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Templo de Baco, em Baalbek
Antiguidade
Os Fenícios
O território
em que hoje se enquadra o Líbano entrou
na história escrita
por volta de 3 000 a.C. A sua faixa costeira era habitada por um
povo semita,
os Cananeus,
aos quais os Gregos deram o nome de Fenícios, devido ao
fato de venderem uma tinta púrpura (phoinikies)
feita a partir de um molusco (o Haustellum brandaris).
A Fenícia
não existia enquanto entidade política centralizada, já que se encontrava
dividida em várias cidades-estado, como Tiro, Sídon e Biblos (conhecidas
hoje como Sur, Saída e Djebail). Devido à natureza do
território, os Fenícios voltaram-se para o mar, que usaram para
desenvolver a atividade comercial.
Biblos, uma
das mais importantes cidades fenícias, mantinha relações com o Antigo Egito do
tempo do Império Antigo, para onde exportava azeite, vinho emadeiras.
As relações
da Fenícia com o Egito foram interrompidas por volta do século XVII
a.C., quando os Hicsos invadiram o país dos faraós.
Depois de Amósis,
primeiro faraó da XVIII dinastia egípcia, ter expulso os
Hicsos, iniciou-se um período de dominação egípicia sobre a Fenícia.
A decadência
do Egipto a partir do século XIV a.C. permitiu à Fenícia reconquistar a sua
independência no século XII a.C.. A cidade de Tiro emerge então como potência
deste período, estabelecendo relações políticas com o reino de
Israel (casamento do rei Acabe com a fenícia Jezabel).
Mestres na
arte da navegação, os Fenícios viriam a fundar entrepostos comerciais na bacia
do Mediterrâneo, em Chipre, no
norte de África (Útica e Cartago)
e naPenínsula Ibérica (Cádis).
Domínio
da Assíria e Babilónia
Entre 875
a.C. e 608 a.C. as cidades fenícias perderam a sua independência para a Assíria,
embora tivessem tentado reconquistá-la através de várias revoltas. Em meados do século VIII a.C. Tiro e Biblos
revoltaram-se, mas Tiglate-Pileser III subjugou-as,
impondo-lhes pesados tributos. No século VII Sídon revoltou-se,
tendo sido completamente destruída por Assaradão;
os seus habitantes foram escravizados. Sobre as ruínas de Sídon,
Assaradão ordenou a construção de uma nova cidade. No fim do século VII a Assíria foi
destruída pela nova potência da região, a Babilónia.
As revoltas
tornaram-se ainda mais comuns durante o período de dominação da Babilónia. Tiro
protagonizou uma revolta, tendo resistido durante treze anos ao cerco imposto
pelas tropas de Nabucodonosor. O domínio babilônico terminou
quando Ciro II conquistou
a Babilónia em 539-38 a.C.
Selêucidas e Romanos
Após a morte
de Alexandre Magno em 323 a.C.,
o seu império seria dividido entre os seus generais. Num primeiro momento as
cidades fenícias foram controladas pela Dinastia Ptolomaica do Egipto, fundada
por Ptolemeu I; a partir de cerca de 200 a.C. estas
passaram para o domínio dos Selêucidas,
que as mantiveram até à conquista romana de Pompeu em 64 a.C.
A Fenícia
foi incluída na província romana da Síria. A cidade de Beirute foi
alvo de um importante programa de obras públicas durante o reinado de Herodes, o
Grande, tendo lhe sido atribuído o estatuto de colónia pelo
imperador Augusto.
O Líbano é
um dos quinze países contemporâneos que ocupam a região que é considerada o Berço da Humanidade. É a pátria histórica dos fenícios,
negociantes semíticos cuja cultura marítima floresceu na região durante mais de
2 000 anos.
Os Fenícios,
organizados em várias cidade-estados expandiram o comércio marítimo através do Mediterrâneo e
fundaram várias colonias ao longo do Norte da
África, sendo a mais importante Cartago (atual Túnis). Cartago era
uma colonia da cidade de Tiro, principal cidade fenícia em relação ao comércio
marítimo. Quando Alexandre, O Grande cercou e tomou Tiro, a aristocracia da
cidade fugiu para Cartago, que passou a ser o centro de seu Império. Dentre os
feitos dos antigos Fenícios, está a invenção da escrita
alfabética, que foi adaptada pelos gregos e pelos próprios semitas e
deu origem aos atuais alfabetos romano, grego,cirílico e arábico.
Outro grande
feito foi a Circunavegação fenícia da África,
feita milhares de anos antes dos portugueses a terem feito. Após cair sob o
domínio macedônio, o centro da cultura fenícia passou a ser Cartago,
e a região perdeu boa parte de sua grande importância. Em 146 AC. Cartago foi
destruída pelo Império Romano durante a terceira Guerra Púnica,
e a cultura fenícia foi dispersa tanto no Oriente Médio quanto
no Norte da África(inclusive o próprio alfabeto Tuaregue,
anterior aos Árabes, advém diretamente do alfabeto fenício). O Líbano,
praticamente um protetorado dos impérios que o cercavam,
cai sob o julgo Romano.
Nesta época,
na cidade de Berilos (atual Beirute)
foi criada uma das maiores Faculdade de Direito do Império
Romano. Com a divisão do Império, passa ao domínio bizantino. O império pouco se
interessou com a região, que neste tempo havia sido convertida pela Igreja
maronita (denominação católica majoritária
até hoje noLíbano).
Na Alta Idade Média foi tomada pelos Árabes e
anexada à Síria.
Sendo próxima à capital do Califado, Damasco, houve um desenvolvimento razoável na região. Durante
as cruzadas,
foi ocupado pelos cruzados, que estabeleceram capital em Trípoli e submeteram a Igreja
Maronita à Igreja Católica Romana. Por funcionar com
um sistema feudal, o Líbano foi
rapidamente retomado pelos Árabes,
e pouco depois, pelo Império
Otomano.
Depois do
colapso do Império Otomano que se seguiu à Primeira Guerra Mundial, a Liga das Nações atribuiu à França o
mandato sobre as cinco províncias que compõem o Líbano actual.
A moderna
constituição libanesa, delineada em 1926, especifica um
balanço no poder político entre os grupos religiosos principais, nomeadamente
entre osmuçulmanos e
os maronitas.
O país
obteve a independência em 1943, e as tropas francesas retiraram em 1946. A história libanesa
desde a independência tem sido marcada por períodos alternados de estabilidade
política e convulsões, entremeados com a prosperidade adquirida pela posição de Beirute como
um centro regional de finanças e negócios.
Libanês-brasileiro
Notáveis
libanês-brasileiros:
Nanda Costa1 · Adib Jatene · Geraldo Alckmin · Tony Kanaan · |
População total
|
Regiões com população significativa
|
Línguas
|
Predominantemente português e Língua árabe
|
Religiões
|
Grupos étnicos relacionados
|
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