História da Inglaterra
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História da Inglaterra
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A Inglaterra é o território mais extenso e mais povoado do Reino Unido. Habitada por povos celtas desde o século V aC, a Inglaterra foi colonizada pelos romanos entre 43 dC e princípios do século V. A partir de então começou a invasão de uma série de povos germânicos (anglos, saxões e jutos) que foram expulsando aos celtas, parcialmente romanizados, até Gales, Escócia, Cornualha e a Bretanha francesa. No século X, depois de resistir a uma série de ataques vikings, unificou-se politicamente. Depois da ascensão de Jaime VI da Escócia ao trono da Inglaterra em 1603 e a anexação da Escócia pela Inglaterra em 1707 resulta mais apropriado diferenciar a história da Inglaterra da do resto de Grã Bretanha.
Pré-história
Indícios arqueológicos demonstram que a área hoje conhecida
como o sul da Inglaterra foi povoada bem antes do restante das Ilhas Britânicas, devido ao clima ameno entre e
durante as diversas idades do gelo. Os habitantes pré-romanos da Grã-Bretanha
não deixaram documentos escritos e suas história e cultura são estudadas por
meio de achados arqueológicos. Conservam-se poucos indícios da civilização dos
primeiros habitantes da ilha, como o monumento megalítico de Stonehenge,
que data da Idade do Bronze (até 2300 a .C.).
As técnicas de trabalho em ferro chegaram à
Grã-Bretanha em cerca de 750 a.C., provenientes do sul da Europa, dando início à Idade do Ferro.
Por volta de 500 a.C.,
a chamada cultura celta
havia alcançado quase todas as Ilhas Britânicas. Os bretões da Idade do Ferro
viviam em grupos tribais organizados, governados por um chefe.
A primeira menção histórica à região é do Périplo massaliota (Massaliote Periplus),
um manual de navegação para comerciantes provavelmente datado do século VI a.C.
Píteas
de Massília
nele escreveu sobre sua viagem de negócios à ilha em cerca de 325 a.C.
Mais tarde, outros autores, tais como Plínio, o Velho,
e Diodoro Sículo, mencionam o comércio de estanho
proveniente do sul da ilha.
Tácito
registrou que a língua falada na Grã-Bretanha não era muito diferente da
empregada na Gália
setentrional e notou que as várias tribos britânicas possuíam características
físicas semelhantes às dos seus vizinhos continentais.
Britânia
romana: invasão e ocupação
A Muralha de Adriano, no norte da Inglaterra.
Em duas ocasiões, em 55 e 54 a.C.,
Júlio César invadiu a Britânia,
mas não logrou conquistar território, limitando-se a estabelecer
Estados-clientes. Em 43, Cláudio
foi bem-sucedido em nova tentativa de invasão, dando início à província romana da Britânia.
Os britânicos defenderam sua terra, mas os romanos,
militarmente superiores, conseguiram dominar a ilha. Iniciaram uma forte
opressão contra o druidismo, religião mais popular no local na época.
Os romanos fundaram cidades, como Londres,
e fortalezas, utilizando engenharia e arquitetura nunca antes vistas na Britânia. Também ergueram
muralhas (como a de Adriano) que cruzavam a Grã-Bretanha de
oeste para leste, cujo propósito era impedir incursões militares de tribos ao
norte (no que é a atual Escócia) contra o território da província romana.
A influência romana também foi muito forte na cultura
religiosa britânica. Primeiro, a própria história de deuses celtas foi
desaparecendo, transformando-os apenas em deuses romanos com nomes celtas (uma
relação mais ou menos parecida com a da mitologia grega
com a romana). Os romanos também levaram para a ilha
o cristianismo
que, quando da retirada das forças romanas no século V,
já tinha força considerável na Grã-Bretanha. Depois, as próprias disputas
internas aumentaram a influência do cristianismo, fazendo o druidismo
desaparecer gradativamente e sem deixar muitos registros históricos, pois os
druidas recusavam-se a escrever sobre seus dogmas e rituais. E no próprio povo
britânico, até mesmo entre os nobres, era raríssima a prática da escrita.
Júlio César esteve no sul da Grã-Bretanha em 55 e 54 a .C. e escreveu em seu De Bello Gallico
que a população local era numerosa e tinha muito em comum com as outras tribos
da Idade do Ferro
no continente. Curiosamente, há poucas fontes históricas referentes à ocupação romana
da Grã-Bretanha. Apenas uma frase sobreviveu a respeito das razões para a
construção da Muralha de Adriano. A invasão de Cláudio é bem documentada e Tácito
incluiu a rebelião de Boadicéia, de 61,
na sua história. Na altura do século V, a influência romana já havia declinado
consideravelmente. As legiões deixaram a ilha, provavelmente na mesma época da
invasão saxônica, descrita a seguir.
Britânia pós-romana
Na esteira do colapso do governo romano em cerca de 410
na Grã-Bretanha, a atual Inglaterra foi progressivamente ocupada por povos germânicos.
Conhecidos coletivamente como o anglo-saxões,
estes grupos incluíam jutos
da Jutlândia,
juntamente com um maior número de saxões,
provenientes do noroeste da Alemanha, e anglos, provenientes
do atual estado alemão de Schleswig-Holstein.1
Antes desses assentamentos, alguns frísios
invadiram o leste da Grã-Bretanha durante os anos de 250.
Inicialmente, eles invadiram a Grã-Bretanha em meados do
século V, continuando por várias décadas. Os jutos parecem ter sido o
principal grupo de colonizadores em Kent,
na Ilha de Wight
e partes da costa de Hampshire, enquanto os saxões
predominaram em todas as outras áreas ao sul do Tâmisa
e em Essex e
Middlesex,
e os anglos
em Norfolk,
Suffolk,
Midlands e ao norte.
A população da Grã-Bretanha diminuiu drasticamente após o
período romano. A redução parece ter sido
causada principalmente pela peste e
varíola.
Sabe-se que a praga de Justiniano entrou para o mundo
mediterrâneo no século VI e chegou pela primeira vez nas ilhas britânicas em
544 ou 545, quando atingiu a Irlanda.2
O Annales Cambriae menciona a morte de Maelgwin Gwyned, rei de Gwynedd, desta
peste em 547.
As conquistas
anglo-saxãs da Grã-Bretanha celta
Reinos e tribos na Grã-Bretanha, por
volta do ano 600.
Próximo ao ano de 495, na Batalha do Monte Badon, os britânicos
infligiram uma severa derrota a um exército invasor anglo-saxão que interrompeu
o avanço anglo-saxão para oeste por algumas décadas. Evidências arqueológicas
recolhidas de cemitérios pagãos anglo-saxões sugerem que alguns dos seus
assentamentos foram abandonados e a fronteira entre os invasores e os
habitantes nativos foi recuada por algum tempo por volta do ano 500.
A expansão anglo-saxã foi retomada no século VI,
embora a cronologia de sua evolução não seja clara. Um dos poucos eventos
individuais que emerge com alguma clareza antes do século VII
é a Batalha de Deorham, em
577, uma vitória dos saxões ocidentais levou à captura de Cirencester, Gloucester
e Bath,
trazendo o avanço anglo-saxão para o Canal de Bristol
e separando os britânicos do West Country dos de Gales. A vitória do Reino da Nortúmbria na Batalha de Chester, em torno de 616, pode ter
tido um efeito semelhante separando os britânicos de Gales dos britânicos da Cúmbria.
A expansão gradual dos saxões pelo West Country
continuou através dos séculos VII, VIII e IX. Enquanto isso, em meados do
século VII, os anglos
haviam empurrado os britânicos de volta para os limites aproximados do País de Gales
atual, no oeste, para o rio Tamar, no sudoeste, e expandido para o
norte até o rio Forth.
Heptarquia e cristianização
Reinos da Grã-Bretanha por volta do
ano 800
A cristianização da Inglaterra anglo-saxã começou por
volta de 600, influenciada pelo cristianismo céltico a partir do noroeste e da Igreja Católica Romana a partir do sudeste. Agostinho, o primeiro Arcebispo de Cantuária, assumiu o cargo em 597.
Em 601, ele batizou o primeiro rei anglo-saxão cristão, Etelberto de Kent.
O último rei anglo-saxão pagão, Penda de Mércia,
morreu em 655. O último rei juto
pagão, Arwald da Ilha de Wight,
foi assassinado em 686. A
missão anglo-saxã no continente decolou no século VIII,
levando à cristianização de praticamente todo o Reino Franco
por volta do ano 800.
Durante o século VII e VIII o poder oscilou entre os
maiores reinos. Beda cita
Etelberto de Kent como sendo dominante no final
do século VI, mas o poder parece ter se deslocado em direção ao norte para o reino da Nortúmbria, que foi formada a partir
da junção de Bernícia e Deira.
Edwin da Nortúmbria provavelmente manteve o
domínio sobre grande parte da Grã-Bretanha, embora a influência de Beda na
Nortuúmbria deva ser considerada. Crises sucessórias significavam que a
hegemonia nortumbriana não era constante e Mércia
mantinha-se como um reino muito poderoso, especialmente no reinado de Penda.
Duas derrotas essenciais terminaram com o domínio nortumbriano: a Batalha do Trent em 679
contra Mércia e a Batalha de Dunnichen em 685 contra os pictos.
A chamada "Supremacia Mércia" dominou o século
VIII, embora ela não tenha sido constante. Etelbaldo e Offa, os dois reis mais poderosos,
alcançaram status elevado, na verdade, Offa foi considerado o chefe supremo do
sul da Grã-Bretanha por Carlos Magno. Offa conseguiu reunir os recursos para construir
o Dique de Offa,
esta é a prova do seu poder. No entanto, a ascensão de Wessex e os desafios
de reinos menores colocaram o poder de Mércia em cheque, e no início do século
IX a "Supremacia de Mércia" tinha terminado.
Este período tem sido descrito como a Heptarquia,
embora este termo atualmente tenha saído do uso acadêmico. A palavra surgiu com
base nos sete reinos, Nortúmbria, Mércia,
Kent, Ânglia Oriental, Essex, Sussex
e Wessex,
que eram as principais organizações políticas do sul da Grã-Bretanha. Estudos
mais recentes têm mostrado que outros reinos também eram politicamente
importantes neste período: Hwicce, Magonsaete,
Lindsey e Ânglia do Meio.
As Invasões Vikings
A Crônica Anglo-Saxônica registra a incursão de 793 contra o mosteiro de Lindisfarne
como ponto de partida na longa história de ataques vikings contra a
Grã-Bretanha.
Após um período de saques e incursões, os vikings
começaram a colonizar a Inglaterra e ali comerciar. Chegaram em barcos com bons
exércitos, em sua maioria dinamarqueses, e tomaram para si praticamente todos os reinos
ingleses, que eram independentes. A partir do fim do século IX,
governavam parte considerável do território inglês, no que era conhecido como o
Danelaw.
Alfredo, o Grande impediu a invasão dos vikings
em seu reino, Wessex,
por meio da construção de diversas fortalezas. Seu sucesso contra as incursões
vikings e a reorganização do reino por ele empreendida fizeram com que a
história lhe outorgasse o epíteto "o Grande".
O desafio Viking e a ascensão de Wessex
Inglaterra
em 878
De acordo com as Crônicas Anglo-Saxãs, o primeiro ataque viking na Grã-Bretanha ocorreu em 793 no monastério de Lindisfarne. Entretanto, nesta época, os vikings já se encontravam, quase com certeza, bem estabelecidos em Orkney e Shetland, desta forma, é provável que muitos outros ataques não-registrados tenham ocorrido antes. Registros mostram que o primeiro ataque viking em Iona ocorreu em
A conquista da Nortúmbria, noroeste da Mércia e Ânglia Oriental pelos dinamarqueses difundiu assentamentos dinamarqueses nestas áreas em larga escala. No início do século X, os governantes noruegueses de Dublin assumiram o controle do reino dinamarquês de York. Assentamentos dinamarqueses e noruegueses tiveram impacto suficiente para deixar marcas significativas na língua inglesa, muitas palavras fundamentais do inglês moderno são derivadas do nórdico antigo, apesar das 100 palavras mais usadas no inglês moderno serem, em sua grande maioria, originárias do inglês antigo. Da mesma forma, muitos nomes de lugares em áreas de colonização dinamarquesa e norueguesa possuem raízes escandinavas.
Ao final do reinado de Alfred, em 899, ele era o único rei inglês remanescente, tendo reduzido Mércia a uma dependência de Wessex, governado por seu genro Aethelred. A Cornualha (Kernow) estava sujeita ao domínio de Wessex e os reinos galeses reconheceram Alfred como seu suserano.
Unificação inglesa
Edgar de Inglaterra
Alfredo de Wessex morreu em 899 e foi sucedido
por seu filho Eduardo, o Velho. Eduardo, e seu cunhado Etelredo, a partir do que
sobrou da Mércia, iniciou um programa de expansão, construção de fortalezas e
cidades em um modelo Alfrediano. Com a morte de Etelredo, sua esposa Ethelfleda,
irmã de Eduardo, governou como "Senhora dos Mercianos" e continuou
com a expansão. Parece que Eduardo teve seu filho Athelstane criado na corte da Mércia, e com a
morte de Eduardo, Athelstane o sucedeu no reino de Mércia e, depois de algumas
incertezas, em Wessex.
Athelstane continuou a expansão de seu pai e
sua tia e foi o primeiro rei a alcançar regência direta do que nós consideramos
hoje a Inglaterra. Os títulos atribuídos a ele em documentos e moedas sugerem
um domínio ainda mais amplo. Sua expansão despertou mal-estar entre os outros
reinos da Grã-Bretanha, em função disto, Athelstane derrotou um exército
combinado escocês-viking na Batalha de Brunanburh. No
entanto, a unificação da Inglaterra não era uma certeza. Sob governo dos
sucessores de Athelstane, Edmund e Edred, os reis ingleses repetidamente perderam
e reconquistaram o controle da Nortúmbria. No entanto, Edgar, que governou o mesmo território de
Athelstane, consolidou o reino, que se manteve unido posteriormente.
Inglaterra sob os dinamarqueses e a conquista normanda
A pedra runa U 344 foi erguida em
memória a um viking que foi à Inglaterra três vezes
Houve novos ataques escandinavos na Inglaterra no final
do século X. Etelberto teve um longo
reinado, mas por fim acabou perdendo seu reino para Svend da Dinamarca, recuperado após a morte
deste último. No entanto, o filho de Etelberto, Edmundo II, morreu pouco depois, permitindo a Canuto, o Grande, filho de Svend, tornar-se o
rei de Inglaterra. Sob seu governo o reino se tornou o centro do governo de um
império que também incluía a Dinamarca e a Noruega.
Canuto foi sucedido por seus filhos, mas, em 1042, a dinastia nativa foi
restaurada com a ascensão de Eduardo, o Confessor. A falha de Eduardo em
produzir um herdeiro gerou um conflito violento pela sucessão do reinado após
sua morte em 1066. Suas lutas por poder contra Godwin, Conde de Wessex, as reivindicações dos
sucessores escandinavos de Canuto e as ambições dos normandos
a quem Eduardo introduziu às questões políticas inglesas para reforçar sua
própria posição, motivaram todos a competir pelo controle do reinado de
Eduardo.
Harold Godwinson tornou-se rei, muito
provavelmente nomeado por Eduardo, o Confessor em seu leito de morte e
endossado pelo Witenagemot. Guilherme II da Normandia, Haroldo III da Noruega (auxiliado por Tostig Godwinson,
irmão distante de Harold Godwin) e Svend II da Dinamarca todos reivindicaram o
trono. De longe, a mais forte reivindicação hereditária foi a de Edgar Atheling,
porém, a sua juventude e aparente falta de aliados poderosos levou-o a ser
preterido e não desempenhar um papel importante nas lutas de 1066, embora
tenha-se tornado rei por um curto período de tempo pelo Witenagemot após a
morte de Harold Godwinson.
Em setembro de 1066, Haroldo III da Noruega desembarcou no norte da
Inglaterra com uma força de aproximadamente 15.000 homens e 300 Dracares (50 homens
em cada barco). Com ele estava Tostig Godwinson,
que lhe havia prometido apoio. Harold Godwinson derrotou a força norueguesa,
matando Haroldo III da Noruega e Tostig na Batalha de Stamford Bridge.
Em 28 de setembro de 1066, Guilherme II da Normandia invadiu a
Inglaterra com uma força de normandos numa campanha conhecida como a conquista normanda. Em 14 de outubro, após
ter marchado com seu exército esgotado todo o caminho de Yorkshire,
Haroldo lutou contra os normandos na Batalha de Hastings, onde o exército da
Inglaterra foi derrotado e Haroldo morto. Nova oposição a Guilherme em apoio a Edgar Atheling
logo sucumbiu, e Guilherme foi coroado rei no Natal de 1066. Nos cinco anos
seguintes, ele enfrentou uma série de rebeliões inglesas em várias partes do
país e uma invasão dinamarquesa hesitante, mas ele foi capaz de reprimir toda a
resistência e estabelecer um governo duradouro.
A Inglaterra normanda
Cena da batalha de Hastings (1066), na tapeçaria de Bayeux.
A conquista normanda levou a uma mudança
radical na história do estado Inglês. Guilherme ordenou a compilação do Domesday Book,
uma pesquisa de toda a população e suas terras e propriedades para fins de
tributação, o que revela que, dentro de 20 anos da conquista, a classe
dominante inglesa tinha sido quase completamente desapossada e substituída por
proprietários normandos, que também monopolizaram todos os altos cargos do
governo e da igreja. Guilherme e seus nobres falavam e conduziam a corte em francês normando,
na Inglaterra, bem como na Normandia. O uso da língua anglo-normanda pela
aristocracia resistiu por séculos e deixou uma marca indelével no
desenvolvimento do inglês moderno.
A Idade Média inglesa foi caracterizada por guerras
civis, guerras internacionais, insurreições ocasionais e intrigas políticas
generalizadas entre a elite aristocrática e monárquica. A Inglaterra era mais
do que auto-suficiente em cereais, produtos lácteos, carne bovina e de
carneiro. A economia internacional do país era baseada no comércio de lã, onde
a produção das pastagens de carneiros do norte da Inglaterra era exportada para
as cidades têxteis de Flandres, onde era transformada em tecidos. A política externa
medieval estava mais moldada pelas relações com a indústria têxtil flamenga do
que pelas aventuras dinásticas no oeste da França. A indústria têxtil inglesa
foi implantada no século XV, fornecendo a base para a rápida acumulação de
capital inglesa.
Henrique I (1100-1135), filho de Guilherme
I, deu continuidade à política de integração. Durante o desastroso reinado de Estevão I, sobrinho do rei Henrique I, (1135-1154), os barões feudais
ganharam poder, instalou-se uma guerra civil
e houve incursões galesas e escocesas. Com a morte de Henrique I, que havia nomeado a sua
filha Matilde como sucessora ao trono, Estevão se
autoproclamara rei. Em 1139,
Matilde, que era casada com Conde de Anjou (Plantageneta),
invadiu a ilha e capturou Estevão. Este último foi restaurado em 1148 e, por fim, chegou-se
a um entendimento pelo qual ele seria sucedido no trono pelo filho de Matilde,
Henrique de Anjou.
O filho de Matilde subiu ao trono como Henrique II e logrou centralizar o poder,
afastando o país do feudalismo. Seu sucessor, Ricardo I Coração de Leão, dedicou-se à Terceira Cruzada
e a defender seus territórios no continente contra Filipe II da França. Com a morte de Ricardo I,
seu irmão João Sem Terra sucedeu-o. João perdeu a Normandia
e outros territórios na França,
além de hostilizar a nobreza feudal e a Igreja de tal maneira que estes, em 1215, revoltaram-se contra
o rei e forçaram-no a assinar a Magna Carta,
que impunha limites ao poder real.
Em 1216
com a morte de João, subiu ao trono seu filho Henrique III. Seu reinado tampouco foi
brilhante. Caiu derrotado ante os franceses e se submeteu ao papado. Em 1258 instalou-se uma crise
entre Henrique III e a nobreza inglesa, a qual forçou o rei a reafirmar os
termos da Magna Carta e a jurar as chamadas Provisions of Oxford
("disposições de Oxford"), que entregaram o governo do país a um
conselho com 15 integrantes e previa que o parlamento se reuniria três vezes ao
ano.
Henrique III tratou de anular os acordos com a ajuda do papa, mas não foi capaz de
submeter a nobreza, o que conduziu a uma guerra civil. Em 1264 Simão V de Montfort
fez prisioneiro Henrique III. O poder ficou, a princípio, nas mãos de Montfort,
que exerceu uma forte ditadura. Em 1265
reuniu um novo parlamento. Mas em 1265,
Monfort foi derrotado e morto pelo príncipe herdeiro Eduardo. Henrique III foi
restaurado e dissolveu o parlamento.
Eduardo I (1272-1307) promulgou leis que
restringiam o poder do governo e convocou os primeiros parlamentos
oficialmente reconhecidos. Conquistou o País de Gales
e procurou ganhar o controle da Escócia,
plano este custoso e demorado e que foi finalmente abandonado após a derrota de
seu filho e sucessor, Eduardo II, na batalha de Bannockburn.
Guerra dos Cem Anos (1337-1453)
O rei Eduardo III da Inglaterra reivindicou o
direito de ser rei da França
e deu início a Guerra dos Cem Anos.
Em fevereiro de 1328 morreu o rei Carlos IV. Eduardo III da Inglaterra tinha direitos
ao reinado francês por ser sobrinho de Carlos, mas os nobres franceses
preferiram Filipe de Valois, quem reinou com o nome de Felipe VI.
Em 1337,
Filipe VI confiscou o ducado da Aquitânia.
Isto acabou por desencadenar um conflito aberto entre Inglaterra e França que
viria a chamar-se Guerra dos Cem Anos. As primeiras vitórias
foram para os ingleses, superiores militarmente: em 1340, na batalha naval de Sluys, em 1346 em Crécy e em 1347 em Calais. Esta cidade
permaneceria no poder dos ingleses até 1558.
A Peste Negra atingiu a Inglaterra em 1348 e matou possivelmente
um-terço da população.
O filho de Eduardo (também chamado Eduardo e conhecido como "Príncipe
Negro") lançou mão da tática da chevauchée ("cavalgada"),
incursões profundas em território inimigo desprotegido; tornou-se famosa a chevauchée
de Bordéus
à costa francesa do Mediterrâneo, através do condado de Armagnac,
entre 1355 e 1356. Em 1356 obteve uma
grande vitória ante os franceses em Poitiers, fazendo prisioneiro a João II da França. Em 1360 Eduardo III assinou o
Tratado de Brétigny, pelo qual o valor do
resgate por João era reduzido, os ingleses passavam a dominar desde os Pireneus
até o Loire e
Eduardo III renunciava a seus direitos sobre a coroa francesa.
Os ingleses apoiaram o rei de Castela,
Pedro I, na luta contra seu irmão Henrique II. Em 1369, Pedro foi assassinado
por seu irmão. A herdeira de Pedro era sua filha Constança, que se casou
com João de Gante, duque de Lencastre, filho de Eduardo III. Em 1372 a frota castelhana
venceu a inglesa na Batalha de La Rochelle. Em 1369 os franceses voltaram
a invadir a Aquitânia e em 1375
firmou-se uma trégua de dois anos em Bruges: a Inglaterra
mantinha somente Calais e uma estreita franja desde Bordéus
a Baiona.
O Príncipe Negro morreu em 1376. Eduardo III morreu
em 1377.
Subiu ao trono Ricardo II (1377-1399), filho do Príncipe
Negro, aos dez anos de idade. Em 1381
instituiu-se um imposto para defender o país de uma potencial invasão francesa,
o que causou uma revolta dos camponeses da zona mais rica da Inglaterra. Os
rebeldes foram derrotados em 28 de junho em Billericay. Em 1396, Ricardo II assinou
uma trégua com a França. Em 1399
morreu João de Gante, duque de Lancastre, imensamente rico. Ricardo II
recusou-se a permitir que Henrique Bolingbroke, filho de João, recebesse
a herança. Na ausência de Ricardo II, que comandava uma campanha militar na Irlanda,
Bolingbroke retornou à Inglaterra e logrou obter apoio suficiente para ser
aclamado rei, de nome Henrique IV. Ricardo II foi capturado e morreu em
circunstâncias misteriosas. Henrique fundou a Casa de Lencastre.
Até 1408,
teve que fazer frente a várias revoltas da nobreza. Em 1407, ingleses e franceses
firmaram uma nova trégua.
Filho de Henrique IV, Henrique V (1413-1422) confirmou seus
direitos ao trono francês e reativou a guerra. Em 1415 obteve a vitória de Azincourt e em 1417 tomou Caen. Em 1420 firmou-se o Tratado de Troyes,
pelo qual Henrique se casaria com Catarina de Valois, filha do rei da França, e o
filho resultante da união assumiria o trono francês. Porém Henrique V morreu
antes do rei Carlos VI de França. Sob a regência de João,
duque de Bedford, irmão de Henrique V, os ingleses chegaram em 1429 até Orleans.
Sob a inspiração de uma camponesa da Lorena, Joana d'Arc,
o filho de Carlos VI de França (o futuro Carlos VII) rompeu o cerco de Orleans, foi
coroado rei da França em Reims
e empreendeu uma campanha para tomar a Normandia
e a Gasconha
(entre 1449-1453). Em 1450 aniquilou o exército
inglês em Fromigny. Em 1453
tomou Bordéus, recuperando toda França (salvo Calais,) e pondo fim à Guerra dos
Cem Anos.
Guerra das
Rosas (1455-1487)
A Batalha de Barnet durante a Guerra
das Rosas
A Guerra das Rosas (1455-1485) foi o conjunto de
conflitos intermitentes que enfrentou aos membros e partidários da Casa de
Lencastre contra os da Casa de York, pretendentes ao trono da Inglaterra. Ambas
famílias reais tinham origem comum na Casa Real, como descendentes do rei
Eduardo III. O nome "Guerra das Duas Rosas" ou "Guerra das
Rosas" não foi utilizado na sua época, mas procede dos emblemas de ambas
casas reais. Por um lado estava a rosa vermelha dos Lencastre e pelo outro a
rosa branca de York.
O antagonismo entre ambas casas começou quando o rei Ricardo II foi destronado por seu primo,
Henrique Bolingbroke em 1399.
Henrique era o quarto filho de João de Gante,
quem por sua vez era o terceiro filho de Eduardo III. De acordo com a lei de sucessão
inglesa, a coroa
deveria recair nos descendentes masculinos de Leonel de Antuérpia. Com a morte de
Bolingbroke, em 20 de março de 1413,
assumiu a coroa seu filho Henrique V. Durante seu curto reinado, Henrique
V teve que sufocar uma revolta liderada pelo neto de Henrique III, Ricardo de Conisburgh,
Conde de Cambridge. A esposa de Ricardo de Conisburgh, Ana Mortimer, reclamou seus direitos sobre
a coroa, já que era filha de Roger Mortimer e, portanto, descendente de Leonel
de Antuérpia. Henrique V morreu em 1422,
e Ricardo, duque de York e filho de Ana Mortimer,
se propôs a desafiar ao novo rei, o frágil Henrique VI.
Durante o governo de Henrique VI perdeu-se virtualmente
todas as possessões inglesas no continente europeu, incluídas as terras
ganhadas por Henrique V. Para piorar, Henrique VI sofria de uma enfermidade
mental emergente. Por isso tudo muitos o consideravam incapaz de governar e a
Casa de York fortaleceu sua pretensão sobre a coroa. O crescente
descontentamento civil, somado à multiplicação de nobres com exércitos privados
e a corrupção da corte de Henrique VI, formaram o clima político ideal para a guerra civil.
Quando, em 1453,
o rei padeceu em um primeiro episódio grave de sua enfermidade, estabeleceu-se
um Conselho de Regência encabeçado por Ricardo de York que começou de imediato sua
campanha de pretensão ao trono mas a recuperação de Henrique VI, em 1455, frustrou as ambições
de Ricardo, quem foi despedido rapidamente da corte pela esposa do rei, Margarida de Anjou. O poder da rainha crescia
cada vez mais e o que fez com que ela fizesse várias alianças com nobres contra
Ricardo, com a finalidade de reduzir sua influência. A crescente frustração de
Ricardo e a agressividade da rainha levaram finalmente a ações armadas, dando
lugar à Primeira Batalha de Sant Albans. Após a derrota das forças de
Lencastre, York e seus aliados reconquistaram suas posições de influência. Por
um tempo, ambos os lados se sentindo impressionados pela batalha em campo,
realizaram esforços para alcançar uma reconciliação. Entretanto, com um novo
ataque de demência do rei, o Duque de York foi designado como seu Lord Protetor
e a rainha Margarida acabou ficando em uma posição secundária. A tensão voltou
quando emergiu novamente o assunto sucessório.
Em 1460
foi feita a Ata de Acordo onde o filho de Henrique VI foi deserdado e Ricardo
considerado sucessor do rei. Este acordo não foi aceite pelos Lencastre, que se
reuniram sob o comando da rainha Margarida e pelo Príncipe Eduardo, formando um
grande exército. O Duque de York foi morto na Batalha de Wakefield. Com a morte de Ricardo,
seu filho tornou-se herdeiro ao trono. A batalha pelo trono recomeçou com o filho
do Duque de York, Eduardo, de um lado e a rainha Margarida de
outro.
Com o apoio das forças de Warwick, Eduardo entrou com seu
exército em Londres
e foram aclamados pela multidão. Uma vez consolidada a situação na capital, o
exército de York e Warwick dirigiram-se ao norte, com suas forças e toparam com
o exército da rainha no povoado de Towton. A Batalha de Towton
converteu-se na mais sangrenta da Guerra das Rosas. Eduardo ganhou esta batalha
decisiva enquanto os Lencastre eram dizimados, com a maioria de seus líderes
mortos.
Os príncipes da Torre
A coroação oficial de Eduardo IV teve lugar em junho de 1461. Eduardo pôde
governar em relativa paz por mais de dez anos. O período que compreende os anos
1467 e 1470 esteve marcado pela
rápida deterioração da relação entre o rei Eduardo IV e Ricardo Neville, Conde
de Warwick. Em 1471,
Eduardo derrotou Warwick na Batalha de Barnet e neste mesmo ano, destruiu a
todas as forças de Lencastre na Batalha de Tewkesbury, dando morte a Eduardo de
Westminster, filho Henrique VI. Eduardo IV morreu repentinamente em 1483 seu herdeiro ao
trono, Eduardo V, tinha então somente doze anos, e havia sido criado e educado
sob os cuidados de Anthony Woodville. Isto significava que estava sob uma
ameaça dos anti-Woodville, que acabaram forçando a designação de Ricardo, Duque
de Gloucester como Lord Protetor do pequeno rei. O Duque de Gloucester
reivindicou o trono e capturou o jovem rei e seu irmão e os prendeu na Torre de Londres.
Gloucester se converteu no rei Ricardo III. Os dois meninos encarcerados,
conhecidos como os "Príncipes da Torre" desapareceram e foram
possivelmente assassinados, ainda que se discuta pela mão e ordem de quem até
os dias de hoje.
Dinastia Tudor
Henrique VII
Em 1483,
o futuro rei Henrique uniu-se a seu primo, Henrique
Stafford, duque de Buckingham contra Ricardo III; entretanto a vitória deste
último forçou a Henrique a fugir da Inglaterra precipitadamente. Em 1485, depois de receber
apoio financeiro do duque da Bretanha, Henrique lançou uma nova rebelião. Em 22 de agosto
de 1485, o
rei Ricardo III foi morto e seu exército derrotado na batalha de Bosworth e Henrique se converteu no
rei Henrique VII acabando com a guerra das Rosas
e dando início a Dinastia Tudor. Henrique VII não foi um rei
popular, utilizou ao máximo os impostos já existentes, inclusive aqueles que já
haviam caído em desuso. Para melhorar suas finanças também se apropriou das
terras daqueles nobres falecidos durante a guerra das Rosas.
Henrique VII morreu em 21 de abril de 1509
seu filho se tornou rei Henrique VIII pacificamente.
Henrique VIII
Henrique VIII, segundo rei da dinastia
Tudor, subiu ao trono em 1509.
Seu irmão mais velho, Artur, casou-se com Catarina de Aragão, mas Artur contraiu uma
infecção e morreu. Em consequência, aos onze anos de idade, Henrique herdou o
direito ao trono. O rei Henrique VIII, ansioso por manter a
aliança marital entre Inglaterra e Espanha
conseguiu a permissão papal
para casar Henrique com a viúva de seu irmão.
O Rei
Henrique VIII
Durante os dois anos posteriores à ascensão de Henrique VIII, o bispo de Winchester, Richard Fox, junto a William Warham, controlou os assuntos do Estado. De 1511 em diante, o poder real foi ostentado por Thomas Wolsey. Em 1511 Henrique VIII se uniu à Liga Católica, formada por dirigentes europeus opostos ao rei Luis XII. A Liga incluía figuras como o Papa Júlio II, o Imperador do Sacro Império Romano Maximiliano I, e o rei Fernando II da Espanha.
Henrique VIII tinha o desejo de ter um herdeiro do sexo masculino, o que a rainha Catarina não conseguiu lhe dar. Em 1526, Henrique VIII ficou motivado a separar-se de Catarina não só pelo fato dela não poder lhe dar mais filhos, mas também porque sentia-se muito atraído por Ana Bolena, irmã de Maria Bolena (uma de suas amantes). Sem informar ao cardeal Wolsey, Henrique VIII apelou diretamente à Santa Sé. Enviou seu secretário William Knight a Roma para argüir que a Bula de Júlio II (Bula pela qual se permitiu o matrimônio entre Henrique VIII e Catarina de Aragão) fosse anulada e pedia que o papa Clemente VII lhe desse a permissão de casar-se com qualquer mulher; esta permissão era necessária, já que Henrique VIII havia previamente tido relações com a irmã de Ana Bolena, Mary. O Papa Clemente VII era praticamente prisioneiro do Imperador Carlos V (sobrinho de Catarina) e não esteve de acordo com o pedido de Henrique VIII.
Irritado com o cardeal Wolsey pela demora na resolução da Questão, Henrique VIII o despojou de seu poder e riqueza. Com o Cardeal Wolsey caíram outros poderosos membros da Igreja inglesa. O poder então passou a Sir Thomas More como novo Lord Chanceler, a Thomas Cranmer como novo arcebispo de Canterbury e a Thomas Cromwell como primeiro conde de Essex e Secretário de Estado da Inglaterra. Em 25 de janeiro de 1533, o rei casou-se com Ana Bolena. Em maio, anunciou a anulação do seu matrimônio. A Princesa Mary (filha de Henrique VIII e Catarina) foi rebaixada a filha ilegítima, e substituída como herdeira por Isabel.
O Papa respondeu a estes acontecimentos excomungando a Henrique VIII em julho de 1533. Seguiu uma agitação religiosa, urdida por Thomas Cromwell, o parlamento aprovou várias atas que selaram o rompimento com Roma. Em 1534, a Ato de Supremacia declarava que "o Rei é a única cabeça suprema na terra da Igreja da Inglaterra". A oposição às políticas religiosas de Henrique VIII foi rapidamente suprimida, vários monges dissidentes foram torturados e executados inclusive Thomas More. Em 1536, a rainha Ana começou a perder o favor do rei, depois do nascimento da princesa Isabel, Ana teve dois abortos e enquanto isso, Henrique começava a prestar atenção em outra mulher, Jane Seymour. Por isso, Ana Bolena foi acusada de traição e tentativa de assassinato do rei, foi condenada e decapitada. Pouco após a morte de Ana, Henrique VIII se casou com Jane Seymour, que deu à luz seu único filho homem, o príncipe Eduardo em 1537. Jane morreria logo depois e Henrique VIII se casaria ainda mais três vezes.
Henrique VIII gerou três filhos – todos subiriam ao trono. O primeiro a reinar foi Eduardo VI a partir de 1547, com seu tio, Eduardo Seymour, Duque de Sommerset, na qualidade de Protetor e com grande parte dos poderes do monarca. Eduardo foi afastado do poder por João Dudley. Após a morte de Eduardo VI por tuberculose em 1553, Dudley planejou colocar Joana Grey no trono e casá-la com seu filho, mas o golpe falhou e Maria I, filha de Henrique VIII, assumiu a coroa. Maria era uma católica devota e procurou impor o retorno do Catolicismo ao país. Sob suas ordens, diversos protestantes foram queimados na fogueira, o que lhe valeu o apelido de "Bloody Mary" (ou "Maria Sangüinária"). Casou-se com Filipe II da Espanha. As perseguições, a presença dos espanhóis em solo britânico e a perda de Calais, o último território inglês no continente, fizeram com que Maria se tornasse impopular.
Rainha Isabel I
Isabel I da Inglaterra, no "retrato da
Armada" (c. 1588), comemorativo da vitória inglesa sobre a Invencível Armada.
A Rainha Isabel (conhecida em vários países como Rainha Elizabeth I) teve em seu início
de reinado problemas com a Escócia e França.
A rainha da Escócia, Maria Stuart, prima de Isabel, estava casada com Francisco II da França. Francisco II apoiou as
pretensões de sua mulher Maria Stuart ao trono inglês, enquanto que a mãe desta
última, Maria de Guise permitiu a presença das tropas
francesas nas bases escocesas. Rodeados pela ameaça francesa, Isabel e Felipe II da Espanha se viram forçados a unir
forças. Graças à mediação de Felipe II, a Inglaterra assinou um tratado de paz
em 1559,
no qual Isabel renunciou à soberania inglesa na França,
Calais,
enquanto que a França
se comprometia a retirar seu apoio às pretensões de Maria Stuart ao trono
inglês.
Em 1559,
Isabel apoiou a revolução de John Knox, líder protestante
escocês, que buscava eliminar a influência católica na Escócia, isso reacendeu
seu conflito com sua prima. Em 1560
representantes de Maria Stuart assinaram o Tratado de Edimburgo,
eliminando a influência francesa na Escócia.
Depois das vitórias na Escócia e a desafortunada intervenção na França,
desapareceram os únicos elementos comuns da política exterior de Isabel e
Felipe II, o que se traduziu em uma contínua queda das relações entre ambos os
países.
Já no início de seu reinado havia um debate sobre quem
teria que ser o esposo da rainha Isabel. Sem filhos, Isabel teria duas
herdeiras lógicas: Maria Stuart e Catherine Grey. Isabel tinha uma aversão
tanto por Maria, por seus enfrentamentos anteriores e seu catolicismo, como por
Catherine, que havia se casado sem sua permissão real.
Em 1568,
Isabel se sentiu ameaçada pela duríssima repressão do Duque de Alba
das revoltas protestantes na Holanda e pelo ataque de Felipe II da Espanha contra os barcos
de Francis Drake
e John Hawkins.
Em 1571,
um plano para colocar Maria Stuart no trono, com apoio da Espanha,
para restaurar o catolicismo, foi descoberto e seus idealizadores executados.
Uma nova conspiração católica contra Isabel que pretendia assassinar a rainha e
coroar Maria Stuart foi descoberta em 1586 e terminou com a
execução da prima de Isabel.
Felipe II da Espanha começou a preparar uma invasão a
Inglaterra enquanto a Rainha Isabel se preparava para se defender. Em 1587, Francis Drake
atacou com êxito Cádiz,
destruindo vários barcos e atrasando até 1588 a famosa Invencível Armada. Entretanto, esta Invencível
Armada viu frustrado o seu propósito pela resistência inglesa, pelo bloqueio
holandês e pelo mau tempo.
Enquanto guerreava contra Espanha,
Isabel teve que enfrentar a uma nova rebelião na Irlanda,
a Guerra dos Nove Anos (1594-1603), onde Red Hugh
O'Donnell e Hugh O'Neill se levantaram contra a colonização inglesa.
As revoluções do século XVII (1603 – 1707)
Jaime I (1603 – 1625)
Durante os últimos anos de Isabel I, certos políticos
ingleses, em especial Robert Cecil, o principal ministro e conselheiro da rainha
mantiveram correspondência secreta com o rei da Escócia
para preparar sua sucessão ao trono inglês. Com a morte de Isabel I, Jaime VI da Escócia foi
proclamado o novo rei como Jaime I da Inglaterra. Já no início de seu reinado,
ele teve de enfrentar conflitos religiosos na Inglaterra. Em 1604, na Conferência de Hampton Court,
Jaime I aceitou a petição da tradução da Bíblia,
que veio a ser conhecida como "a versão do Rei Jaime I". Neste mesmo
ano, terminou com a guerra de vinte anos com a Espanha, conhecida como a Guerra
anglo-espahola, assinando o Tratado de Londres. Mesmo tendo cuidado em aceitar
os católicos em seu reino, em 1605,
um grupo de extremistas católicos conduzidos por Roberto Catesby desenvolveu um
plano conhecido como o Conspiração da Pólvora, que consistia em
explodir a Câmara dos Lordes no Parlamento e substituir Jaime I por sua filha
Isabel. Descobertos, os católicos conspiradores foram julgados culpados e
executados.
Carlos I (1625- 1642)
O rei Carlos I enfrentou a Espanha na Guerra dos Trinta Anos. Fracassou em seu ataque
a Cádiz e
em seu intento de liberar aos huguenotes franceses. En 1628 Carlos pediu dinheiro
ao Parlamento, que em troca redatou a Petição de Direito contra a prisão
arbitrária. Carlos fingiu aceitar a petição, mas deixou de respeitá-la e dissolveu
o Parlamento em 1629.
Começaram então os onze anos de governo absolutista. Em 1629, Carlos assinou a paz
com a França e em 1630 a
paz com a Espanha.
A imagem do Rei Carlos I vista por
três diferentes ângulos pintada por van Dyck.
Mas sua política religiosa desagradava a seus súditos:
seu apoio ao anglicanismo frente ao calvinismo,
muitos viam uma restauração do papado. Na Escócia tentou-se impor a Igreja presbiteriana.
Em 1638 os
escoceses formaram uma Aliança Nacional e Carlos enviou um exército contra ela.
Era o começo da chamada Guerras dos três reinos, uma sucessão de conflitos que
aconteceram na Escócia, Irlanda e Inglaterra até 1651, entre os quais se
incluem a Guerra Civil Inglesa com suas três fases.
No início das Guerras dos Bispos (1639-1649), Carlos não
conseguiu formar um exército com garantias e se viu obrigado a firmar a paz em 1639. Em 1640 sofreu uma derrota e
os escoceses invadiram a Inglaterra, vencendo em Newcastle
e ocupando a zona norte oriental do país. Em novembro de 1640, Carlos, sem
dinheiro, convocou ao Parlamento e, em 1641, chegou a um acordo
pacífico com os escoceses.
Em outubro de 1641,
produziu-se uma nova rebelião na Irlanda. Muitos protestantes foram assassinados. Os católicos
ingleses apoiaram os irlandeses. A Confederação Católica, com seu próprio
Parlamento, esteve liderada por Owen Roe O’Neill. O Parlamento temeu que Carlos
utilizasse o exército formado para sufocar a rebelião contra seus próprios
súditos. A Grande Protesta exigiu a nomeação de ministros com a confiança do
Parlamento, a permissão das práticas calvinistas e a supervisão por parte do
Parlamento do exército destinado a Irlanda. Carlos negou a solicitação e, em 3 de janeiro
de 1642,
enviou o Fiscal Geral do Estado à Câmara dos Lordes para pesar um processo por
alta traição a vários Comuns. A tentativa, precipitou a guerra civil: em
Londres se produziram manifestações.
Primeira
Guerra Civil (1642 -1649)
Foi uma guerra de assédios e escaramuças e não de grandes
batalhas. O Parlamento contava com vantagem por dispor dos recursos humanos e
econômicos de Londres e com a ajuda de 20.000 escoceses. Em 25 de outubro
de 1642
teve lugar a batalha de Edgehill. Carlos teve oportunidade de tomar Londres,
mas retirou-se incompreensivelmente. Na primavera de 1643 os realistas
desfrutaram de várias vitórias, mas esgotada a munição, Carlos retrocedeu. O
inverno trouxe consigo um estancamento.
Antes de sua morte ao final de 1643, o líder do Parlamento
Pym, firmou a Solene Liga e Aliança, pela qual os escoceses colaboraram com
20.000 homens em troca de uma reforma religiosa na Escócia de acordo com os
princípios presbiterianos.
Em julho de 1644,
teve lugar a maior batalha da guerra em Marston Moor, com vitória dos
parlamentaristas, que ocuparam depois York e asseguraram o
controle do norte. As disputas entre os generais parlamentaristas impediram
acabar com a guerra. Em setembro, os realistas tomaram a Cornualha. Depois da
batalha de Newbury, os dois exércitos ficaram exaustos.
Para resolver as lutas internas entre os generais
parlamentaristas, ditou-se a Ordenança Autoexcluinte, pela qual os membros do
Parlamento não podiam exercer autoridade militar com exceção de Oliver Cromwell.
As tropas foram reunidas no Novo Exército Modelo, comandado por Sir Thomas
Fairfax. Carlos viu-se obrigado a retroceder até o norte, mas em julho de 1645, na batalla de
Naseby, a vitória realista desequilibrou definitivamente a guerra.
Em 1644
e 1645 os
católicos escoceses, ajudados pelos irlandeses, conseguiram espectaculares
vitórias na Escócia, mas em setembro de 1645 foram esmagados pela Aliança.
Carlos rendeu-se aos escoceses em maio de 1646.
Segunda Guerra Civil/Execução de Carlos I (1646 – 1649)
O Parlamento estava dividido em episcopais,
presbiterianos
e independentes. Os episcopais tinham a maioria e pretendiam uma organização
religiosa hierarquizada, encabeçada pelos bispos. Os presbiterianos desejavam
organizar uma Igreja da Inglaterra governada desde as bases, a partir das
congregações, com um papel importante para os laicos. Os independientes
opunham-se aos presbiterianos.
Em 1646
se reformou a Igreja da Inglaterra de acordo com os
princípios presbiterianos, segundo os quais havia acordado o Parlamento com os
escoceses, mas o povo seguiu praticando os ritos anglicanos
que conhecia.
O povo reclamou a redução de impostos e a desmobilização
do Exército, no que foi penetrando um movimento radical, que se opos à
arbitrariedade do Parlamento e aos presbiterianos.
Em dezembro de 1646
a City de
Londres solicitou ao Parlamento a dissolução do Exército. Em fevereiro e março
de 1647
reduziram-se as atribuições do Exército. Quando o Parlamento pretendeu
desmantelar a infanteria, o Exército tomou a iniciativa. Oliver Cromwell
elegeu-se o líder dos militares. Em agosto de 1647, o Exército apresentou
ao Rei um Catálogo de Propostas, que foi rechaçado.
Em novembro de 1647, Carlos I fugiu. Em dezembro firmou
um compromisso com os escoceses, no qual aceitava establecer o presbiterianismo
na Inglaterra em troca de ajuda militar. Entre abril-junho de 1648 aconteceram as
sublevações contra o Parlamento na Inglaterra, mas foram controladas pelo
Exército. Cromwell derrotou os escoceses em julho e invadiu a Escócia.
Um pequeno grupo do exército estava convencido da
impossibilidade de chegar a um acordo com Carlos I, mas o Parlamento era
partidário de negociar. O golpe militar instigado por Cromwell, organizado pelo
general Ireton e levado a cabo pelo coronel Thomas Pride purgou o Parlamento, de
modo que só sobraram alguns membros, no que se conhece como o Parlamento Residual ou
Rump.
O Rump nomeou um Tribunal que acusou Carlos I de traidor
e este foi decapitado em 30 de janeiro de 1649.
O Rump aboliu a monarquia e eliminou a Câmara dos Lordes, declarando a
Inglaterra como Commonwealth.
A República
Com a monarquia abolida, Oliver Cromwell
assumiu a chefia de Estado com o título de Lord
Protector. Em 1650,
Cromwell atacou a Escócia e depois da vitória, ocupou Edimburgo
e Glasgow.
Em 1651 Cromwell e Lambert derrotaram aos restos do exército realista em
Worcester. A união efetiva com a Escócia realizou-se em 1654.
Em 1651, aprovou-se a Lei de Navegação para cortar o
comércio holandês com a América do Norte. Começou então a Primeira Guerra Anglo
Holandesa (1652-1654). Em 1652, Blake foi derrotado pelo
holandês Tromp, mas em 1653
venceu em Portland e Beachy Head. Com os barcos
holandeses capturados, a Inglaterra pode duplicar as cifras de seu comércio.
O Rump, o Parlamento Residual, era muito impopular no
Exército e em todo país. Cromwell não conseguiu as reformas que pretendia e
dissolveu o Rump em 20 de abril de 1653.
Finalizada a guerra contra Holanda, Cromwell atacou as
colônias da Espanha no Caribe.
Na Jamaica
as baixas foram grandes e o intento foi considerado um grande fracasso.
Cromwell governou de maneira arbitrária, encarcerando gente sem julgamento
prévio. Depois de fracassar no intento de financiar a guerra contra Espanha,
dissolveu o Parlamento.
Antes de morrer em 1658, Cromwell nomeou seu
filho, Richard Cromwell seu sucessor. Com Richard, o
caos político e económico tomou conta do país. No inverno de 1659-1660, todos foram se
convencendo de que a restauração da monarquia era o único modo de conseguir a
estabilidade. Richard Cromwell era incapaz de sustentar o governo. Em 1660, a República
desmoronou-se.
Carlos II
(1660 – 1685)
Desde 1663
as colônias inglesas só podiam importar bens europeus pela Inglaterra e em
barcos ingleses. Em 1664 os
ingleses tomaram Nova Amsterdã, chamando-a de Nova York.
Em 1665
Jaime, duque de York e irmão de Carlos, derrotou à esquadra holandesa em
Lowestoft. Em junho de 1666 a
Batalha dos Quatro Dias trouxe enormes perdas para ingleses e holandeses. Neste
mesmo ano Londres
se viu atacada pela peste, que matou 56.000 pessoas. Seguiu-se o grande
incêndio de Londres. A Coroa viu-se na bancarrota. Carlos II começou as
negociações de paz com os holandeses em maio de 1667 e a guerra foi
concluída com o Tratado de Breda.
Quando Luis XIV invadiu os territórios espanhóis nos Países Baixos,
a Inglaterra aliou-se com os holandeses. Mas Carlos II e Luís firmaram o
Tratado de Dover. Carlos II recebia um subsídio anual enquanto durara a guerra.
Nas cláusulas secretas, Carlos II se comprometeu a permitir o catolicismo.
Carlos declarou guerra aos holandeses e assinou a Declaração de Indulgência]
que permitia os ritos católicos em privado.
Em março de 1672
o Parlamento obrigou a Carlos a cancelar a Declaração e aprovou a Lei de Prova,
pela qual todos os que ocupavam um posto oficial deveriam comungar de acordo
com a Igreja da Inglaterra. O Parlamento negou-se a conceder mais dinheiro para
a guerra e Carlos II firmou a paz com os holandeses em 1674. Carlos II converteu-se
ao catolicismo em seu leito de morte.
Jaime II (1685 – 1689)
Jaime II não teve problemas para ascender ao
trono, depois de prometer governar respeitando a legislação e manter a
independência da Igreja da Inglaterra. Era católico zeloso e
procurou que os católicos romanos pudessem celebrar sua liturgia abertamente e
que pudessem participar na vida política. Sua filha Maria, de religião protestante e casada com o calvinista
holandês Guilherme de Orange, era sua herdeira.
Em junho de 1685,
Jaime Scott, duque de Monmouth, filho
bastardo de Carlos I, invadiu a Inglaterra. Reuniu um exército de 3.000
soldados inexperientes, e tentou um ataque surpresa sobre Sedgemoor (Somerset).
Depois da derrota, foi executado. Esta foi a última rebelião popular na
Inglaterra, famosa pela sangrenta repressão. Foram condenados à morte 300
rebeldes e muitos mais foram deportados.
Jaime II pretendeu suprimir o Ato de Prova,
mas o Parlamento não o admitiu. Então, recorreu a sua prerrogativa para eximir
a alguns indivíduos das leis penais. Sustituiu a metade dos juízes e a 250
juízes de paz por católicos, integrou quatro católicos em seu Conselho Privado
e nomeou oficiais católicos no exército.
Em abril de 1688,
Jaime II promulgou a Declaração de Indulgência, pela qual se
suprimiram as leis penais contra os católicos e os dissidentes. Em 10 de junho,
a rainha Maria deu à luz Jaime Francisco Eduardo Stuart, abrindo
assim a possibilidade de uma sucessão católica.
Líderes protestantes escreveram a Guilherme de Orange
oferecendo-lhe seu apoio se invadisse a Inglaterra. Desembarcou em Devon com 20.000 homens e
500 barcos. O exército profissional de Jaime II era também de 20.000 homens e
contava além disso com uma milícia de similar número. Jaime II mudou-se para Salisbury
onde enlouqueceu. John Churchill e o duque de Grafton
passaram as forças de Guillermo. Jaime II fugiu para a França. Esse período
ficou conhecido pela Revolução Gloriosa, o derrocamento de Jaime II
pela união do Parlamento com Guilherme de Orange.
Maria II e Guilherme de Orange (1689 – 1702)
Maria II, protestante, subiu ao trono depois da
Revolução Gloriosa, que deu lugar à deposição
de seu pai, o rei católico Jaime II. Maria reinou em comum com seu marido
e primo, Guilherme III, príncipe de Orange, que se
converteu no governante depois da morte dela em 1694. As histórias
populares conhecem geralmente o reinado comum como o de "Guilherme e
Maria".
Guilherme de Orange esteve ausente do
reino por longos períodos durante sua guerra com a França.
Enquanto Guilherme III estava ausente batalhando, Maria II governou em seu
lugar, mas sempre seguindo seus conselhos. Cada vez que ele voltava a
Inglaterra, Maria II ficava de lado e lhe dava o poder exclusivo.
Ainda que a maioria na Inglaterra aceitasse a Guilherme
como soberano, ele enfrentou a uma oposição considerável na Escócia
e Irlanda.
O Jacobinismo
escocês - que só aceitava Jaime II como o legítimo soberano- obteve uma vitória
impressionante em 27 de julho de 1689
na batalha de Killiecrankie.
A reputação de Guilherme se viu afetada pelo massacre de
Glencoe (1692),
no qual centenas de escoceses foram assassinados por não prometer corretamente
sua lealdade aos novos reis. Para tratar de atrair a opinião pública, Guilherme
III despediu os responsáveis do massacre.
Na Irlanda, onde os franceses ajudaram aos rebeldes, a
luta continuou por muito mais tempo, mesmo quando Jaime II teve que fugir da
ilha depois da batalha del Boyne (1690).
Em 1697), Luis XIV da França
reconheceu Guilherme III como rei da Inglaterra, e prometeu não dar mais
nenhuma outra ajuda a Jaime II. Assim sem apoio francês, os jacobinistas não
voltaram a ser mais uma ameaça séria durante o resto do reinado de Guilherme
III.
A Rainha Ana e a união com a Escócia (1702 – 1707)
Ana I foi rainha da Inglaterra,
Escócia
e Irlanda
desde 8 de março
de 1702
até sua morte. Em 1 de maio de 1707,
Inglaterra
e Escócia
se juntaram em um só reino, pelo que Ana se converteu na primeira soberana da Grã Bretanha.
Foi a última soberana britânica da casa de Stuart.
O Ato de União de 1707 formalizou a extinção dos
Reinos da Inglaterra e da Escócia, a criação do Reino Unido
da Grã-Bretanha e a união dos parlamentos inglês e escocês no Parlamento
britânico (o País de Gales já havia sido assimilado no Ato de União de 1536 por
Henrique VIII).
A Inglaterra passou a fazer parte da Grã Bretanha
a partir de 1707, e
do Reino Unido
a partir de 1801.
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