado 'eixo do mal",
acusando o regime sírio de tentar obter armas de destruição em massa.
Em abril de 2003, com a invasão do
Iraque já em andamento, os Estados
Unidos ameaçaram a Síria com sanções econômicas e diplomáticas, dizendo que o
regime síria protegia fugitivos do regime deposto no Iraque.
O governo sírio rejeitou as acusações.
Em janeiro de 2004, Bashar
al-Assad se tornou o primeiro presidente sírio a visitar a Turquia,
aquela viagem marcou o início da redução da tensão nas relações entre os dois
países vizinhos.
Em 8 de março de 2004, o Comitê de
Defesa das Liberdades Democráticas e Direitos Humanos na Síria
organizou um protesto sem precedentes em Damasco
para exigir democracia e liberdade para os presos políticos, dois líderes
daquele protesto (Ahmad Jazen e Hassan Wattfa) foram
presos durante dois meses.
Em abril de 2004, houve uma
explosão em um prédio que havia sido sede da Organização das Nações Unidas em Damasco,
após a explosão, ocorreu um tiroteio que matou um civil, um policial e dois dos
quatro ativistas envolvidos. O governo sírio atribuiu a autoria do atentado a fundamentalistas islâmicos.
Em maio de 2004, os Estados
Unidos impuseram sanções econômicas contra a Síria
sob a acusação de apoio ao terrorismo e de não impedir a entrada de
guerrilheiros que lutavam contra a ocupação
americana no Iraque.
Em fevereiro de 2005, o
ex-primeiro-ministro libanês Rafik Hariri,
um líder sunita
que se opunha à influência da Síria no Líbano, foi morto em um violento atentado em Beirute,
o regime sírio foi acusado de envolvimento. Nesse contexto, as potências
ocidentais e a oposição libanesa fizeram uma grande pressão para que as tropas
e agentes de inteligência síria se retirassem imediatamente do Líbano. Bashar
al-Assad reuniu-se com o presidente libanês Emile Lahoud,
e estabeleceu um cronograma de retirada que foi totalmente cumprido antes das
eleições gerais libanesas que ocorreram em maio daquele ano.
No início de fevereiro 2006,
manifestantes sírios atearam fogo ao prédio onde as embaixadas estavam situadas
da Dinamarca
e da Noruega,
durante um protesto contra a publicação em um jornal dinamarquês de charges
satirizando o profeta Maomé. As embaixadas do Chile e da Suécia,
localizadas no mesmo edifício sofreram danos menores. Uma semana depois, a
Dinamarca fechou sua embaixada no país, e acusou as autoridades sírias de não
garantir um mínimo de segurança aos funcionários dinamarqueses.
Em maio de 2007, Bashar
al-Assad foi reeleito para o cargo de presidente por mais sete anos, com 97,62%
dos votos em um referendo.
Em agosto de 2007, Bashar
al-Assad reafirmou o interesse do país em recuperar totalmente as Colinas de Golã, ao declarar que: "Nosso
desejo de paz não significa que desistamos de nossos direitos. Nós não vamos
aceitar menos do que a recuperação do Golã, a volta das fronteiras existentes
em 04 de junho de 1967", tal declaração foi feita como um preâmbulo de uma
possível reabertura das negociações de paz com Israel,
suspensas desde 2000 por causa das diferenças sobre o Golã.
Em 26 de janeiro de 2011
ocorrem uma série de protestos populares contra o governo de Bashar al-Assad,
que prosseguem nos dias e semanas seguintes e progridem para uma revolta armada
que teve início em 15 de março. O conflito escala para uma autêntica guerra civil de grande escala, que em fevereiro
de 2013 se estimava já ter provocado 70 000 vítimas mortais,7
e 500 000 refugiados
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