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A Escandinávia éuma
região geográfica e histórica do norte da Europa e que abrange, no sentido mais estrito, a Dinamarca, a Suécia e a Noruega.
Num sentido mais lato, o termo pode também abranger a Finlândia, as ilhas Feroé e a Islândia.
Qualquer que seja a definição usada, considera-se a península Escandinava como núcleo principal da Escandinávia.
Num sentido mais lato, o termo pode também abranger a Finlândia, as ilhas Feroé e a Islândia.
Qualquer que seja a definição usada, considera-se a península Escandinava como núcleo principal da Escandinávia.
Ao conjunto Escandinávia + Finlândia dá-se também a designação Fino-Escandinávia (em
inglês: Fenno-Scandia).
Devido às sucessivas vagas de glaciação, a Escandinávia foi repetidamente despovoada e
desprovida de fauna e flora terrestres ao longo do tempo. Os
estudiosos a apontam como a terra de origem de uma parte dos povos germânicos e
dos Vikings. Assim como aquela que é referida como Scandza.
Mapa da
Escandinávia e Europa Setentrional
Por ser uma região puramente histórico-geográfica,
a Escandinávia não corresponde a nenhuma fronteira política definida. O uso do
termo é muitas vezes incerto, ora incluindo, ora excluindo países vizinhos da península Escandinava.
Definição estrita
No sentido estrito, inclui-se na Escandinávia a Noruega, a Suécia (que formam a península Escandinava) e,
devido aos laços históricos e linguísticos com aqueles países, também aDinamarca.
Em
vermelho, o sentido mais estrito do termo, com Suécia, Noruega eDinamarca; em laranja, o sentido ampliado, com Finlândia e Islândia; e em amarelo, o sentido mais amplo, com Groenlândia e Svalbard.
A Dinamarca costuma ser incluída nas definições
mais estritas do termo devido não apenas à semelhança linguística e étnica mas
também por haver possuído, até oséculo XVII, territórios na península Escandinava, em especial
a Escânia (hoje parte integrante da Suécia). Outro fato que
costuma ser mencionado em favor da inclusão da Dinamarca na Escandinávia é a
sucessão de uniões pessoais entre as coroas
dinamarquesa, norueguesa e sueca ao longo da história que criaram Estados como
a União de Kalmar e a Dinamarca-Noruega.
Em geografia física, porém, a
Dinamarca é considerada parte da planície setentrional europeia e não da
península Escandinava.
Outras definições
Em sentido amplo, alguns entendem que a
Escandinávia inclui também a Finlândia (também chamada de Fino-Escandinávia), a Islândia e as ilhas Feroé, e por vezes até mesmo o Svalbard e a Groenlândia.
Países nórdicos e Escandinávia
Em contraste com a ambiguidade quanto ao termo
Escandinávia, a expressão "países nórdicos" é
empregada com certeza para referir o conjunto de países formado por Noruega,
Suécia, Dinamarca, Finlândia e Islândia, inclusive seus territórios associados
(Groenlândia, ilhas Feroé e Alanda). Aqueles países integram oConselho Nórdico.
Etimologia
Os termos "Escandinávia" e "Escânia" (Skåne) possuem a mesma etimologia. A fonte conhecida mais remota para o termo
"Escandinávia" é a História Natural dePlínio, o Velho, datada do século I d.C. Outras referências à região são encontradas
em Píteas, Pompônio Mela, Tácito, Ptolomeu, Procópio e Jordanes.
Acredita-se que o nome usado por Plínio possa ser
de origem germânica ocidental,
referindo-se originalmente à Escânia. Segundo alguns dos principais estudiosos
do tema, a raiz germânica pode ser reconstruída como *Skaðan ("perigo"
ou "dano"); já o segundo segmento do termo é reconstruído como *awjo("terra
na água" ou "ilha"). O nome "Escandinávia" poderia
então significar "ilha perigosa", uma referência talvez aos
traiçoeiros bancos de areia em volta da Escânia.
Era generalizada, entre os autores clássicos do
século I, a crença de que a Escandinávia era uma ilha. Esta idéia, juntamente
com o termo Scandiae que Plínio usava para um grupo de ilhas
nórdicas, dominou as descrições da Escandinávia nos textos clássicos ao longo
dos séculos seguintes. A "Scandinavia" de Plínio talvez fosse
uma das ilhas "Scandiae". Esta idéia foi retomada por
Ptolomeu, que usou o termo "Skandia" para a maior e mais
oriental das três ilhas "Scandiai" que, segundo ele,
situavam-se a leste da Jutlândia. Ptolomeu referiu-se a toda a "ilha" da
Escandinávia pelo nome "Scandia", inclusive para áreas muito
mais ao norte da atual Escânia, mas nem as listas de tribos escandinavas de
Plínio nem as de Ptolomeu incluíam os suiões mencionados
por Tácito. Alguns dos primeiros estudiosos suecos adicionaram-nos
posteriormente, ao argumento de que os suiões constavam dos textos mas foram
depois removidos por equívoco.
Clima
Cortada ao meio pelo Círculo Polar Ártico, a Escandinávia
possui um clima com as quatro estações bem definidas nas áreas mais ao Sul,
com um Inverno muito frio e intensa precipitação de Neve,
com temperaturas entre -15 e -5 °C, um Verão com temperaturas amenas e tempo menos chuvoso, com
temperaturas entre 8 e 22 °C, uma Primavera com temperaturas baixas entre os meses de Março
e Abril, e com gradativa elevação em Maio e Junho, com médias entre 5 e
12 °C, com gradativa diminuição de Chuva,
e o Outono tem aumento da Chuva conforme
o verão se distancia e diminuição das temperaturas, que
ficam entre 0 e 10 °C. NoNorte da região, especificamente nas áreas
da Noruega, Suécia e Finlândia que estão acima da latitude 67° e mais ao interior
desses países, temos um inverno longo e muito frio, com temperaturas entre -35
e -20 °C, com intensa precipitação de Neve,
e um Verão curto e ameno, com diminuição das chuvas e médias
entre 5 e 15 °C.
Graças à Corrente do Golfo, a Islândia e cidades do Leste da
região, como Oslo, Trondheim, Copenhague, e capitais próximas ao Litoral, como Helsinque eEstocolmo possuem invernos relativamente amenos, levando
em conta a posição geográfica (Latitude 62°) da região. Reiquejavique, a capital islandesa, raramente possui
temperaturas menores que -5 °C, mesmo estando na latitude 64°.
Religião
Reino da Dinamarca: Cristianismo 88,7% (evangélicos luteranos 87%, outros
cristãos 1,7%), islamismo 1,5%, sem filiação e outras 9,8% (1995).
Reino da Noruega: Cristianismo 86% (evangélicos luteranos),
outros protestantes e Católicos Romanos 3%, outros 1%, e sem filiação 10%
(1997).
Reino da Suécia: Cristianismo 89% (Igreja da Suécia 86,1%, católicos 1,9%, pentecostais 1%), outras 11% (1995).
República da Finlândia: Cristianismo (evangélicos luteranos 89%) outros 11%.
República da Islândia:
82.1% membros da Igreja Nacional da Islândia.
4.7% membros das Igrejas Livres Luteranas de Reykjavík e Hafnarfjörður.
2.6% sem filiação a nenhum grupo religioso. 2.4% membros da Igreja Católica Romana.
5.5% membros de organizações religiosas não registradas ou sem filiação
específica. Os restantes 2.7% estão divididos em outras crenças Cristãs ou não-Cristã (1%).
Línguas
As línguas-padrão escandinavas
costumam ser incluídas ou no ramo escandinavo oriental (dinamarquês e sueco) ou no escandinavo ocidental (norueguês,islandês e feroense).
A maioria dos dialetos de dinamarquês, norueguês e sueco é mutuamente
inteligível, o que faz com que os escandinavos consigam entender com facilidade
as línguas-padrão da área publicadas na mídia impressa ou em rádio e televisão.
As três línguas são consideradas como idiomas separados (em vez de dialetos de
uma só língua) devido, principalmente, ao fato de já serem línguas-padrão bem
estabelecidas em seus próprios países. São aparentadas - mas não mutuamente
inteligíveis - com outras línguas germânicas
setentrionais, islandês e feroense, que descendem do norueguês antigo. O
dinamarquês, o norueguês e o sueco foram influenciados desde a Idade Média, em graus variados, pelo baixo-alemão médio e pelo alemão padrão, resultado em grande medida da atividade
econômica gerada pela Liga Hanseática.
Os noruegueses, em particular, são acostumados a variações
linguísticas e podem considerar o dinamarquês e o sueco apenas como dialetos
ligeiramente mais distantes. O norueguês possui dois padrões de escrita oficiais, ademais do forte hábito de preservar os
dialetos locais. Os habitantes de Estocolmo, na Suécia, e de Copenhague, na Dinamarca, são os que mais encontram dificuldade em entender
outras línguas nórdicas. Nas ilhas Faroé, o dinamarquês é obrigatório, o que torna os
faroenses bilíngues e facilita o entendimento das outras duas línguas
escandinavas continentais.
Como família linguística, as
línguas escandinavas não têm relação com o finlandês, o estoniano e o sami que, integrantes da família fino-úgrica, são
parentes distantes do húngaro. Mas a proximidade
física faz com que ainda hoje o sueco e o norueguês emprestem muitas palavras
ao finlandês, estoniano e sami.
Esportes
Graças aos invernos nevados, os países escandinavos
são especialistas em esportes de inverno e rali,
sendo a Noruega recordista mundial de medalhas nasOlimpíadas de Inverno. Os
principais clubes de futebol da Escandinávia são Helsingborgs IF e o Malmö FF. Outro esporte jogado na época de Verão é o golfe.
Política
Escandinávia
conforme uma visão política do século XIX.
O uso moderno do termo "Escandinávia"
deve-se ao movimento político escandinavista, que estava ativo na metade doséculo XIX, principalmente entre a Primeira Guerra do Schleswig (1848-1850),
na qual a Suécia-Noruega contribuiu com uma
considerável força militar, e a Segunda Guerra de Schleswig (1864),
quando o parlamento da Suécia condenou as promessas do rei a respeito de apoio
militar.
O movimento propunha a unificação da Dinamarca, Noruega e Suécia em um único reino. O cenário para o movimento era
os eventos turbulentos durante as guerras napoleônicas no
início do século que levaram à divisão da Suécia (a parte oriental se tornando o
Grão-Ducado russo da Finlândia em 1809)
e da Dinamarca (através da qual a Noruega, de jure em união com a Dinamarca
desde 1387, embora de facto meramente uma província, tornou-se independente em 1814 e
depois disso foi rapidamente forçada a aceitar uma união pessoal com a Suécia).
Foto de
satélite da Península Escandinava durante
o inverno no hemisfério norte
A Finlândia, sendo uma parte do Império Russo, teria que ser deixada de fora de qualquer
equação para uma união política entre os países nórdicos. Um novo termo que
excluísse a Finlândia de tais aspirações teve também que ser inventado, e esse
termo foi "Escandinávia". A Escandinávia geográfica incluía a Noruega
e a Suécia, mas a Escandinávia política também incluiria a Dinamarca.
Politicamente, Suécia e Noruega foram unidas em uma união pessoal sob a
regência de um monarca. A Dinamarca também incluía os
territórios dependentes da Islândia, as Ilhas Faroe e a Groenlândia no Oceano Atlântico (que,
no entanto, historicamente haviam pertencido à Noruega, mas permaneceram não
intencionalmente com a Dinamarca de acordo com o Tratado de Kiel).
O fim do movimento político escandinavo ocorreu
quando foi negado à Dinamarca apoio militar da Suécia-Noruega para anexar oDucado (dinamarquês)
de Schleswig que, junto com o Ducado (alemão) de Holstein, havia estado em união pessoal com a Dinamarca. A Segunda Guerra de
Schleswig ocorreu em 1864. Essa foi uma breve mas desastrosa guerra
entre a Dinamarca e aPrússia (apoiada pela Áustria). Schleswig-Holstein foi
conquistado pela Prússia e, após o sucesso desta última na Guerra Franco-Prussiana,
um Império Alemão conduzido
por prussianos foi criado, e um novo equilíbrio de poder dos
países do Mar Báltico foi estabelecido.
Mesmo se uma união política escandinava nunca
acontecesse, havia uma União Monetária Escandinava estabelecida
em 1873, com a krona/krone como
moeda comum, e que durou até a I Guerra Mundial.
A cooperação escandinava moderna após a I Guerra Mundial também veio a incluir a independente
Finlândia e (desde 1944) a Islândia; e escandinavo, como um termo
político, veio a ser substituído pelo termo países nórdicos e
finalmente, em 1952, pela instituição Conselho Nórdico.
Estrutura política histórica
Século
|
Escandinávia e os
Países Nórdicos
|
||||
Povos
|
1/ Os povoadores originais da Islândia eram de origem nórdica (principalmente
norueguesa) e celta (da Grã-Bretanha e Irlanda).
Escandinavo-brasileiro
Escandinavo-brasileiro é um brasileiro com total, parcial ou
predominante ascendência escandinava, ou uma pessoa nascida na região da Escandinávia e radicada no Brasil.
Estima-se que vivam no Brasil,
800.000 a 1 milhão de escadinavo-brasileiros, a maioria vivendo principalmente
no Sul e Sudeste do Brasil.
Escandinavo-brasileiros
notáveis
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